O Federal Reserve, banco central norte-americano, manteve nesta quarta-feira seus agressivos esforços para estimular a economia norte-americana por meio de compras de bônus em grande escala, afirmando que levará em conta os riscos de suas políticas, mas também o quanto ainda precisa ser feito para diminuir o desemprego.
Reunindo-se num momento em que a turbulência na Europa voltou a piorar, a autoridade monetária norte-americana acenou para sinais mais positivos sobre a economia dos EUA.
Mas o Fed removeu um importante trecho de seu comunicado de que as tensões econômicas globais estariam perdendo intensidade, e citou os ventos contrários de uma política fiscal mais restritiva em Washington.
A decisão do comitê de política monetária do Fed de dar continuidade a seus estímulos é anunciada apesar de preocupações crescentes de algumas autoridades da instituição em relação aos riscos oferecidos pelas compras de ativos, incluindo possíveis fraturas nos mercados financeiros e inflação futura.
"Esses custos seguem administráveis mas continuarão a ser monitorados, e nós os levaremos em consideração de forma apropriada à medida que determinamos o tamanho, o ritmo e a composição de nossas compras de ativos", afirmou o chairman do Fed, Ben Bernanke, em coletiva de imprensa após o anúncio da decisão do banco.
"Quando virmos que a situação (do mercado de trabalho) melhorou de forma significativa, nós talvez ajustemos o ritmo de compras", acrescentou.
Membros da instituição afirmaram que a maior economia do mundo voltou a um crescimento moderado após uma pausa no quarto trimestre do ano passado. Eles também destacaram avanços positivos, ainda que insuficientes, no mercado de trabalho.
"O setor imobiliário fortaleceu-se ainda mais, mas a política fiscal tornou-se mais restritiva", disse o Fed, referindo-se aos recentes cortes de gastos em Washington.
A presidente do Fed de Kansas City, Esther George, mais uma vez divergiu da maioria e votou contra a decisão de continuar comprando mensalmente 85 bilhões de dólares em títulos hipotecários e do Tesouro norte-americano até que a perspectiva do emprego ganhe força significativa.
"O comitê dará continuidade a suas compras de Treasuries e ativos hipotecários, e empregará suas outras ferramentas conforme apropriado, até que a perspectiva do mercado de trabalho melhore significativamente num contexto de estabilidade de preços", disse o Fed.
PREVISÕES POUCO ALTERADAS
O banco central norte-americano também divulgou uma nova série de projeções econômicas que podem surpreender alguns analistas do mercado, que haviam previsto que dados sólidos recentes levariam a uma melhora da visão das autoridades. Os membros do Fed agora vêem crescimento na faixa de 2,3 por cento a 2,8 por cento em 2013, abaixo da estimativa anterior de expansão de 2,3 por cento a 3,0 por cento.
Para 2014, o Fed projeta crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2,9 por cento a 3,4 por cento, ante estimativa em dezembro de crescimento entre 3,0 por cento a 3,5 por cento.
Em contraste, as estimativas de taxa de desemprego, importante termômetro para o banco central, vieram levemente mais benignas, ainda que altas demais para a maior parte dos membros da instituição. O Fed agora acredita que a taxa de desemprego, que ficou em 7,7 por cento em fevereiro, ficará em média entre 7,3 por cento a 7,5 por cento no quarto trimestre de 2013. A previsão emitida em dezembro era de 7,4 por cento a 7,7 por cento.
O desemprego não vai cair para 6,5 por cento, nível no qual membros do Fed sugeriram que vão começar a considerar elevar os juros, até 2015, mostram as estimativas.
Os acontecimentos no Chipre, onde a perspectiva de um imposto sobre depósitos bancários para ajudar a financiar o resgate do país reverberou temores pelo sistema financeiro global no início da semana, provavelmente reforçou a resolução das autoridades do Fed de impulsionar a economia dos EUA.
O imposto foi rejeitado no Parlamento cipriota, tirando o resgate internacional ao Chipre dos trilhos.
Bernanke classificou a situação no país europeu como "difícil", porque os cipriotas enfrentam problemas fiscais e de capitalização bancária, assim como estresse político.
"Isso tem alguma consequência", afirmou Bernanke, ponderando, no entanto, que o imposto não foi aprovado, "os mercados estão em alta hoje, e não acho que o impacto tenha sido enorme".
Fonte: Reunters
Aproximar-se ainda mais do cidadão e ouvir suas demandas para compilar as necessidades apontadas pela população. É com este intuito que o presidente da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), o deputado Estadual Dinis Pinheiro, estará em Muriaé, na manhã desta quinta-feira (21), para um encontro com lideranças, imprensa e sociedade, a ser realizado na Câmara Municipal, a partir das 9h30.
O evento terá início com a exibição de um vídeo institucional produzido pela TV Assembleia, mostrando as principais atividades realizadas no biênio e que provocaram impactos na região. Em seguida, o presidente irá se reunir com lideranças locais e representantes de entidades para ouvir demandas que dizem respeito à região.
De acordo com o presidente Dinis Pinheiro, a regionalização da prestação de contas “é mais um passo que a Assembleia de Minas dá para se aproximar ainda mais dos mineiros de todos os quadrantes e, com isto, aperfeiçoar sua atuação, em busca de resultados sociais efetivos, capazes de tornar a vida em Minas menos desigual, mais solidária, mais justa. Minas são muitas, já disse nosso grande Guimarães Rosa, e nós precisamos buscar permanentemente o contato com todas elas, por esse interior afora, para conseguir atingir nosso objetivo de ser a voz e o poder de todos os cidadãos mineiros”, destaca.
