O Hospital João XXIII foi considerado o melhor dentre os hospitais participantes da pesquisa de satisfação do usuário feita pelo programa SOS Emergências, do Ministério da Saúde, em dezembro de 2012, divulgada na última semana.
O principal objetivo da sondagem foi avaliar a satisfação dos usuários com os serviços de saúde oferecidos por 11 hospitais de diferentes estados brasileiros, todos nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Entre os prontos-socorros públicos avaliados, o João XXIII foi o que obteve a melhor média: dos 17 critérios pesquisados, a unidade da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) teve a maior nota em 11.
Participaram da pesquisa, além do João XXIII, os hospitais Restauração (Recife/PE), Urgências Goiânia (Goiânia/GO), Roberto Santos (Salvador/BA), Miguel Couto (Rio de Janeiro/RJ), Nossa Senhora da Conceição (Porto Alegre/RS), José Frota (Fortaleza/CE), Santa Casa de Misericórdia (São Paulo/SP), Albert Schweitzer (Rio de Janeiro/RJ), Base (Brasília/DF) e Santa Marcelina (São Paulo/SP).
A avaliação se consistiu em uma pesquisa amostral feita por meio de questionário único aplicado via telefone. No total, foram realizadas 3.300 entrevistas, o que corresponde a 300 pacientes ou acompanhantes em cada unidade. Dos entrevistados, 96% tinham nível médio de escolaridade e a identidade de todos foi preservada, de acordo com o Ministério da Saúde.
Segundo o presidente da Fhemig, Antonio Carlos de Barros de Martins, o resultado da pesquisa reflete os esforços que vem sendo empenhados no Hospital João XXIII desde 2003. “Esse trabalho consiste em modernização por meio de investimentos em infraestrutura, reformulação total do parque tecnológico e de equipamentos e, principalmente, reformulação do processo de trabalho e capacitação dos recursos humanos existentes”, declara.
Nos últimos anos, o Governo do Estado investiu R$ 51 milhões em melhorias da unidade. “Toda a área assistencial foi reformada e foram adquiridos novos e modernos equipamentos, oferecendo mais conforto ao usuário e melhores condições de trabalho aos funcionários”, explica Martins.
Para o secretário de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, o Hospital João XXIII é uma referência em atendimento de urgência e um motivo de orgulho para os mineiros. “Temos ali uma vocação e uma cultura de excelência no serviço. A unidade de queimados, o atendimento a grandes traumas, a neurocirurgia, os acidentes de mãos, todos estes são serviços difíceis de encontrar e altamente especializados”, observa.
O secretário explica que, nos últimos anos, o hospital foi se aperfeiçoando e atualmente consegue atender uma situação de múltiplas vítimas com agilidade. “Se houver uma catástrofe, temos uma estrutura flexível que, imediatamente, pode aumentar em 20% sua capacidade de atendimento. A unidade possui heliporto e, quando necessário, pode receber demandas de qualquer ponto do estado”, afirma.
Dentre os quesitos em que o Hospital João XXIII foi superior aos demais na pesquisa do Ministério da Saúde estão:
- acesso ao Hospital e classificação por risco, com média 8,72 de aprovação, em escala de 0 a 10;
- avaliação no tempo de espera para o atendimento no hospital (apenas 12% acharam que o atendimento demorou);
- duração do atendimento, com 90% dos entrevistados satisfeitos;
- tempo ideal de permanência para visitas, com 83% de aprovação;
- recebimento de medicamentos e materiais pelo pacientes, com 98% de satisfação;
- atendimentos da enfermagem, dos funcionários e geral, com médias 8.82, 8.87 e 8.96 de aprovação, respectivamente, em escala de 0 a 10;
- confiança na equipe de saúde (apenas 3% não confiaram na equipe no momento do atendimento);
- sinalização do ambiente, com 96% de aprovação;
- exames necessários realizados, com 98% de satisfação;
- retorno ou recomendação – 96% dos entrevistados recomendariam os serviços do hospital a amigos e familiares;
- satisfação em relação ao hospital em geral, com 9.03, em escala de 0 a 10.
Nesta sexta-feira (15), a revista Veja BH divulgou em seus canais na Internet a capa da próxima edição, que traz com destaque uma reportagem sobre a rotina do Hospital João XXIII.
