O Brasil estreou na Copa das Confederações com vitória. Um público de 67.423 torcedores aplaudiu a seleção brasileira ao fim da primeira partida no Estádio Nacional Mané Garrincha. Com gols de Neymar, aos três minutos do primeiro tempo; Paulinho, aos três minutos do segundo tempo, e de Jô, aos 47 minutos, a seleção canarinho derrotou o Japão por 3 x 0.
No segundo tempo, o técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou o placar de 2 x 0 para fazer substituições. Neymar saiu para a entrada de Lucas, Hernanes substituiu Hulk e Jô, o autor do terceiro gol, entrou a dez minutos do fim da partida no lugar do atacante Fred.
Antes da partida, os torcedores que chegaram mais cedo ao estádio acompanharam a cerimônia de abertura da Copa das Confederações. Iniciado pontualmente às 14h25, o show durou 20 minutos e contou com várias apresentações. Porém, menos da metade da torcida havia chegado para ver o espetáculo.
Além de frases de boas vindas em vários idiomas e contagem regressiva em um grande mosaico humano formado no campo, voluntários vestidos com roupas típicas das oito nações que participam da competição (Brasil, Japão, Uruguai, México, Nigéria, Taiti, Espanha e Itália) agitaram o público.
Sob vaias, o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, e a presidenta Dilma Rousseff declararam iniciada oficialmente a Copa das Confederações 2013, que terá partidas em seis cidades brasileiras: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Diante da reação do público, Blatter chegou a pedir fair play (que significa jogar limpo, ter espírito esportivo) à torcida. "Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por favor?". Em seguida, a presidenta Dilma declarou aberta a competição.
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Será realizada em Cataguases, na próxima quarta-feira, 19, a etapa municipal para a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente que acontecerá em Brasília, no período de 24 a 27 de outubro. Pela primeira vez, o município participa da discussão que, nesse ano, terá como tema "resíduos sólidos", a partir do estudo de quatro eixos: produção e consumo sustentável, redução de impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.
As inscrições para o evento podem ser realizadas até o dia 18 na Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Abastecimento e "qualquer cidadão pode participar", conforme revelou Alex da Silva Carvalho, assessor do prefeito Cesinha Samor e membro da Comissão Organizadora do evento, juntamente com o secretário Municipal de Meio Ambiente José de Alencar Pinto Farage, o biólogo Fábio Caetano, além de Felipe Dutra Ladeira, Jamaica Vilela, Tiago Viana e Mônica Baião, funcionários municipais que atuam na área ambiental.Alex lembrou que o evento será mais uma oportunidade para debater o assunto meio ambiente e levar a discussão para o âmbito regional e posteriormente nacional, buscando, inclusive, saber o que já está sendo feito no município no sentido de preservação ambiental. "Por isso, é de grande importância a participação da sociedade na Conferência", completou o assessor, destacando que a intenção é futuramente estabelecer um contato mais próximo com as associações e instituições sociais de Cataguases que tratam do assunto meio ambiente, para trazer o tema à discussão contínua.
Conforme revelou Felipe Ladeira, a Conferência Municipal começará com uma palestra e, em seguida, os participantes serão divididos em quatro grupos de discussão. Cada grupo ficará por conta de estudar um eixo e formular propostas que serão analisadas pela Comissão Organizadora, a qual selecionará as cinco melhores de cada grupo para serem encaminhadas à próxima etapa da Conferência que vai acontecer em Ubá no próximo dia 28, onde três delegados, eleitos ao final da Conferência Municipal de Cataguases, representarão o município. (Fotos: Divulgação e Marcos Gama/Mídia Mineira)
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Mais de 5,5 mil pessoas de comunidades tradicionais vivem no território do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (PNLM), apesar de a lei ambiental não permitir a permanência de moradores nesse tipo de unidade de conservação. As comunidades vivem na região há mais de 200 anos e o governo ainda não iniciou o processo de desocupação do território desde que a unidade foi criada em 1981. "O parque nunca foi objeto de políticas de regularização fundiária", contou o biólogo e analista ambiental Yuri Teixeira Amaral, coordenador de Uso Público e chefe substituto da unidade. "Não temos um ambiente conservado como deveria ser. O parque não cumpre seus objetivos por causa das comunidades presentes", completou. As comunidades vivem basicamente da agricultura de subsistência, mas a pecuária também é tradicional na região. Amaral explica que os produtores sempre mantiveram a prática de deixar os animais em pastos naturais e as áreas do parque acabam servindo para o alimento de cabras, bodes, ovelhas e bois. "Quando passam as chuvas, as áreas que formavam lagoas secam e viram pastagem. O maior problema é que além dos animais das comunidades, produtores que vivem fora do parque contratam os moradores como vaqueiros e colocam os animais no território", contou Amaral. O analista ambiental explicou que as comunidades que estavam na área antes da criação do parque têm direito aos imóveis e à produção de subsistência. Mas, segundo ele, essa situação provocada pelo conflito de leis acaba gerando impasses diários. "São pessoas pobres e sem instrução que mal têm acesso às políticas sociais. Há um povoado que chegou a receber energia elétrica, mas como a companhia energética não tinha licença, foi multada". A unidade ocupa mais de 155 mil hectares a quase mil quilômetros da capital do Maranhão, São Luís, passando pelos municípios de Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo Amaro. O território tem mais de 70 quilômetros de praia e é nessa costa que está outro desafio para os administradores. "A pesca de arrasto já é predatória por si só e temos uma área muito rica em camarões. Já fizemos mais de 15 autuações, mas é difícil controlar porque eles sabem que é uma área que tem estoque muito bom. O problema é que com o uso da rede os pescadores só aproveitam 20% do que fica preso. Os 80% são descartados e geralmente não sobrevivem", disse o biólogo, citando espécies que vão desde peixes, crustáceos e estrela-do-mar, até tartarugas. Amaral contou que a unidade também não tem controle sobre as visitações. Segundo ele, em uma estimativa conservadora é possível dizer que mais de 50 mil turistas visitam, anualmente, o parque. Mas como são dezenas de acessos e a unidade não conta com portarias e centro de visitantes, o controle não é eficiente. "A visitação geralmente é feita por agências de turismo porque exigem carros com tração. Vira e mexe, essas agências descumprem as normas de conservação. Hoje, melhorou um pouco porque fizemos cadastros, mas temos que pensar em uma parceria público-privada ou em um sistema de concessão de ingressos em que a empresa ficaria responsável por esse controle", frisou o biólogo. