Em sua primeira missa pública, o papa Francisco pediu nesta quinta-feira à Igreja Católica para que se atenha às suas raízes do Evangelho e rejeite as tentações modernas, alertando que ela vai se tornar apenas mais uma entidade beneficente se abrir mão da sua verdadeira missão.
Numa homilia simples e profunda, o papa argentino definiu claramente um caminho moral para os 1,2 bilhão de seguidores da Igreja, que vive um momento de escândalos, intrigas e conflitos.
Falando aos cardeais entre os afrescos da capela Sistina, onde ele foi eleito em conclave na véspera, Jorge Bergoglio declarou que a Igreja deve ficar mais focada nos Evangelhos de Jesus Cristo.
"Podemos caminhar o quanto quisermos, podemos construir muitas coisas, mas se não proclamarmos Jesus Cristo, algo está errado. Vamos nos tornar uma ONG caridosa, e não uma Igreja que é a noiva de Cristo", disse ele, falando em italiano e sem anotações.
Primeiro pontífice não-europeu em 1.300 anos, Bergoglio sinaliza até agora que levará um novo estilo ao papado, favorecendo a humildade e a simplicidade em detrimento da pompa, grandiosidade e ambição entre seus principais dirigentes.
Enquanto seu antecessor, o papa Bento 16, fez sua primeira homilia em latim, apresentando uma ampla visão para a Igreja, Francisco adotou o tom de um pároco, focando a fé.
"Quando caminhamos sem a cruz, quando construímos sem a cruz e quando proclamamos Cristo sem a cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos terrenos", declarou ele aos cardeais, que trajavam vestes douradas.
"Podemos ser bispos, padres, cardeais, papas, tudo isso, mas não somos discípulos do Senhor", acrescentou.
Antes, Francisco havia deixado discretamente o Vaticano para rezar por orientação em uma das maiores basílicas romanas, antes de passar por um albergue eclesiástico onde havia deixado suas bagagens antes de entrar no conclave, na terça-feira.
Conhecido pelos hábitos frugais, o novo papa fez questão de pagar a conta. "Ele estava preocupado em dar um bom exemplo sobre o que os padres e bispos devem fazer", disse um porta-voz do Vaticano.
O novo pontífice adiou por alguns dias a visita que pretende fazer ao papa emérito Bento 16 na residência pontifícia de Castel Gandolfo, ao sul de Roma. No mês passado, Bento 16 se tornou o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos, alegando que, aos 85 anos, estava frágil demais para conduzir a Igreja em momentos tão desafiadores.
Francisco, de 76 anos, é mais velho do que muitos dos cardeais que eram citados como "papáveis" e sua idade foi uma das muitas grandes surpresas causadas por sua eleição no conclave. O Vaticano disse nesta quinta-feira que ele está "em muito boa forma", apesar de ter tido um pulmão parcialmente removido em uma cirurgia 50 anos atrás.
Bergoglio é o primeiro papa jesuíta, uma ordem tradicionalmente dedicada a servir ao papado, e o primeiro a assumir o nome Francisco, numa homenagem a Francisco de Assis, santo italiano do século 12 que pregava uma vida de simplicidade.
Nenhum vaticanista esperava a eleição do conservador cardeal argentino e nesta quinta-feira começaram a surgir alguns detalhes sobre essa surpresa.
O cardeal francês Jean-Pierre Ricard disse a jornalistas: "Estávamos procurando um papa que fosse espiritual, um pastor. Acho que com o cardeal Bergoglio temos esse tipo de pessoa. Ele é também um homem de grande caráter intelectual, que eu acredito ser também um homem de governança."
Ricard disse que Bergoglio causou boa impressão em seus 114 colegas eleitores pelas coisas que disse nas reuniões que antecederam ao conclave.
O cardeal austríaco Christoph Schoenborn afirmou que o argentino, embora não fosse citado como favorito, já era muito popular entre os colegas desde o começo, e que do contrário "não teria se tornado papa no quinto escrutínio".