Até o final deste mês, terão sido realizados 18 encontros do mesmo em todo o estado de Minas Gerais.
Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (20), na 109ª reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que um de seus principais compromissos à frente da pasta é fortalecer o papel político e deliberativo do conselho.
Estamos fazendo uma reestruturação em todos os conselhos [vinculados ao ministério], política e institucional, para dar visibilidade e força a esses mecanismos de política pública e de participação de todos os segmentos”, destacou a ministra, na reunião em que deu posse aos conselheiros eleitos, representantes das entidades ambientalistas de todo o país.
Segundo ela, houve um “mal entendido” por parte da imprensa, que interpretou de forma equivocada colocação que Izabella fez durante reunião com representantes da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), ocorrida na noite de ontem (19). A Agência Brasil publicou matéria nesta terça-feira com uma interpretação errada sobre a avaliação da ministra em relação ao papel do Conama.
O Conama foi criado há mais de 30 anos pela lei que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, para funcionar como um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Entre as responsabilidades do colegiado - que reúne representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e da sociedade civil - está a definição de normas e critérios para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras. Participam representantes de associações ligadas às áreas de engenharia sanitária e ambiental, defesa do meio ambiente, até a de trabalhadores da área urbana, da comunidade científica e populações indígenas.
O conselho pode exigir estudos sobre alternativas e possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados e também pode analisar a aplicação de multas e outras penalidades pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em diversas situações.
Desde que assumi o ministério minha luta é pelo fortalecimento desse conselho e isso tem sido um mantra. Quando cheguei ao ministério, encontrei tendências que queriam esvaziar o Conama e fomos contrários a isso”, reforçou Izabella Teixeira.
A 1ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Regional (CNDR) foi aberta nesta terça-feira (19), em Brasília, com a participação de representantes dos estados, com o objetivo de debater elementos para construção de nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Participou da solenidade o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira.
A abertura do encontro, que vai até esta sexta-feira (22), foi realizada pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, contando também com a presença do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicadas (Ipea), Marcelo Neri.
A CNDR vai discutir, pela primeira vez, com o poder público, a sociedade civil, o empresariado e instituições brasileiras de ensino e pesquisa, princípios e diretrizes que vão embasar o projeto de lei da nova PNDR.
Etapas
Após a realização de 27 etapas estaduais e 5 macrorregionais, o processo conferencial elegeu 443 delegados que representam o poder público, a sociedade civil, o empresariado e as instituições de ensino e pesquisa estaduais. Milhares de pessoas enviaram suas contribuições, o que resultou em 800 propostas para modernização da PNDR.
Para a etapa nacional, após sistematização, o caderno de propostas traz 362 sugestões. Haverá um processo de priorização em que serão elencados os princípios e as diretrizes fundamentais, as mais importantes dentre todas as proposições que servirão de base para a elaboração do projeto de lei da nova PNDR que seguirá, posteriormente, para tramitação no Congresso Nacional.
Durante a abertura da 1.ª CNDR, o Ministério da Integração Nacional entregou aos nove vencedores o Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional. Foi lançado, ainda, o Observatório do Desenvolvimento Regional, que vai reunir indicadores e pesquisas para colaborar na redução das desigualdades entre as regiões brasileiras.
Fonte: Agência Minas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na quarta-feira que a Síria será responsabilizada por eventuais usos de armas químicas na sua guerra civil, e garantiu a proteção norte-americana a Israel contra o Irã.
Em sua primeira visita como presidente a Israel, Obama disse que solicitou uma investigação sobre as suspeitas de uso de armas químicas na Síria.
Ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com quem tem relações conturbadas, Obama manifestou ceticismo de que rebeldes sírios tenham usado armas químicas, e disse que haverá retaliações ao presidente Bashar al Assad caso o uso tenha partido das suas forças.
"Temos sido claros de que o uso de armas químicas contra o povo sírio seria um erro sério e trágico", disse Obama em entrevista coletiva em Jerusalém. "O regime de Assad deve entender que será responsabilizado pelo uso de armas químicas ou sua transferência a terroristas."
Obama também manifestou o desejo de que seja retomado o processo de paz entre palestinos e israelenses, mas não apresentou nenhuma nova proposta para isso, nem fez menção à ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, principal fator para a interrupção das negociações em 2010.
O presidente norte-americano disse que pretende escutar cada lado antes de determinar como avançar. Na quinta-feira, ele será recebido na Cisjordânia pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Obama passará três dias em Israel, e seu principal objetivo é relançar as relações com um precioso aliado, que se ofendeu durante o primeiro mandato de Obama por causa da sua pressão sobre Netanyahu para que abandonasse as obras em assentamentos, e pelo fato de não ter feito uma visita a Israel.
Mostrando-se notavelmente mais caloroso com Obama, Netanyahu disse estar "absolutamente convencido de que o presidente está determinado a evitar que o Irã obtenha armas nucleares".
No entanto, o líder direitista disse ter certeza de que Obama entende que Israel "não pode nunca ceder o direito de nos defendermos a terceiros, mesmo para o maior dos nossos amigos" - um sinal de que Israel não descarta uma ação militar unilateral contra o programa nuclear iraniano.
"Hoje, temos ambos o direito e a capacidade de nos defendermos", disse Netanyahu.
Obama - cujo governo no passado tentou discretamente dissuadir Israel de agir unilateralmente - disse que Netanyahu está "absolutamente certo" ao citar o direito à autodefesa. Afirmou ainda que os dois países têm avaliações semelhantes sobre o desenvolvimento nuclear do Irã, mas observou que "há tempo para resolver isso diplomaticamente".
"A questão é se a liderança iraniana irá aproveitar essa oportunidade", acrescentou.
Fonte; Reunters