O papa Francisco vai visitar uma favela carioca e se reunirá com jovens infratores durante sua primeira viagem internacional, em julho, para participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, informou o Vaticano nesta terça-feira.
O recém-eleito papa argentino, que busca fazer da preocupação com os pobres a principal marca do seu pontificado, visitará a favela de Manguinhos (zona norte do Rio) no quarto dia da sua visita ao Brasil, o maior país católico do mundo, entre 22 e 29 de julho.
A favela, a ser visitada em 25 de julho, tem um longo histórico de violência associada ao tráfico de drogas, mas no início deste ano recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) após uma ocupação policial.
O papa também receberá jovens infratores que serão levados para essa ocasião à residência do arcebispo do Rio.
O principal motivo da visita do papa ao Brasil é participar das celebrações da Jornada Mundial da Juventude, um evento internacional às vezes apelidado de "Woodstock católico", e que acontece a cada dois anos em uma cidade diferente.
Francisco, primeiro papa não europeu em 1.300 anos, chega ao Brasil na tarde de 22 de julho e descansa no dia seguinte para se recuperar da viagem, segundo programação oficial divulgada pelo Vaticano.
No dia 24, ele vai de helicóptero a Aparecida (SP), onde visita a basílica que homenageia a padroeira do Brasil. Na noite desse dia, de volta ao Rio, ele irá a um hospital que atende vítimas da Aids.
A participação do papa nas celebrações da Jornada Mundial da Juventude começa na noite do dia 25, na praia de Copacabana, e terá seu ápice no dia 28 com uma missa campal no bairro de Guaratiba, na zona oeste.
Durante a viagem, ele também vai se reunir com a presidente Dilma Rousseff no Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio de Janeiro.
Essa deve ser a única viagem do papa ao exterior neste ano. No começo de 2014, Jorge Bergoglio, ex-cardeal de Buenos Aires, deve fazer uma visita ao seu país natal.
Também há planos para que ele visite Assis, terra de São Francisco, religioso que inspirou Bergoglio a assumir o nome de Francisco quando da sua eleição no conclave, em 13 de março.{{banner-interno}}
Dois tiros de revólver calibre 38 que acertaram a lateral do tórax e outro próximo ao ombro, mataram na noite desta segunda-feira, 6, na Rua Evangelino do Vale, bairro São Vicente, em Cataguases, o jovem Diego Isidoro Canduca, de 20 anos. A Polícia Civil, que investiga o caso, trabalha com um suspeito, mas não divulgou seu nome para não atrapalhar as investigações. A Polícia Militar fez o atendimento no local tendo chegado ao local junto com a ambulância, encontrando a vítima agonizando. Em seguida isolou a área e a ambulância levou o rapaz para Pronto Socorro Municipal onde chegou sem os sinais vitais. Na manhã desta terça-feira, 07, o médico legista examinou o corpo e o liberou para sepultamento. Também compareceram ao local do crime a delegada de plantão, Gisela Borges, de Leopoldina, e os investigadores Lezoni e Leonel, da Polícia Civil em Cataguases.O crime aconteceu por volta das 23 horas desta segunda-feira. Cerca de uma hora antes, Diego teria se desentendido com um rapaz, provavelmente por causa de droga, já que Diego teve uma passagem na polícia por uso deste tipo de substância, conforme informou a Polícia Civil. Durante a discussão, Diego, ao saber que o outro estava armado o teria desafiado a atirar, tendo recebido então a ameaça de morte e, para mostrar que estava falando sério, seu rival deu um tiro para o alto. Eles então se separaram e Diego, que estava acompanhado de sua esposa, foi com ela para a casa de um vizinho onde passariam a noite, com o objetivo de evitar que o juramento fosse cumprido. Antes de dormir, porém, Diego avisou a mulher que iria até sua casa pegar cobertores e poucos minutos depois foram ouvidos dois disparos de arma da de fogo. Preocupada com o marido, ao ouvir o barulho, sua esposa e vizinhos correram para ver o que tinha acontecido e encontraram o corpo de Diego caído ao chão. De acordo com a Polícia Civil, que investiga o caso, ninguém da vizinhança presenciou o crime e tampouco a fuga do provável assassino. Ainda segundo os investigadores os vizinhos serão interrogados, bem como os familiares da vítima para levantar a rede de relacionamentos de Diego e encontrar possíveis desafetos. A Polícia Civil também não descarta a possibilidade de que Diego tenha sido assassinado por ter, no calor da discussão, desafiado seu oponente a praticar o crime.
