As intervenções do Banco Central (BC) fizeram o dólar cair pela primeira vez em três sessões. A moeda norte-americana encerrou o dia em R$ 2,1365 para venda, com queda de 0,53%. A última vez em que o câmbio caiu em relação ao fechamento do dia anterior foi na última quinta-feira (6).
No começo desta terça-feira (11), a moeda norte-americana registrou forte alta, chegando a atingir R$ 2,1621 por volta das 9h50, a maior cotação desde março de 2009. Em seguida, o Banco Central (BC) promoveu dois leilões seguidos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
A cotação chegou a subir por volta das 11h20, mas caiu desde o início da tarde. Por volta das 16h, o dólar atingiu a mínima do dia, vendido a R$ 2,1345, mas oscilou um pouco para cima até fechar a R$ 2,1365.
A autoridade monetária injetou US$ 2,244 bilhões. Ao todo, foram vendidos US$ 1,247 bilhão no primeiro leilão e US$ 997 milhões no segundo. Ontem (10), o BC também vendeu US$ 2,114 bilhões em dois leilões no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana.
A alta da cotação do dólar nas últimas semanas ocorreu devido à indicação de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) reduzirá os estímulos monetários que têm impulsionado a economia dos Estados Unidos nos últimos anos. Com a diminuição do volume de dólares em circulação, a moeda fica mais cara, o que afeta as cotações em todo o mundo.
Além dos leilões de dólares no mercado futuro, o governo brasileiro anunciou, no início deste mês, a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%.
A mudança estimula a entrada de recursos externos e, por consequência, ajuda a conter a alta da moeda norte-americana. Um dólar mais estável é importante como uma das ferramentas para ajudar o governo a combater a inflação com o auxílio de produtos importados. Se o dólar está mais alto, os preços de produtos importados mais elevados são repassados aos consumidores no mercado interno.{{banner-interno}}
O primeiro leilão para exploração de petróleo na camada pré-sal por regime de partilha de produção será no dia 22 de outubro. O anúncio foi feito hoje (11) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O mês já havia sido definido pela presidenta Dilma Rousseff e, para que o prazo seja cumprido, o pré-edital será publicado na segunda quinzena deste mês.
De acordo com o diretor da ANP, Helder Queiroz, que presidiu a audiência pública em que foram feitos os anúncios, o leilão será realizado no Rio de Janeiro e não em Brasília, como era previsto. Segundo ele, a mudança vai trazer facilidades logísticas e economia para a agência.
A audiência pública foi realizada na sede da ANP para receber contribuições à minuta do pré-edital, que será publicada pelo Ministério de Minas e Energia e colocada em consulta pública para que, então, seja realizada outra audiência pública sobre o contrato de partilha.
O leilão será para a exploração do Campo de Libra, localizado na Bacia de Santos e com reservas de 8 a 12 bilhões de barris. A Petrobras terá participação de 30% no consórcio e as outras empresas poderão ter no mínimo 10%, o que limita o máximo de participantes a sete mais a estatal. No pré-edital, será informado o percentual mínimo que a empresa vencedora terá de pagar na hora de assinar o contrato (bônus de assinatura).
"Esse não é um leilão como qualquer outro. É uma área singular para a indústria petrolífera brasileira e internacional", disse Helder Queiroz.
A audiência foi marcada por questionamentos de manifestantes contrários ao regime de partilha e favoráveis à exploração exclusiva da Petrobras. Em frente à sede da ANP, na Avenida Presidente Vargas, foi estendida uma faixa contra o leilão.
"A sociedade brasileira consagrou esse regime de participação não exclusiva da Petrobras pela via democrática. O Congresso aprovou essa lei e introduziu a abertura da indústria há bastante tempo", defendeu Queiroz. Representantes dos petroleiros prometeram realizar mais manifestações contrárias ao regime de exploração do pré-sal.{{banner-interno}}
As várias denúncias de violação de túmulos no Cemitério Municipal São José, em Cataguases, e a recente abertura de uma Comissão de Assuntos Especiais para tratar do caso que ficou conhecido como "Escândalo do Cemitério" esbarra, agora, em outro caso rumoroso que abalou a cidade em 2007. A menina Annaluz de Castro Baião, estudante do Centro Educacional Cecília Meirelles, que morreu após ingerir veneno, teve seu túmulo violado "três vezes", segundo o advogado da família Eduardo Barcellos. Ele acredita que a criança tenha sido mais uma vítima deste caso de venda ilegal de túmulos no Cemitério em Cataguases.
Para ter certeza de suas suspeitas, Eduardo aconselhou aos pais de Annaluz, Cláudia e Hélio Baião, pedir na justiça a exumação de seu corpo, o que foi concedido "rapidamente", segundo avaliação de Eduardo Barcellos."Há uma suspeita de que no túmulo dela (Annaluz) possa estar outra pessoa junto com ela ou até mesmo que tenham retirado seus restos mortais para sepultar outra pessoa. Por isso pedimos a exumação, que está sendo feita agora.
