O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), promoveu nesta terça-feira (12), no Palácio Tiradentes, a quinta reunião de trabalho do Programa de Revitalização e Fortalecimento das Associações Microrregionais. O encontro foi presidido pelo vice-governador, Alberto Pinto Coelho, e contou com a presença de representantes das 42 Associações de Municípios do Estado.
Durante o evento, foi apresentada às Associações proposta de parceria para incentivar os municípios do Estado a alcançar os Objetivos do Milênio, desenvolvidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000 e repactuados pelo Governo de Minas em 2012 com metas mais ousadas aos oito “Objetivos” já existentes e criando uma nona meta relacionada à Segurança Pública.
A parceria visa incentivar as instituições que representam os municípios mineiros a realizarem um levantamento regional dos Objetivos que ainda não apresentam resultados satisfatórios. Com esse diagnóstico, o Governo de Minas vai agir de forma a priorizar ações que possam melhorar estes indicadores e podendo assim cumprir estas metas até 2015.
O vice-governador Alberto Pinto Coelho destacou o vanguardismo do governo mineiro ao instigar e se comprometer em alcançar metas mais ousadas que vão além dos Objetivos do Milênio.
"Nós não teremos êxito se a voz de Minas não for ecoada e não tiver a ressonância e comprometimento de todos agentes públicos. Ressalto a importância de sairmos dessa reunião com compromissos acertados. Como o governador Antonio Anastasia determinou, trabalharemos cada vez mais para avançar além das metas propostas pela ONU. Nosso objetivo é transformar Minas Gerais no melhor estado para se viver", enfatizou o vice-governador.
Minas Gerais foi o primeiro Estado do mundo a repactuar com a ONU os Objetivos, uma vez que já tinha cumprido as metas estabelecidas antes do prazo estabelecido pela entidade. Com isso, Minas Gerais tem até o ano de 2015 para cumprir estas novas exigências estabelecidas.
Além da proposta da parceria com as Associações de Municípios para fortalecer o cumprimento dos Objetivos do Milênio, a reunião também contou com a apresentação das ações do Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea) feitas pelo seu presidente, Dom Mauro Morelli.
Reunião com as Associações
As reuniões de trabalho tem o objetivo de alinhar as políticas públicas do Estado com os municípios através da articulação com as Associações Microrregionais. Durante os encontros são apresentados programas do governo mineiro o em diferentes áreas que podem ser potencializadas com a participação e o apoio das Associações de Municípios.
Para o secretário-adjunto da Sedru, Alencar Santos Viana, esta iniciativa vem proporcionando a potencialização dos programas estaduais junto as cidades mineiras. “As Associações são grandes parcerias do Estado na realização de nossas políticas. Desde 2009 o Governo de Minas visa fortalecer estas entidades que são nosso elo com os municípios. Desta forma, a Sedru realiza periodicamente encontros para apresentar ações governamentais que podem ser realizadas e intensificadas em parceria com as Associações Microrregionais”, disse.
Fonte: Agência Minas
Uma espessa fumaça preta ergueu-se na noite de terça-feira sobre a Capela Sistina, no Vaticano, sinalizando um final inconclusivo do conclave que elegerá um novo papa para comandar a Igreja Católica em uma das suas maiores crises.
Milhares de fiéis se encolhiam na Praça de São Pedro à espera da fumaça que, saindo pela estreita chaminé da capela, encerrou um dia chuvoso e cinzento, cheio de rituais e pompa.
Após rezarem pedindo orientação divina, os 115 cardeais eleitores fizeram um voto solene, em latim, de jamais contar detalhes das deliberações. Então se recolheram detrás das pesadas portas de madeira da capela.
Nenhum conclave da era moderna elegeu um papa no primeiro dia, e alguns cardeais especulavam nesta semana que a decisão pode levar quatro ou cinco dias.
Os chamados "príncipes da Igreja" vão passar a noite num hotel do Vaticano antes de voltarem na manhã de quarta-feira à capela Sistina, onde, diante dos afrescos de Michelangelo, repetirão as votações - duas pela manhã, duas à tarde.
