Por Paulo Victor Rocha
O Coordenador Técnico de Endemias Wallace George Oliveira fez um pronunciamento na Sessão da Câmara Municipal desta terça-feira, 19, onde revelou números atualizados sobre a situação da Dengue em Cataguases e as estratégias operacionais que estão sendo realizadas para combater a doença. Além disso, fez uma breve retrospectiva da doença em 2012 e respondeu às perguntas feitas pelos Vereadores acerca do assunto. Conforme disse, “já são setecentos e cinquenta e cinco notificações da doença, sendo que duzentos e vinte e cinco casos estão confirmados e trinta e oito descartados. Faltam quatrocentos e noventa e três notificações para serem apuradas, mas infelizmente a estimativa é que em 90% desses casos a doença deve ser constatada”, revelou.
Wallace destacou que “a Dengue não é um problema de saúde pública da gestão atual e nem das anteriores. Trata-se de um problema social, pois muitas pessoas não conseguem se desvincular de hábitos que fazem com que o problema se agrave, como o de acumular materiais que servem de criadouro para o mosquito, não tampar reservatórios de água, entre outros”. O coordenador lembrou a importância de tratar sobre o assunto com os Vereadores, “pois eles são pessoas públicas que podem intervir junto à sociedade e serem parceiros no combate à Dengue”.
De acordo com Wallace, em 2012, não foram confirmados nenhum caso de Dengue em Cataguases e em Minas Gerais foi registrada uma queda de mais de 50% das notificações em relação ao ano anterior. Contudo, nesse início de 2013, houve um aumento de 850% nas notificações da doença no estado e “Cataguases já vive uma realidade de epidemia, lembrando que a situação ainda vai se agravar nas próximas seis semanas”, frisou Wallace, que também enfatizou a grande possibilidade de o sorotipo 4 da doença estar circulando na cidade, já que houve registros em cidades vizinhas, como em Ubá.
Diversas medidas estão sendo tomadas para combater a Dengue na cidade, como contratações de mais Agentes de Saúde, pulverizações dos focos do Aedes Aegypti através dos carros fumacês, operações de coleta de entulhos que são possíveis criadouros do mosquito, visitas domiciliares, sobretudo nos bairros onde há maior infestação predial, além das campanhas de informação à sociedade. A boa notícia é que não foram registrados casos graves da doença em Cataguases este ano, “mas a conscientização de todos é muito importante, pois segundo as estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 1% dos casos de Dengue terminam em óbito”, completou Wallace.
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Mais de uma dezena de carros-bomba e homens-bomba explodiram em bairros xiitas na capital do Iraque, Bagdá, e em outras regiões nesta terça-feira, matando quase 60 pessoas no 10º aniversário da invasão liderada pelos Estados Unidos que derrubou Saddam Hussein.
Insurgentes islâmicos sunitas ligados a Al Qaeda estão recuperando terreno no Iraque, revigorados pela guerra na vizinha Síria, e aumentaram os ataques contra alvos xiitas, tentando provocar um confronto sectário mais amplo.
Um carro-bomba explodiu em um movimentado mercado de Bagdá, três foram detonados no distrito xiita de Sadr City e outro perto da entrada da fortemente guardada Zona Verde, enviando uma coluna de fumaça negra para o ar ao lado do rio Tigre.
Um homem-bomba dirigindo um caminhão atacou uma base da polícia em uma cidade xiita ao sul da capital, e outro se explodiu dentro de um restaurante para alvejar um major da polícia na cidade de Mosul, no norte.
"Eu estava dirigindo meu táxi e de repente senti meu carro balançar. Fumaça surgiu de todo lado. Vi dois corpos no chão. As pessoas corriam e gritavam por toda parte", disse Ali Radi, um taxista pego em uma das explosões em Sadr City.
A guerra do Iraque começou logo antes do amanhecer em Bagdá na quinta-feira, 20 de março de 2003, com bombardeios norte-americanos sobre a capital. Logo depois, o presidente George W. Bush, falando aos norte-americanos na televisão na noite de 19 de março em horário nobre, disse que a ofensiva estava em curso.
Agora, uma década depois de as tropas ocidentais e norte-americanas terem tirado Saddam do poder, o Iraque ainda luta com insurgentes, fricção sectária e rixas políticas entre facções xiitas, sunitas e curdas que compartilham o poder no governo do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki.