Fonte: Agencia Minas
Agência Brasil
Brasília - O novo ministro da Secretaria de Aviação, Moreira Franco, deixa o comando da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, cargo que ocupa desde o início do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Natural de Teresina, Piauí, Moreira é formado em sociologia e foi professor universitário. O ministro começou a sua militância política ainda na vida estudantil, quando combateu a ditadura militar.
Moreira Franco foi prefeito de Niterói. Em 1987, foi eleito governador do Rio de Janeiro e chegou à Câmara Federal em 1995, onde exerceu mais de um mandato como representante fluminense.
Amigo pessoal do vice-presidente da República, Michel Temer, Moreira Franco sempre foi um grande articulador político e um dos expoentes do PMDB. Foi assessor especial do então presidente Fernando Henrique Cardoso, de 1999 até 2002. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocupou a vice-presidência de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal.
Nessa sexta-feira (15) foi iniciada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a implantação da Rede de Urgência e Emergência da Macrorregião Sudeste. A rede será gerenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisdeste) e vai organizar o atendimento de urgência e emergência dos 94 municípios da macrorregião.
Com a criação da rede, a população estimada em 1.568.147 milhão de pessoas passará a contar com 38 unidades do Samu (192). Destas, 30 são Unidades de Suporte Básico e oito são Unidades de Suporte Avançado.
O secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, ressaltou a importância do modelo organizado em rede. "Com esse modelo, a lógica passa a ser organizada com fluxos e linguagem pré-definidos. Hoje estamos presenciando uma virada de página na urgência e emergência”, destacou.
O secretário citou também os investimentos que têm sido feitos na área. “Estamos investindo 30 milhões para melhorar os pronto-atendimentos. Além disso, vamos construir mais 105 unidades básicas de saúde, que no desenho da rede também funcionam como pontos de atenção às condições agudas”, ressalta.
O prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, ressaltou a importância desse momento de validação da rede. “É essencial atuarmos em conjunto para buscar melhorias no atendimento". Já o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Mauro Junqueira, também afirmou a importância desse momento. “Esse projeto é totalmente inovador. O Cosems é parceiro nessa iniciativa. É essencial estar ao lado do paciente quando ele precisa”, afirma.
O coordenador regional das Promotorias de Justiça e Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste, Rodrigo Ferreira de Barros, destacou a parceria do Ministério Público nessa empreitada. “É importante essa conscientização sobre o fato da Urgência e Emergência não envolver somente o hospital. Nesse sentido, é essencial a implantação do protocolo de Manchester em todos os níveis”.
O secretário executivo do Conselho Municipal de Saúde de Juiz de Fora, Jorge Ramos, citou a promoção de consórcios de saúde como política do Plano Estadual de Saúde e também ressaltou a parceria. “Essa união de co-responsabilidade, entre diversas esferas, só vem a somar e trazer um tempo de resposta mais imediato. Tenho um olhar muito positivo na organização da rede, pois nos tornamos um por todos e todos por um”, disse.
“Esse sistema é complexo, e totalmente dependente dos outros pontos de atenção. Temos que observar que os casos de baixo risco têm de ser atendidos nos outros pontos, por isso a rede tem que ser bem planejada e eficiente”, explica o coordenador estadual da Urgência e Emergência, Rasível dos Reis.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Brasília – O ex-governador de Sergipe João Alves Filho, atual prefeito de Aracaju, e o empresário Zuleido Veras estão entre os 12 investigados pela Operação Navalha que vão responder à ação penal que será aberta no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar responsabilidade em esquema de superfaturamento de obras e desvio de recursos públicos apurado na Operação Navalha da Polícia Federal. A denúncia contra os 12, feita pelo Ministério Público Federal (MPF), foi aceita hoje (15) pelo STJ.
Apontado como o mentor e principal beneficiário do esquema, Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama, responderá pelos crimes de peculato e corrupção ativa. O prefeito de Aracaju e ex-governador João Alves Filho e seu filho, João Alves Neto, responderão por corrupção passiva e formação de quadrilha. O ex-secretário de Administração de Sergipe e ex-deputado federal José Ivan de Carvalho Paixão vai responder por peculato, corrupção passiva e formação de quadrilha.