Nesta terça-feira, às 15 horas, o médico legista João Sérgio Lougon Borges de Mattos, esteve no Cemitério para cumprir a determinação judicial. Também compareceram o funcionário da Delegacia de Polícia, Marco Aurélio, que fez a coleta de material para o exame de DNA, o pai da menina sepultada, Hélio Baião, o vereador Geraldo Majella, representantes da Prefeitura de Cataguases, além do Secretário Municipal de Serviços Urbanos Nicolau Siervi, responsável pelo local. Foram abertas as duas gavetas do túmulo de Annaluz, sendo que a primeira, na parte de cima, estava vazia. A segunda, junto ao solo, estava o caixão em que teria sido enterrada a menina. Doutor João Sérgio retirou um pouco do cabelo, a mandíbula e um osso, fêmur, para serem periciados e fazer o teste de DNA. Nesta quarta-feira, os pais de Annaluz também vão retirar amostras de sangue que serão comparadas com os do corpo sepultado no túmulo de Annaluz. O exame será feito em Belo Horizonte.
Eduardo Barcellos disse que a partir deste exame "saberemos se além de violação de túmulo, seu corpo também foi vilipendiado". Ele não está satisfeito com as suspeitas que rondam o cemitério e disse ter dúvidas, apesar de reconhecer que a justiça agiu rápido ao decidir pela exumação. "Eu pergunto o seguinte: Se ali realmente está o corpo de Annaluz, por que seu túmulo foi aberto, violado, três vezes? O que buscavam no túmulo dela? Esta é uma prática (violar túmulos) comum neste cemitério?", questiona o advogado. {{banner-interno}}
Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Ubá está em Cataguases desde o início da manhã desta terça-feira, 11, fazendo uma busca no rio Pomba, no bairro Beira Rio, nas imediações do Supermercado Bahamas, para encontrar o corpo de Jorge Batista de Almeida, 63 anos. Até o fechamento desta matéria ele não havia sido encontrado. O trabalho foi paralisado para o almoço e retomado por volta das 13 horas, conforme revelou os policiais militares que acompanham a busca.
Segundo testemunhas nararram à Polícia, Jorge Batista saiu de barco na tarde de segunda-feira, 10, para pescar lambari levando consigo uma tarrafa. Ele, que morava no bairro Beira Rio próximo ao local do acidente, teria parado o barco próximo a uma pedra, no meio do rio, onde deixou a embarcação para iniciar sobre as rochas ali existentes.
Ainda conforme relato de pessoas que presenciaram a cena e a relataram para a Polícia, Jorge arremessou a tarrafa na água que ficou agarrada em seu punho e, por causa da forte correnteza no momento, foi puxado por ela desaparecendo sob as águas instantes depois. Não está descartada a possibilidade de Jorge ter se escorregado na pedra e caído na água tendo sido puxado pela correnteza. {{banner-interno}}
A polícia de choque da Turquia usou gás lacrimogêneo e canhões de água contra centenas de manifestantes armados com pedras e fogos de artifício para tentar retomar, nesta terça-feira, o controle de uma praça de Istambul que está no centro das manifestações contra o governo.
Centenas de policiais apoiados por veículos blindados cercaram a Praça Taksim, à medida que tratores começaram a remover barricadas de pedra e ferro construídas pelos manifestantes. O que começou como um protesto contra planos de modernização da praça tornou-se um desafio sem precedentes para o governo de raízes islâmicas do primeiro-ministro Tayyip Erdogan, e dividiu os turcos.
As manifestações têm prejudicado a confiança dos investidores na Turquia, que até então era considerada um modelo de sucesso no mercado emergente. O banco central disse que vai intervir se necessário para apoiar a lira, depois que a moeda caiu para seu nível mais fraco contra uma cesta dólar/euro desde outubro de 2011.
A operação da polícia, iniciada pouco depois do amanhecer, aconteceu um dia depois de Erdogan ter concordado em se reunir com líderes do protesto, cujas manifestações pacíficas de duas semanas atrás se tornaram protestos contra o governo em várias cidades do país, em que três pessoas foram mortas e cerca de 5.000 ficaram feridoa.
A polícia recolheu enormes faixas penduradas por manifestantes em um prédio com vista para a Praça Taksim, mas o governador local disse que não tinha nenhuma intenção de encerrar uma campanha pacífica contra a remodelação planejada pelo governo dentro do vizinho Parque Gezi, onde as manifestações começaram.
"Nosso objetivo é remover os sinais e imagens sobre a estátua de Ataturk e do Centro Cultural Ataturk. Nós não temos outro objetivo", disse o governador de Istambul, Huseyin Avni Mutlu, no Twitter.
A polícia pendurou uma única bandeira turca e uma foto do fundador da Turquia moderna, Mustafa Kemal Ataturk, no prédio.
Veículos para controle de multidão dispararam canhões de água contra os manifestantes que atiravam pedras, fogos de artifício e bombas de gasolina na polícia à beira da praça. Centenas de manifestantes, muitos usando máscaras e capacetes de operários, reuniram-se em degraus da praça para o parque.
"Este movimento não vai acabar aqui. Nós começamos algo muito maior do que este parque... Depois disso, eu não acho que as pessoas vão voltar a ter medo deste governo ou de qualquer governo", disse o estudante Seyyit Cikmen, de 19 anos, enquanto a multidão gritava "Todo lugar é Taksim, resistência em todo lugar."{{banner-interno}}