Nota da Redação: Matéria atualizada às 16:33h.{{banner-interno}}
A falta de higiene em um abatedouro ou frigorífico pode trazer grandes riscos à saúde humana. "Na falta de inspeção adequada, micro-organismos e bactérias podem causar doenças aos humanos, assim como há produtos químicos [que podem ter sido usados na] criação dos animais e [podem afetar a saúde humana] quando não há a fiscalização devida", advertiu o o presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), Milton Thiago de Mello. Ele lembrou que isso se chama segurança alimentar.
Nessa área, Mello destacou o papel dos veterinários, mas criticou o fato de a maioria das agências que cuidam da fiscalização não contratar esses profissionais. Existe, apontou, uma insuficiência quantitativa de veterinários. "E é por isso que a academia está empenhada em formar esses profissionais". A entidade firmou convênio com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) para a atualização de fiscais estaduais e municipais e a capacitação de responsáveis técnicos para atuar em abatedouros, entrepostos, frigoríficos e varejistas.
Até que a carne seja consumida pela população, existe uma cadeia que se denomina internacionalmente "do pasto ao prato" e que faz parte da segurança alimentar, explicou Mello, destacando que em cada etapa dessa cadeia, o veterinário tem que estar presente. Segundo ele, o consumidor deve estar atento e verificar se na carne que pretende comprar há o carimbo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.) do Ministério da Agricultura, que atesta a qualidade sanitária do produto.
"As carnes que têm esse carimbo S.I.F. são consideradas seguras. E é essa carne que exportamos e que dá uma porcentagem grande do Produto Interno Bruto (PIB - a soma de bens e serviços produzidos no país) brasileiro". Mello lembrou que se a carne produzida no país é boa para os chineses, russos e árabes que compram do Brasil, "tem que ser [boa] também para a população brasileira".
O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina, Clever Pirola Avila, aconselhou os consumidores a dar preferência a produtos que tenham a certificação do governo federal. "Fazendo essa triagem, [o consumidor já resolve 95% das preocupações com os] produtos disponíveis no mercado" Outra recomendação é comprar marcas conhecidas. Santa Catarina é um dos maiores produtores de carne do país.
Sobre a crueldade praticada no abate dos animais em muitos matadouros e frigoríficos, o presidente da Abramvet reconheceu que o Brasil, apesar do desenvolvimento registrado nos últimos anos, ainda não está à altura das exigências internacionais do bem-estar animal. Para ele, isso constitui um dos obstáculos à exportação de produtos brasileiros de origem animal.
"É a chamada barreira do bem-estar animal". Para ele, as formas de abate praticadas no Brasil não condizem com o avanço tecnológico atual, o que obriga o país a adotar a pesquisa para desenvolver métodos mais modernos e que causem menos sofrimento aos animais.
Para o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antonio Alvarenga, ao mesmo tempo em que há uma campanha para melhorar a qualidade da carne produzida no país, há o combate a matadouros municipais e estaduais, sejam clandestinos ou regularizados, que, aparentemente, não estão cumprindo as normas de sanidade federal. Ele acredita que a saída não é fechar o abatedouro ou o pequeno frigorífico. "A saída é dar condições para que eles possam atender às exigências de sanidade e qualidade da carne", apontou.
Segundo Alvrenga, a fiscalização é exercida em níveis federal, estadual e municipal e muitas vezes é deficiente. Daí a proposta de treinar os fiscais estaduais e municipais. Outra preocupação é que todo abatedouro e frigorifico tenha um responsável técnico habilitado para fiscalizar e organizar a produção de carne.
"Muitas vezes, esses funcionários cumprem papel meramente burocrático. O objetivo é aumentar o número de responsáveis técnicos capacitados para prestar atendimento a esses órgãos que abatem animais, armazenam e vendem a carne aos consumidores. Dessa forma, a gente tenta dar condições para que esses matadouros municipais e estaduais sobrevivam", argumentou.