Fonte: Reunters
Desenvolver profissionais capazes de transformar a administração pública e proporcionar aprendizado e experiência extracurricular aos alunos do Curso de Administração Pública (CSAP) da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro (FJP). Este é o objetivo da empresa de consultoria João Pinheiro Júnior, que comemorou 15 anos de fundação em cerimônia realizada na tarde desta quinta-feira (14), no auditório principal do Campus Pampulha da FJP.
Formada exclusivamente por alunos do CSAP, a empresa desenvolve serviços de consultoria, assessoria e elabora projetos nas diversas áreas da gestão pública, tendo em sua cartela de clientes órgãos das esferas municipal, estadual e federal.
Nesses 15 anos, mais de 200 alunos passaram pela empresa, que atualmente reúne 25 estudantes voluntários. Por ser uma associação sem fins lucrativos, a consultoria é contratada por dispensa de licitação e os projetos são desenvolvidos com o apoio dos professores do CSAP, também de forma voluntária, de acordo com os temas abordados.
Para a presidente da FJP, Marilena Chaves, os fundadores da empresa e todos os membros e ex-integrantes da equipe da consultoria contribuíram de forma bastante relevante para uma trajetória de sucesso nesses 15 anos. “A João Pinheiro Júnior e a FJP se complementam na importante missão de dotar o estado de Minas Gerais de pessoas capazes de exercer o cargo de servidor público com ética, orgulho e amor”, observou.
Por meio de vídeo, o governador Antonio Anastasia também homenageou os 15 anos da consultoria. Na mensagem, o governador parabenizou a Escola de Governo e a João Pinheiro Júnior pela comemoração e reforçou a estima por todos os Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) que participaram da empresa por sua capacidade, conhecimento, empreendedorismo, dinamismo e dedicação.
Um dos fundadores da empresa, atualmente servidor da Controladoria-Geral da União, Washington Luís, se emocionou ao falar sobre a criação da empresa e agradeceu pela oportunidade de reencontrar colegas e partilhar histórias. “Retornamos à FJP após 13 anos de formados felizes com o que vemos. O trabalho valoroso frutificou e deu resultados. Nós só plantamos a semente mas, para nossa surpresa, o terreno era mais fértil do que poderíamos supor”, explicou.
Para a presidente da João Pinheiro Júnior, Alicita Joana Guimarães, a empresa tem tido papel primordial no crescimento profissional e pessoal dos estudantes. “O contato com órgãos públicos, antes mesmo de um estágio, faz diferença nas nossas carreiras, especialmente pela responsabilidade e maturidade que ganhamos. Os projetos externos são experiências fundamentais para capacitar os alunos. Quem já passou por eles sabe reconhecer o crescimento alcançado”, garantiu.
Para diretora-geral da Escola de Governo, Luciana Raso, ao participarem da Consultoria Júnior, os voluntários demonstram caráter empreendedor e preocupação com o desenvolvimento de suas carreiras. “Queremos continuar formando profissionais capazes de criar e elaborar políticas públicas e de promover iniciativas relevantes. A empresa já está consolidada e, nesses 15 anos, só temos retorno positivo das entidades que contrataram seus serviços. Isso só eleva o nome da Escola de Governo”, comemorou.
Fonte: Agência Minas'
Agência Brasil
Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou hoje (14) grande parte da emenda à Constituição que alterou, em 2009, o regime de pagamento de precatórios, que são títulos da dívida pública reconhecidos por decisão judicial definitiva. Estima-se que cerca de 1 milhão de credores tenham mais de R$ 90 bilhões a receber de estados e municípios.
Ontem (13), os ministros já haviam derrubado parte da emenda. Hoje, analisaram o regime especial criado com a reforma, que permitia o pagamento em até 15 anos, a realização de leilões para priorizar o credor disposto a dar mais desconto e a reserva no orçamento de estados e municípios entre 1% e 2% para quitação das dívidas.