Em um sinal da preocupação sobre a segurança, o gabinete adiou na terça-feira as eleições locais em duas províncias, Anbar e Nineveh, por até seis meses por ameaças a funcionários eleitorais e violência ali, segundo o assessor de mídia de Maliki, Ali al-Moussawi.
Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques de terça-feira, mas o Estado Islâmico do Iraque, uma ala da Al Qaeda, prometeu recuperar terreno perdido na guerra com as tropas norte-americanas. Neste ano o grupo lançou vários ataques ostensivos.
A violência ainda está menor do que no auge da carnificina sectária que matou dezenas de milhares depois que islâmicos sunitas bombardearam o santuário xiita de Al Askari em 2006, provocando uma onda de retaliação de milícias xiitas.
Mas autoridades da área de segurança dizem que a ala local da Al Qaeda está se reagrupando no vasto deserto da província de Anbar, que faz fronteira com a Síria, e homens-bomba vêm lançando ataques quase que duas vezes por semana desde janeiro, um índice não visto por vários anos no Iraque.
Para complicar ainda mais a segurança, milhares de manifestantes sunitas também estão se reunindo em Anbar contra Maliki, cujo governo liderado por xiitas eles acusam de marginalizar a seita minoritária deles desde a queda do sunita Saddam.
A guerra na Síria também está incentivando a mistura volátil do Iraque. O Iraque está exposto a uma disputa regional por influência entre a Turquia, que apoia os rebeldes sunitas que combatem o presidente Bashar al-Assad, e o Irã xiita, o principal aliado do líder sírio. A fé alauíta de Assad é uma ramificação do Islã xiita.
Fonte: Reunters
Durante a abertura oficial da Semana Mineira de Cooperação pela Água, nesta terça-feira (19), no Museu das Minas e do Metal, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães, divulgou os resultados do Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais 2012, que revelaram que a qualidade da água das bacias mineiras melhorou sensivelmente no último anos. Na cerimônia, Magalhães também anunciou a assinatura, nos próximos dias do decreto que institui o Núcleo Estadual do Programa Água Doce (PAD), projeto que prevê a geração de água própria para o consumo humano a partir do processo de dessalinização no semiárido.
Segundo o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais 2012, as bacias mineiras apresentaram melhora expressiva, com a ocorrência de Índice de Qualidade das Águas (IQA) Bom, passando de 18%, em 2011, para 26% em 2012, o Médio passou de 60% para 57%. A análise revela, ainda, que o IQA classificado como Ruim diminuiu 5%, passando de 21%, em 2011, para 16% em 2012. Das 11 principais bacias analisadas (Bacias Hidrográficas dos rios Doce, Grande, Paraíba do Sul, Jequitinhonha, Pardo, Piracicaba/Jaguari, Paranaíba,Mucuri, Leste, Itapem/Itapap e São Francisco), dez apresentaram melhoria nos índices de qualidade da água.
“A qualidade das águas no Estado de Minas Gerais melhorou significativamente. Podemos observar nos dados do mapa uma melhoria significativa de 2011 para 2012, com um ganho na ordem de 8%, além de uma diminuição no índice de toxidez em nossos rios”, aponta o secretário.
O estudo, divulgado anualmente, foi feito com base na análise das amostras de água coletadas nas 448 estações da rede básica de monitoramento distribuídas por Minas. O Índice de Qualidade das Águas (IQA) avalia a contaminação dos corpos hídricos em decorrência de matéria orgânica e fecal, sólidos e nutrientes.
“Essa melhoria na qualidade da água mostra que as ações do Governo de Minas por meio das secretarias de Estado deDesenvolvimento Regional e Polítca Urbana (Sedru), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), por meio do Hidroex, e de Desenvolvimento Esconômico (Sede), além da Copasa, com investimentos de mais de R$ 2 bilhões de 2003 a 2015, estão alcançando resultados positivos”, avalia Magalhães.
Melhora no rio das Velhas
Segundo o Mapa de Qualidade das Águas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o rio das Velhas vem, ao longo dos anos, apresentando melhoras na Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), que é o parâmetro mais empregado para medir a poluição das águas. É ele quem determina a quantidade de oxigênio dissolvido na água e utilizado pelos microorganismos para oxidar a matéria orgânica presente no curso hídrico.