O MPF apresentou a denúncia em maio de 2008, um ano após a PF ter deflagrado a Operação Navalha em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal. Ao todo, o MPF denunciou 61 pessoas, sendo que 17 tiveram a denúncia apreciada no STJ. Na decisão de hoje, o tribunal rejeitou denúncia contra cinco pessoas.
O processo foi desmembrado em março de 2010. Apenas foi mantida no STJ a denúncia contra os 17 acusados cuja participação no esquema estaria relacionada a Flávio Conceição de Oliveira Neto, conselheiro afastado do TCE sergipano, já que, pelo cargo, ele dispunha de prerrogativa de foro. Flávio Conceição está no grupo que teve a denúncia aceita pelo STJ.
A relatora do caso, a ministra Eliana Calmon, entendeu haver elementos que justificam a denúncia contra 12 pessoas do grupo que foi investigado em Sergipe por irregularidades em processo de licitação no qual a Gautama foi contratada pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) em 2001. Segundo a ministra, há indícios de que cerca de R$ 178 milhões podem ter sido desviados devido à majoração de preços e às fraudes na fiscalização do serviço.
Também vão ser julgados pelo STJ o funcionário da Gautama Ricardo Magalhães da Silva (peculato, corrupção ativa e formação de quadrilha); o sócio da empresa Enpro, Sérgio Duarte Leite, e o ex-secretário de Fazenda de Sergipe, Max José Vasconcelos (corrupção passiva e formação de quadrilha).
Os outros réus são ligados à Deso: os ex-presidentes Victor Fonseca Mandarino e Gilmar de Melo Mendes (peculato e formação de quadrilha); o ex-diretor técnico Kleber Curvelo Fontes (peculato e formação de quadrilha); e o engenheiro Renato Conde Garcia, um dos responsáveis por fiscalizar a obra, acusados por peculato.
O ex-secretário da Casa Civil e conselheiro do TCE de Sergipe, Flávio Conceição de Oliveira Neto, foi inocentado da acusação de prevaricação, porque o crime já havia prescrito. Contudo, vai responder às denúncias de corrupção passiva e formação de quadrilha.
Além disso, a Corte Especial aprovou, por unanimidade, que ele seja mantido afastado do TCE até a conclusão do julgamento. “Não há a mínima condição de um conselheiro de tribunal de contas voltar a atuar em um colegiado com essa pecha”, comentou a ministra Eliana Calmon. Segundo ela, o conselheiro usou o cargo para impedir que o TCE auditasse a obra sob responsabilidade da Gautama.
O Vaticano negou veementemente nesta sexta-feira acusações feitas por alguns críticos na Argentina de que o papa Francisco tenha se mantido em silêncio frente aos abusos sistemáticos aos direitos humanos cometidos durante a ditadura militar no país.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse a repórteres que as acusações devem ser "clara e firmemente negadas". Ele acrescentou: "Elas revelam elementos antirreligiosos de esquerda que são usados para atacar a Igreja."
Críticos ao cardeal Jorge Bergoglio, o ex-arcebispo de Buenos Aires que se tornou papa esta semana, o acusam de não ter protegido padres que desafiaram a ditadura durante o regime militar de 1976 a 1983, e que ele pouco se manifestou sobre a cumplicidade da Igreja durante o regime.
As acusações dizem respeito a uma época anterior a Bergoglio se tornar bispo, quando ele era o líder dos jesuítas na Argentina. Dois padres sequestrados pelo governo militar alegaram que Bergoglio não os protegeu.
"Nunca houve uma acusação concreta e crível em relação a ele. A Justiça argentina o interrogou uma vez ... mas ele nunca foi acusado de nada", disse Lombardi.
"Ele documentou suas negações das acusações contra ele. Há também muitas declarações que mostram como Bergoglio tentou proteger muitas pessoas em seu tempo durante a ditadura militar. Seu papel é claramente notado."
"Quando ele se tornou bispo, promoveu a causa da reconciliação na Igreja da Argentina", disse o porta-voz.
Alguns ativistas de direitos humanos na Argentina questionaram as credenciais morais de Francisco desde sua eleição como papa, na quarta-feira, devido a alegações sobre o período da "guerra suja".
A reputação da Igreja argentina foi manchada por ligações entre alguns altos clérigos católicos e a junta militar que sequestrou e matou até 30 mil militantes de esquerda.
Fonte: Reunters