Para a maioria dos ministros, não é possível manter o novo regime porque ele prejudica o cidadão, permitindo o parcelamento e a redução de uma dívida que deveria ser paga integralmente e de forma imediata, no ano seguinte à expedição do precatório. Também houve críticas ao comprometimento da autoridade judicial, uma vez que as decisões deixam de ser cumpridas integralmente.
Para a Corte, o Congresso Nacional precisa encontrar outra saída que não seja a regra nova nem a anterior. Com a derrubada da emenda, voltam a valer as regras da Constituição de 1988. “Não se trata de escolher entre um e outro regime perverso, temos que achar outras soluções”, sintetizou a ministra Rosa Weber. A regra anterior previa o pagamento imediato, mas era frequentemente descumprida por estados e municípios, que não sofriam qualquer sanção.
O Supremo começou a analisar o caso em 2011, com o voto do relator, ministro Carlos Ayres Britto. Ele criticou a má gestão do dinheiro público, lembrando que muitos estados e municípios gastam mais com publicidade que com o pagamento de precatórios. Após pedido de vista, Luiz Fux devolveu o processo este ano, acompanhando o relator.
“A criatividade dos governantes tem que funcionar de acordo com a Constituição, sem despejar nos ombros do cidadão o ônus de um problema que nunca foi seu”, disse Fux nesta tarde. Ele defendeu formas alternativas de solucionar os débitos, como pedidos de empréstimos para a União. Seguiram Britto os ministros Rosa Weber, Cármen Lúcia, Celso de Mello e o presidente Joaquim Barbosa.
A divergência foi aberta ainda na semana passada pelo ministro Gilmar Mendes. Ele entendeu que as novas regras foram uma “vitória”, pois estados e municípios estavam conseguindo quitar as dívidas. Para o ministro Teori Zavascki, embora o novo regime não seja ideal, é um avanço em relação ao anterior, que não colocava percentuais de reserva no orçamento nem punições para quem não cumpria os pagamentos. Dias Toffoli também seguiu a divergência.
O ministro Marco Aurélio deu um voto médio. Ele concordou com algumas alterações da lei, como a adoção do prazo de 15 anos para vigência do regime especial – mas não mais que isso. No entanto, ele discordou que as regras especiais sejam aplicadas a precatórios a vencer. Posicionou-se contrário também ao método do leilão, que considerou uma “maldade” com os credores. Para o ministro, a única regra possível de pagamento é a ordem cronológica.
O ministro Ricardo Lewandowski também deu um voto médio. Ele disse que o regime especial não deve passar de 15 anos (e apenas com precatórios já devidos), mas não fez qualquer objeção ao sistema de leilões.
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Vinte policiais da 146ª Companhia Especial de Polícia Militar em Cataguases e quatro investigadores da Polícia Civil, lotados na Delegacia de Polícia em Miraí, realizaram nesta quinta-feira, 14 de março, uma operação conjunta em São Sebastião da Vargem Alegre para cumprir seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça da Comarca de Miraí distribuídos nas zonas urbana e rural daquela cidade. O trabalho foi coordenado pelo Major Antônio Carlos Freitas, comandante daquela Corporação e pelo sub-comandante, Tenente Expedito Lima Anselmo.
No final da tarde desta quinta-feira, 14, o comando da PM, em Cataguases, divulgou o saldo da operação que culminou com a prisão em flagrante de sete pessoas; apreensão de uma adolescente por ato infracional; apreensão de seis armas de fogo de diversos calibres; trinta cartuchos de munição de calibres 32, 36 e 38; uma motosserra e uma motocicleta Honda, modelo Titan, vermelha, CG ES 150, placa sem o prefixo de letras e algarismos 7526, cuja procedência é duvidosa. Segundo ainda a Polícia o veículo foi rastreado no sistema onde constatou-se que a placa é, na verdade, de outra motocicleta, marca Sundown, branca, de Tocantins (MG). Seis homens foram presos, todos por porte ilegal de arma de fogo, e a adolescente foi apreendida por desacato à autoridade, ainda conforme revelou a Polícia.