A Grã-Bretanha expressou pesar nesta quinta-feira pelos abusos cometidos por suas forças coloniais contra os quenianos durante a Revolta dos Mau-Mau, movimento pró-independência do Quênia na década de 1950, e anunciou um pacote de compensação para mais de 5.200 sobreviventes idosos, no valor total de 20 milhões de libras esterlinas (31 milhões de dólares).
O acordo foi resolvido fora de um tribunal, depois que três idosos quenianos vítimas de tortura conquistaram na Justiça, em outubro, o direito de processar o governo britânico. A decisão do governo poderá encorajar cidadãos de outras ex-colônias a reivindicar compensações por queixas que remontam aos dias do Império Britânico.
"O governo britânico reconhece que os quenianos foram sujeitos à tortura e outras formas de maus-tratos nas mãos da administração colonial", disse o chanceler britânico, William Hague, ao Parlamento, em Londres.
"O governo britânico lamenta sinceramente que estes abusos tenham ocorrido e prejudicado o caminho do Quênia rumo à independência."
Hague disse que o governo chegou a um acordo com os advogados de vítimas quenianas, incluindo o pagamento de uma quantia para 5.228 requerentes. A Grã-Bretanha também vai construir um novo memorial em Nairóbi em homenagem às vítimas de tortura e maus-tratos durante a era colonial.
O período chamado de "Emergência" queniana, entre 1952-1961, foi um dos episódios mais traumáticos do domínio colonial britânico na África.
Os rebeldes Mau-Mau, que lutavam pela terra e o fim do domínio colonial, atacavam alvos britânicos, causando pânico entre os colonos brancos e alarme no governo em Londres.
Dezenas de milhares de rebeldes foram mortos pelas forças coloniais e seus aliados quenianos, enquanto um número estimado em 150 mil pessoas, muitas delas sem ligação com os Mau Mau, foi detido em campos de prisioneiros.{{banner-interno}}
Foi lançado na tarde desta quarta-feira, 5, na Biblioteca Municipal Ascânio Lopes, o livro de literatura infantil "Pira-Poré e a Chuva", o terceiro volume da coleção "As aventuras de Pira-Poré" da escritora Maria Vargas. A obra traz a "história de integração do um indiozinho e seu povo com os fenômenos da Natureza e com as riquezas ambientais que ela nos oferece", conforme revelou a escritora, enquanto autografava os exemplares adquiridos pelos amigos, alunas de Pedagogia, e, sobretudo, pelas crianças que prestigiavam o evento.
O texto divertido e agradável, aliado às ótimas ilustrações de Marina Tomaz, atraiu a atenção de todos os presentes que no próprio local já folheavam as páginas da história em busca da magia daquela leitura e da literatura infantil. Segundo a autora, "Pira-Poré sempre teve muita receptividade principalmente por parte das crianças e o lançamento foi bem legal justamente por que o público infantil se identifica muito com o livro. É sempre bom lidar com esse público e melhor ainda é ver os pais incentivando as crianças a lerem", disse a autora, lembrando que "a biblioteca é um espaço fantástico e algumas pessoas revelaram nunca ter vindo aqui antes, mas o Pira-Poré fez questão de trazê-las hoje", destacou Maria Vargas sempre muito animada.
A obra foi patrocinada pela Lei Ascânio Lopes de Incentivo à Cultura e nos próximos dias a autora fará a doação de seiscentos exemplares para escolas da cidade, aproveitando para visitá-las, juntamente com a equipe do Proler, a fim de fazer contação de histórias e conversar com as crianças sobre literatura infantil. "Esses encontros são muito gratificantes", concluiu a autora. As pessoas presentes na ocasião aproveitaram para visitar as estantes da Biblioteca, a sala de literatura infantil Monteiro Lobato, e contemplar a exposição dos desenhos feitos pelos alunos da escola Nossa Senhora do Carmo sobre o personagem do livro. (Fotos: Paulo Victor Rocha)
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Policiais civis de Cataguases, Leopoldina, Além Paraíba e de Juiz de Fora estão, neste momento, na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde cumprem um mandado de prisão contra um dos foragidos da justiça mais procurados em Minas Gerais. A operação está sendo coordenada pelo delegado seccional de polícia em Cataguases Gutemberg de Souza Filho.
A operação começou por volta das 6 horas da manhã, conta com o apoio da Polícia Militar do Rio de Janeiro e não tem hora para terminar. Segundo revelou o detetive Leonardo Pessanha, lotado em Cataguases, este trabalho é um esforço da Polícia Civil de Minas Gerais de capturar os principais foragidos da justiça no Estado. "Pela proximidade com o Rio de Janeiro nossas equipes foram designadas para realizar esta operação", explicou.
Mais informações a qualquer momento. (Foto: Polícia Civil de Cataguases){{banner-interno}}
O grupo GPTo – Teatro de Bonecos participou do 8º Nepopó, festival de teatro realizado entre os dias 30 de maio a 2 de junho na cidade de São João Nepomuceno (MG). Os bonequeiros do Instituto Francisca de Souza Peixoto trouxeram para Cataguases o troféu de participação especial pela singularidade de sua arte.
A peça apresentada no evento foi "O Despertar", uma nova experiência do grupo que mistura sensibilidade e comédia, demonstrando o poder do teatro de bonecos em emocionar plateias de todas as idades. "É um espetáculo diferente, não existe diálogo. Trabalha com as sensações", disse Fernanda Pinheiro, integrante do GPTo.
"O Despertar" mostra o encantamento de um boneco com uma caixa de surpresas e todas as possibilidades que ela oferece: alegria, pânico, coragem e amor.