“No início do Projeto Estratégico para Revitalização da Bacia do Rio das Velhas, em 2008, dos 19 pontos monitorados, cinco apresentaram DBO abaixo de 3 miligramas por litro (mg/l), seis apresentaram DBO menor que 6 mg/l e oito, menor que 12 mg/l. Os últimos dados obtidos em 2012 revelam que dos 19 pontos monitorados, 11 apresentaram DBO abaixo de 3 miligramas por litro (mg/l), cinco apresentaram DBO menor que 6 mg/l e três menor que 11 mg/l”, explica a diretora-geral doInstituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Melo.
No levantamento realizado em 2012, a bacia do rio das Velhas apresentou uma melhora expressiva no índice de qualidade da água considerado Bom, passando de 9% para 25%. O IQA resume os resultados de nove parâmetros tais como o oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, PH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrato, fosfato total, variação da temperatura da água, turbidez e sólidos totais.
As respostas positivas na melhoria do IQA no rio das Velhas são consequências das diversas ações realizadas pelo Governo de Minas por meio do Projeto Estratégico Meta 2014. Lançado em 2012, o projeto dá continuidade às ações desenvolvidas pelo Meta 2010 e prevê investimentos de R$ 500 milhões na recuperação do rio até 2015. A iniciativa reúne Governo do Estado, a maioria das prefeituras municipais que faz parte da bacia do Velhas em seu trecho metropolitano, sociedade civil organizada e população em geral. O principal objetivo é elevar a qualidade das águas de “Classe III” para “Classe II”, permitindo, assim, o uso dos recursos hídricos para o abastecimento doméstico após tratamento convencional, para atividades de lazer, entre elas, nado e mergulho, para a irrigação de hortaliças e para a criação de peixes.
Dentre as diversas ações que contribuem para a melhoria da qualidade das águas do rio da Velhas destaca-se, principalmente, a construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), os programas de interceptação de esgotos e a melhoria da eficiência das estações na eliminação da poluição.
Em 1999, apenas 1% do esgoto coletado era tratado; em 2011 o índice apresentado foi de 78% e, em 2012, passou para 80%. Até 2015, estão previstos, entre outras ações, a elaboração de projetos e intervenções de saneamento e fundo de vale, seminários de mobilização social e qualificação de gestores ambientais, o mapeamento do uso do solo da bacia, a recuperação de 200 hectares de áreas degradadas recuperadas e a elaboração de planos de melhoria para a gestão de efluentes industriais. Os planos conterão as propostas para a redução de lançamento de efluentes industriais por tipologia.
Outros rios do estado também apresentaram melhora nas condições de qualidade da água. Foi verificado na bacia do Rio Mucuri aumento da ocorrência de rios de boa qualidade, que passou de 11%, em 2011, para 39%, em 2012, segundo o secretário de Meio Ambiente. O mesmo aconteceu nas bacias dos Rios Paranaíba e Pardo, onde as ocorrências de IQA Bom passaram, respectivamente, de 26% e 30%, em 2011, para 41% e 45%, em 2012. Na bacia do rio São Francisco o IQA Bom passou de 18%, em 2011, para 28%, em 2012. E, nas bacias do Leste, onde foi registrado 14% de ocorrência de IQA Bom, em 2011, passou para 23%, em 2012.
Projeto de dessalinização vai gerar mais água doce
Durante a abertura da Semana Mineira de Cooperação pela Água, o secretário Adriano Magalhães anunciou, também, a assinatura nos próximos dias do decreto que institui o Núcleo Estadual do Programa Água Doce (PAD). O núcleo criado será o órgão de deliberação máxima do programa Água Doce em Minas Gerais.
O programa estabelece uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, por meio de processos de dessalinização e outras tecnologias, aproveitando de maneira sustentável a água subterrânea disponível no semiárido. O programa é desenvolvido em integração com o governo Federal por meio do Ministério de Meio Ambiente, da Sedru e da Copasa.
O convênio, assinado em 2013, será executado até 2015. Serão instalados 69 sistemas de dessalinização em comunidades rurais a serem selecionadas, considerando a habilidade operativa e o engajamento das comunidades. O custo aproximado por sistema é de R$ 200 mil, podendo ser liberado para Minas Gerais um valor de até R$12 milhões, tendo uma contrapartida de R$ 1,2 milhão da Sedru, totalizando cerca de R$13,8 milhões.
O núcleo poderá ter representantes da Sedru, da Copasa, Cemig, Semad, Igam, dos Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas (Copanor), do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene) e da Empresa de Assistência técnica e Extensão Rutal (Emater).