Até que escolham o novo papa, sua única comunicação com o mundo exterior será por meio da fumaça que sai pela chaminé da capela - preta quando as sessões terminam sem maioria de dois terços (77 votos) para nenhum candidato; branca quando o pontífice é eleito.
O 266o papa enfrentará notáveis desafios, como os escândalos relativos a abusos sexuais cometidos pelo clero, as disputas internas na Cúria Romana (burocracia do Vaticano) e a expansão do secularismo e de religiões concorrentes.
Não há um favorito claro, mas vaticanistas dizem que o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo Scherer estão despontando. O primeiro devolveria o pontificado aos italianos após um hiato de 35 anos, ao passo que o segundo se tornaria o primeiro papa não-europeu desde o sírio Gregório III, no século 8.
Mas vários outros candidatos também têm sido citados, como os norte-americanos Timothy Dolan e Sean O'Malley, o canadense Marc Ouellet e o argentino Leonardo Sandri.
Alguns prelados querem um papa que tenha pulso firme para controlar as disputas na Cúria, e outros preferem um pregador carismático que difunda o catolicismo.
"EXTRA OMNES"
Cânticos em latim acompanharam os cardeais no seu trajeto até a Capela Sistina, em cujo teto está a célebre imagem da criação do homem pintada por Michelangelo, com os dedos de Deus e Adão quase se tocando.
As portas foram fechadas às 17h34 (13h34 em Brasília), depois que o mestre de cerimônias Guido Marini proferiu a expressão latina "Extra omnes" ("todos fora"), para que todos os não-participantes do conclave deixassem a capela.
O cardeal maltês Prosper Grech, que aos 87 anos já não pode mais participar do conclave (o limite é 80), permaneceu no interior para fazer um sermão em que lembrou aos colegas mais jovens sobre a gravidade da tarefa.
Uma multidão de italianos e turistas logo se formou na praça de São Pedro, à espera da famosa fumaça. Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Europeia (Poder Executivo da UE) estava lá. "Vim como cidadão comum para ver isso", disse Prodi à Reuters, acompanhado da família. "E não é que é bonito?"
A polícia deteve duas mulheres que tiraram a blusa por alguns instantes diante das câmeras de TV, num protesto contra a Igreja.
ALÉM DA EUROPA
Muitos fiéis que estão em Roma manifestam a esperança de que o novo líder traga mudanças à Igreja após os oito anos do difícil pontificado de Bento 16, que terminou com sua inesperada abdicação em fevereiro.
"Ele deve ser um grande pastor, com um grande coração, e também ter a capacidade de confrontar os problemas da Igreja, que são muito grandes", disse a freira brasileira Maria das Dores Paz, que assistia à missa. "A cada dia parece que há mais (problemas)."
Todos os prelados presentes na capela Sistina foram criados por Bento 16 ou João Paulo 2º, e por isso o próximo papa provavelmente seguirá seus antecessores na defensa incondicional dos ensinamentos morais tradicionais.
Mas os dois últimos papas foram criticados por não terem reformado a Cúria, e alguns clérigos acham que o próximo pontífice deve ser um bom executivo, ou pelo menos que nomeie uma gestão robusta.
Vaticanistas dizem que Scola, que comandou duas grandes dioceses italianas, poderia estar mais bem posicionado para compreender a política bizantina do Vaticano - da qual ele nunca participou -, podendo assim introduzir reformas rápidas.
Mas os cardeais que trabalham na Cúria estariam, segundo essas fontes, se agrupando em torno de dom Odilo, que trabalhou durante sete anos na Congregação do Vaticano para os Bispos, antes de assumir a arquidiocese de São Paulo - a maior do Brasil, país com o maior número de católicos no mundo.
Apenas 24 por cento dos católicos vivem na Europa, e cresce dentro da Igreja a pressão para que o novo papa seja de outra região, trazendo uma diferente perspectiva.
Os cardeais latino-americanos podem se preocupar mais com a pobreza e a ascensão das religiões evangélicas do que com questões como o materialismo e os abusos sexuais, que dominam as preocupações nos países desenvolvidos. Para os prelados da África e Ásia, a expansão do islamismo seria a questão mais relevante.