Caso contrário, disse, o que pode acontecer é uma concentração do setor nas mãos dos grandes frigoríficos. O presidente da SNA considerou que isso daria aos frigoríficos um poder econômico muito forte que "não seria bom" para o produtor rural, para o pecuarista. "Queremos que esses matadouros municipais e estaduais [disponham da] mesma condição de produzir uma carne de qualidade, com a sanidade desejada para o mercado consumidor. A nossa intenção é essa".
O presidente da Abramvet, Milton Thiago de Mello, também defendeu que o assunto possa ser equacionado sem a necessidade de se fazer uma campanha de "caça às bruxas" ao governo, aos abatedouros ou aos veterinários. "Tem que ser um mutirão de interesses elevados para que a carne e os outros produtos de origem animal sejam realmente de boa qualidade para a população brasileira".{{banner-interno}}
A Aula Inaugural dos cursos do PRONATEC que serão ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) reuniu, na noite dessa segunda-feira, 06, diversos alunos e autoridades de Cataguases, dentre as quais compuseram a mesa o prefeito Cesinha Samor, o presidente da Câmara Municipal Fernando Pacheco, o Secretário de Assistência Social Vanderlei Teixeira Cardoso, o Pequeno, a Secretária de Educação Luciana Moreira, o Secretário de Indústria, Comércio e Segurança Ângelo Andrade Cirino, o coordenador da Proteção Social Básica Murilo Matias, a coordenadora municipal do PRONATEC Janete Garcia e pelo SENAI os supervisores Pedagógico e Técnico Edna Silva e Jucimar Moraes Lacerda, respectivamente.Em seu pronunciamento o prefeito Cesinha afirmou que em sua Administração "será feito tudo o que for possível para promover oportunidades de capacitação profissional à população", e destacou a qualidade e eficiência dos cursos ministrados pelo SENAI e pelas outras instituições vão oferecer cursos através do PRONATEC. Em seguida, o Secretário de Assistência Social Vanderlei Pequeno, destacou a qualidade do trabalho de sua equipe na inscrição dos interessados aos cursos lembrando que "neste ano foram mais de oitocentas vagas ofertadas para os cursos do PRONATEC". Ele finalizou enaltecendo a todos se referindo à cidade através do verso "salve Princesa da Mata", parte do hino de Cataguases.
Também fizeram uso da palavra a secretária Luciana Moreira, o vereador Fernando Pacheco e o Secretário Ângelo Cirino que enfatizaram a importância que o PRONATEC possui para a qualificação dos cidadãos da cidade. Já Murilo Matias, mencionou as diversas oportunidades de emprego que os cursos oferecem aos alunos, e a coordenadora pedagógica do SENAI Édina Silva, esclareceu dúvidas dos alunos e lembrou a necessidade de terem comprometimento com os estudos.
Além dos seis cursos oferecidos pelo SENAI, o PRONATEC, através da Prefeitura de Cataguases, Secretaria Municipal de Assistência Social e Proteção Social Básica, está oferecendo outros seis pactuados com o SENAC e quatro com o IFET. Estes estão previstos para serem iniciados no dia vinte de maio, mas os cursos de Balconista de Farmácia, Pizzaiolo e Auxiliar de Recursos Humanos só começarão em junho, enquanto o de Açougueiro e o de Garçom terão início no segundo semestre de 2013.
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A Companhia Brasileira de Alumínio – CBA – anunciou em abril a "transferência das operações de Itamarati de Minas para a Unidade de Miraí", conforme nota divulgada por sua assessoria de comunicação enviada à imprensa. A empresa vai suspender as operações por cinco anos porque a barragem de rejeitos usada para armazenar o resíduo oriundo da lavagem do minério está no limite de sua capacidade. Na unidade de Itamarati vai continuar funcionando apenas o laboratório, além da recuperação das áreas lavradas e cumprindo os acordos ambientais, financeiros e trabalhistas em vigor, conforme a nota oficial da empresa.
O Site do Marcelo Lopes apurou que a empresa tem mais dez anos de exploração de minério na região de Itamarati de Minas, Descoberto e entorno. Além disso, ela já havia adquirido uma fazenda nas imediações da mineradora com o objetivo de construir ali nova barragem de rejeitos. A mudança de estratégia da empresa pode ser explicada por alguns fatores, como relação custo/benefício da bauxita que não compensaria à empresa fazer um investimento desta envergadura para apenas mais dez anos de extração e a crise internacional financeira de 2008 que atingiu o Grupo Votorantim de forma mais acentuada do que a média das empresas nacionais.