Semana Mineira de Cooperação pela Água
Na abertura da Semana Mineira de Cooperação pela Água, foi lançado também o Guia Técnico de Requisição de Informações Ambientais. O trabalho é resultado de uma parceria entre a Semad, o Ministério Público Estadual e as polícias Militar e Civil do Estado de Minas Gerais e tem como objetivo apresentar informações gerais sobre a organização, as competências e o funcionamento do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), além de aprimorar a fiscalização de atividades potencialmente causadoras de danos ambientais. Visa otimizar o conteúdo das informações sobre infrações à legislação ambiental, com foco no aumento da eficiência nas ações de responsabilidade por atos que configuram crimes ambientais.
As atividades da Semana Mineira de Cooperação pela Água acontecem de 19 a 22 de março, no Museu das Minas e do Metal, situado na Praça da Liberdade, s/nº. A programação da Semana conta com palestras e debates relativos ao Ano Internacional de Cooperação pela Água, oficinas educativas e minicursos abertos ao público.
Fonte: Agência Minas
Agência Brasil
Rio de Janeiro - O brasileiro não tem muita cultura de segurança, disse hoje (19) o gerente técnico de Segurança da Aviação, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Luiz Gustavo Silva Cavallari, ao participar de um encontro organizado pelo Total Airport Security System (Tass) com apoio da Anac e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Segundo ele, o brasileiro entende que não precisa passar por um sistema rígido de segurança nos aeroportos e costuma reclamar quando o procedimento é mais severo. “Ele entende que é idôneo e não precisa passar por nenhum tipo de procedimento.Quando vê algo errado, acha que não precisa passar por isso, mas para outros sim. Não aponta o que está errado. Reclama mais da inspeção rigorosa”, disse. Cavallari acredita que esse comportamento tende a acabar com o tempo, na medida em que o brasileiro identificar que a inspeção rigorosa traz mais segurança. Para Cavallari. esse é um dos desafios na área de segurança que precisam ser ultrapassados.
O evento sobre segurança aeroportuária ocorreu no Aeroporto Internacional Galeão-Tom Jobim, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio, e foram discutidos os programas de segurança com vistas à preparação dos aeroportos brasileiros para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O gerente de Segurança da Aviação lembrou que por causa da diferença nos tamanhos dos aeroportos do Brasil é necessário ter sistemas de inspeção de bagagens diferentes. “Enquanto um aeroporto como o Internacional Tom Jobim pode usar um tomógrafo, um aeroporto pequeno pode fazer de maneira manual abrindo as bagagens. Tem essa flexibilização dentro das normas da Anac”, explicou.
Na área de regulação, de acordo com Cavallari, o desafio é agir com base em três aspectos: segurança, facilitação e economia. Segundo ele, as inspeções não podem provocar o crescimento no tamanho das filas de passageiros e nem aumentar os custos.
O Tass é um programa de sistema de inteligência de informação sobre segurança aeroportuária. Ele foi desenvolvido por um consórcio de empresas e entidades da Grécia, Inglaterra e Espanha, entre outros países, e tem apoio financeiro da União Europeia. O gerente da Anac reconheceu que o programa pode ajudar na área de supervisão da segurança. “Não adianta ter pessoal treinado e não ter supervisão de que aquilo está sendo cumprido. O guarda não estar no lugar que tem que ficar”, exemplificou.
Durante o encontro, foi apresentado o projeto Crisis, também financiado pela União Europeia, que analisa cenários em situações normais e em eventos inesperados, como incêndios ou fatos climáticos, entre outros, fazendo simulações para definir formas de ação. O responsável pelos Serviços de Emergência do Aeroporto de Lisboa, Ricardo Patela, informou que o programa está em funcionamento no terminal há seis meses e em países como a Holanda, Islândia. De acordo com ele, ferrovias na Grã Bretanha também utilizam o software.
“Podemos, por exemplo, modelar a cidade do Rio de Janeiro. Conseguimos colocar vários eventos e acidentes, e planejar o que deve ser feito pelos diversos agentes como polícia e bombeiros. Ter disponibilidade dos meios, áreas de combate a incêndio, áreas para feridos, podemos calcular o tempo de deslocamento e conseguimos simular a realidade dentro do computador”, ressaltou. De acordo com Patela, outros países da Europa demonstraram interesse no projeto que pode ter uma boa aplicação no Brasil. “Estamos aqui para lançar esta pedra. Gostaríamos de ter parceiros no Brasil, até porque falamos a mesma língua”, completou.