Fonte: Reunters
Agência Brasil
Brasília – A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal criticou hoje (12) declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enaltecendo a participação do Ministério Público no andamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ontem, ele disse que o processo terminaria em pizza sem a investigação do órgão.
Por meio de nota, os delegados dizem lamentar a manifestação do procurador, alegando que ela é “desrespeitosa com os policiais federais, ministros do STF [Supremo Tribunal Federal], jornalistas e com a opinião pública, pois ignora a contribuição de cada um para o desfecho da Ação Penal 470”.
A associação diz estar preocupada com a tentativa de se colocar o Ministério Público “acima do bem e do mal”, de modo que não seja preciso prestar contas à sociedade. A entidade lembra que a independência do Ministério Público é limitada pela escolha de seu líder pelo chefe do Poder Executivo.
Os delegados consideram oportuna a discussão motivada pela proposta de emenda à Constituição que pretende limitar os poderes de investigação do Ministério Público, garantindo exclusividade à polícia. O grupo se diz favorável à uma atuação colaborativa. “O Ministério Público não pode sozinho e paralelamente disciplinar quando, quem e como investigar crimes no Brasil”.
A importância de investir, cada vez mais em cultura e em todas as regiões do Estado foi destacada pelo governador Antonio Anastasia, nesta terça-feira (12/03), no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, durante a entrega de 443 instrumentos musicais a 81 bandas de 76 municípios mineiros. As bandas foram selecionadas pelo Programa Bandas de Minas, que tem o objetivo de preservar uma das mais importantes manifestações culturais de Minas.
Anastasia destacou os investimentos destinados não só para o programa Banda de Minas, mas em toda a área da cultura.
“Esse é um projeto muito bem-vindo e aplaudido por todos. Temos demonstrado a importância da cultura como um todo nas suas diversas afeições, acepções e demonstrações. Não estamos poupando esforços, recursos, empenho e denodo para que a cultura mineira cada vez se robusteça e possa, é claro, dar vazão à vocação de cada um, à voz que está dentro de cada qual e que pode através da música se manifestar, levando solidariedade, alegria e fraternidade a cada comunidade”, afirmou Anastasia.
Durante a solenidade foi lançado o CD “Bandas de Minas”, que reúne um repertório de canções populares executadas por grupos de Ouro Preto, Mariana e Cachoeira do Campo, e que será distribuído em todo o Estado. No final, os presentes assistiram exibição da Sociedade Musical União Social, de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto.
Investimentos
Minas possui 701 bandas cadastradas na Secretaria de Estado de Cultura. Desse total, 657 corporações musicais, de 419 municípios, já foram beneficiadas com a entrega de 8.235 instrumentos de 2003 a 2012. Os recursos destinados ao programa, que tem parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), chegam a R$ 6,3 milhões.
O governador Anastasia lembrou que, em Minas, as bandas têm uma tradição de 300 anos e ressaltou a importância da atividade social desenvolvida pelas bandas.
“No momento em que cada banda toca, ela está levando uma mensagem de paz a cada comunidade, está levando uma mensagem de alegria, de algo que é positivo, num mundo que sabemos, lamentavelmente, tem tanta tristeza. Vamos nos esforçar para continuar aprimorando as aplaudidas, ouvidas, desejadas, reconhecidas, majestosas, bandas musicais de Minas Gerais”, destacou o governador.
Para a secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, o programa tem a capacidade de atrair novas gerações. “As bandas de Minas são um grande patrimônio cultural do Estado, seja pela recuperação e preservação de um repertório que é super importante, seja pela adesão de novas gerações nesse gênero musical que é tão importante e que é tão ligado às apresentações do interior, religiosas, cívicas”, disse.