Maria José de Mendonça acompanhou os filhos Laura e Pedro Henrique, de 9 e 6 anos, e se emocionou com o espetáculo. "Esta apresentação despertou em mim lembranças que estavam esquecidas na memória; o mundo da minha infância, as demonstrações de afeto que recebi de tantas pessoas queridas. Os olhos dos meus filhos estavam fixados nos bonecos, como se realmente eles tivessem vida própria. Lindo! Emocionante!", afirmou, ao final da apresentação.O GPTo se destacou dos demais grupos do festival por ser o único grupo de teatro de bonecos, e este diferencial atraiu, além da população de São João Nepomuceno, atores e produtores culturais que participavam do evento. "É maravilhoso. Estamos estudando as técnicas do teatro de bonecos há um tempo e ainda estamos muito longe do que nos foi apresentado por estes artistas de Cataguases", disse Ana Cecília de Hollanda, do grupo Arte Vida, de Belo Horizonte. (Fotos: Instituto Francisca de Souza Peixoto)
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A Justiça Eleitoral cassou o diploma do prefeito de São Sebastião da Vargem Alegre, Eloiz Massi, e também os de Cristiani Oliveira Pinto (vice-prefeita) e Hélcio do Carmo Veríssimo, mais conhecido por "Hélcio do Moacir" (candidato a vereador) por abuso de poder econômico e captação ilícita de votos. Eloiz teria dado um cheque no valor de R$1.500,00 à eleitora Maria de Fátima Godinho em troca de seu voto e o de seus familiares, conforme relata a sentença proferida pelo juiz da comarca de Miraí, Marcelo Alexandre do Valle Thomaz. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 36.519 foi ajuizada pelo candidato derrotado a prefeito nas eleições de 2012, Claudiomir José Martins Vieira.
O Processo teve início em outubro de 2012 e está embasado em depoimentos prestados em juízo por diversas pessoas, inclusive, por Maria de Fátima Godinho que afirmou ter recebido um cheque no valor de mil e quinhentos reais em troca do voto seu e de sua família no candidato Eloiz Massi, o Lói. A justiça quebrou os sigilos bancário e telefônico de Maria de Fátima, do irmão do prefeito eleito, Delilo Massi e de Hélcio do Carmo Veríssimo, que teria feito a entrega do cheque à eleitora. Segundo revela a sentença proferida, constam nos extratos bancários de Fátima um depósito no valor que ela afirma ter sido feito em troca dos votos dela e de familiares. Delilo teve seus sigilos quebrados porque o cheque à ela entregue foi assinado por ele. Ele é proprietário de um posto de gasolina naquela cidade que fornece combustível para a prefeitura "tendo assim interesse que seu irmão continuasse como prefeito dessa cidade", disse o juiz na sentença.
Além de Fátima também prestaram depoimento na justiça revelando terem recebido oferta de dinheiro em troca de votos no candidato Lói, Rodrigo Martins Vieira, Roberto Antônio Fernandes, Leandro Aparecido de Oliveira, Lindaura de Souza Lima Coelho, Raquel Mota da Costa, Nilda Aparecida dos Santos, Whelinton Braz Ribeiro, entre outros, ainda de acordo com a sentença da Ação. O juiz, em seu texto final, destaca a característica do processo contar com provas testemunhais."Nem se diga que a condenação está baseada apenas no depoimento de Maria de Fátima, já que há nos autos várias outras provas da prática do ato, como depoimento das testemunhas e os estratos (sic) telefônicos e bancários dos envolvidos. Ademais tal tipo de crime ocorre geralmente na clandestinidade, pelo que a palavra de uma testemunha, desde que consentânea com as demais provas dos autos, como ocorre no caso é questão, é suficiente para se decretar a condenação".
Em sua defesa, Delilo disse que o cheque dado à Maria de Fátima foi devolução de "parte do pagamento de um lote" que ela teria comprado dele. Ele, porém, não apresentou nenhum comprovante do referido negócio o que despertou a desconfiança do juiz que assim se manifestou na sentença: "não há como acreditar que um comerciante experiente, trnha realizado um contrato de compra e venda sem que ele estivesse devidamente documentado, nem havendo sequer um recido da entrega ou devolução dos valores", completando em seguida: "As afirmações feitas no depoimento de Delilo são completamente inverossímeis". Já a participação do candidato a prefeito na compra de votos, segundo entendimento do juiz, "restou totalmente demonstrado que Eloiz Massi sabia da entrega da quantia para Maria de Fátima". E mais adiante afirma: "houve efetiva participação e anuência por parte de Eloiz Massi na compa do voto". E, finalizando, ressalta que "a compra do voto acabou por influenciar a eleição na medida em que Maria de Fátima afirmou que em virtude disso mudou seu voto, vindo a votar em Eloiz Massi".
Marcelo Thomaz estende seu entendimento a todos os representados na Ação, e os considera "beneficiados com a compra ilícita do voto, devendo sofrer as penalidades dai decorrentes". E mseguida ele julga "procedentes" os pedidos feitos no processo e considera "provada a captação ilícita de sufrágio por parte de Eloiz Massi, Cristiani Oliveira Pinto e Hélcio do Carmo Veríssimo, conduta esta vedada pelo art. 41-A da Lei 9.504/97, cassar-lhes o diploma a aplicar multa que arbitrou em R$25.000,00 para cada um, anulando todos os votos por eles recebidos", concluiu o magistrado. (Foto: Montagem sobre reprodução da internet){{banner-interno}}