A revista EXAME publicou no dia 10 de abril último a matéria "Votorantim recorre a terceiros para produzir alumínio" que dá pistas dos problemas enfrentados pelo grupo. O texto da revista diz que a Votorantim "passou a comprar bauxita de terceiros para manter sua produção de alumínio em meio à interrupção de outorgas de lavra pelo governo". Ainda, de acordo com a EXAME, "sem licença de lavra, a empresa enfrenta dificuldades para produzir a matéria-prima do alumínio na unidade de produção de Poços de Caldas, em Minas Gerais. A revista acrescenta que "o governo brasileiro mantém congelada há mais de um ano a emissão de outorgas de pesquisa e de lavra para aguardar as regras do novo marco regulatório do setor". A Votorantim tem capacidade para produzir 475 mil toneladas anuais de alumínio em sua fábrica no interior de São Paulo.A reportagem do Site também ouviu o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Mineração de Cataguases, Miraí, Itamarati de Minas e Região, José Isaac de Morais, para saber os impactos da decisão da empresa para os trabalhadores. Ele disse que a notícia não o preocupa porque "os empregados que quiserem continuar na empresa serão aproveitados em Miraí". Ele revelou que desde o anúncio da paralisação das atividades da CBA em Itamarati o Sindicato fez "quinze rescisões de contrato de trabalho", número considerado "pequeno" por ele. Isaac disse ainda acreditar no retorno da mineração em Itamarati após o período de suspensão. "A CBA está fazendo estudos muito avançados neste sentido e acredito que retomem a mineração em Itamarati", disse otimista.
Em Itamarati de Minas o impacto da suspensão dos trabalhos de mineração da CBA causaram surpresa em todos. A Prefeita Tarcília Rodrigues Fernandes foi avisada em meados de abril da decisão da empresa, o que a deixou num primeiro momento, "atordoada", conforme ela mesmo revelou em entrevista a este site. Passado o impacto da notícia, ela hoje vê a situação de outra maneira, e conta que o maior prejuízo para o município serão os serviços terceirizados que dependem em grande parte da CBA. "A empresa empregava muito pouca gente daqui de Itamarati e até os royalties que a gente recebia não significava quase nada", constatou a prefeita. Quando a CBA esteve no auge da mineração naquela cidade, a prefeitura de Itamarati chegou a receber R$120 mil mensais. Em fevereiro deste ano, último mês em que recebeu aquela compensação financeira, o valor foi de R$8 mil.
Para compensar a suspensão das atividades da CBA Tarcília está agindo rápido. Contratou uma equipe de especialistas da Universidade Federal de Viçosa para fazer um estudo de viabilidade econômica do município. "O trabalho já começou e em breve esta equipe irá nos apresentar um relatório preliminar". Paralelamente, a prefeitura está apresentando aos proprietários rurais novos programas agrícola e pecuário, além de estar incentivando um projeto de piscicultura. Na cidade age em duas frentes: a primeira através da qualificação de mão de obra por meio de cursos técnicos realizados pelo Pronatec e Senac. Atualmente dois destes cursos estão em andamento, o de costureiro e o de Garçom. "E vamos ampliar esta oferta já no segundo semestre", informou Elaine Ferraz, Secretária Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Econômico.
Paralelamente a prefeitura busca ampliar o setor de confecção com oferta de terrenos para as empresas que desejarem se instalar no município e outros incentivos. Atualmente já estão em funcionamento em Itamarati seis confecções e outras seis facções (nome que se dá à terceirização da produção de uma confecção). O município conta ainda com três taxistas e 65 pontos de comércio. "Diante desta realidade estamos levantando, ainda, as pessoas que trabalham na informalidade para que possamos qualificar esta mão de obra e trazê-la para a economia formal", explicou Elaine. Há, também programas em parceria com o SEBRAE-MG que visam criar campanhas de fortalecimento do comércio local, finalizou a prefeita, que está fazendo do limão uma limonada.{{banner-interno}}