Valorização da atividade
Na edição 2012 do ‘Bandas de Minas’, foram inscritos 263 projetos inscritos, sendo que 33% das bandas que receberam instrumentos estão sendo contempladas pela primeira vez. Segundo a Superintendência de Ação Cultural, da Secretaria de Estado da Cultura, algumas bandas - às vezes centenárias - têm conseguido aumentar o corpo de músicos e, consequentemente, de apresentações. O programa tem permitido que muitas bandas inativas retomem a atividade com regularidade.
“Este ano, nós tivemos não só a doação de instrumentos, mas também a capacitação e aperfeiçoamento tanto de maestros, quanto de músicos, e também o edital para concessão de vestimentas, as roupas, os uniformes para as bandas civis poderem se apresentar”, explicou a secretária Eliane Parreiras.
A Banda São Vicente de Paulo, de Baldim, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi escolhida para representar as demais corporações beneficiadas. O presidente Eduardo Eustáquio Pereira recebeu medalha, certificado e o CD, e maestro Milton Henrique de Souza os instrumentos e tocou trecho de uma música. A corporação foi criada em 2012, sendo formada por jovens de oito a 19 anos de idade.
“O projeto ajuda com a doação de instrumentos, de cursos, o que possibilita o crescimento, fazendo com que os jovens, adultos e crianças da comunidade possam ingressar nas bandas. Até o mês de julho pretendemos realizar nossa primeira apresentação”, disse o músico.
A capacitação dos músicos, feita pelo Banda de Minas, integra o calendário de atividades do Programa Minas Território da Cultura, lançado pelo Governo de Minas no início deste mês, e que visa descentralizar as políticas públicas culturais ao longo de 2013 e 2014, valorizando a história e a identidade dos municípios mineiros, em todas as 10 macrorregiões mineiras, definidas no programa como territórios culturais.
Entre os objetivos do projeto, estão a promoção do desenvolvimento regional por meio da cultura, valorização e divulgação da diversidade cultural das regiões mineiras, visibilidade e aumento da demanda pelas ações e programas da Secretaria de Cultura e seus parceiros, o estímulo a parcerias públicas com a iniciativa privada, a promoção da circulação de bens culturais e a capacitação e aperfeiçoamento dos agentes culturais.
Também participaram da entrega dos instrumentos, o vice-governador Alberto Pinto Coelho, o deputado estadual Dilzon Melo, representando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro, o diretor-presidente da Codemig, Oswaldo Borges da Costa Filho, além de deputados estaduais e integrantes das bandas de música.
Fonte: Agência Minas
Cardeais da Igreja Católica cantaram e rezaram por ajuda divina enquanto chegavam à Capela Sistina, nesta terça-feira, para começar o conclave que elegerá o papa para enfrentar um dos momentos mais difíceis do catolicismo.
Usando chapéu e capas vermelhas, os 115 cardeais se juntaram na Capela Paulina e caminharam em procissão pelos saguões com afrescos no Palácio Apostólico do Vaticano até a Capela Sistina, onde ficarão confinados por vários dias durante a votação.
"Toda a Igreja, unida conosco em oração, pede a graça do Espírito Santo neste momento para que escolhamos um pastor valoroso para todo o rebanho de Cristo", disse um cardeal em latim no início da procissão.
Eles então cantaram o hino conhecida como "ladainha de todos os santos", pedindo a mais de 150 santos, chamados pelo nome, para que os ajudem a escolher o sucesso de Bento 16, que se retirou da vida pública após sua surpreendente renúncia no mês passado.
Os cardeais podem decidir iniciar uma primeira votação no começo da noite de terça-feira (horário local) após as portas da capela, um dos maiores tesouros da arte mundial, serem fechados e os cardeais confinados para iniciar suas discussões secretas.
Se eles votarem, o primeiro resultado deve ser inconclusivo, porque não há um favorito para suceder Bento 16, que se tornou o primeiro papa em séculos a renunciar, alegando que, aos 85 anos, não tinha forças suficientes para fazer frente às aflições dos 1,2 bilhão de católicos que olham para Roma em busca de liderança.
A fumaça --branca, caso um novo pontífice tenha sido escolhido, e preta, após uma votação inconclusiva-- sairá da chaminé da capela depois que uma votação tiver sido realizada.
Fonte: Reunters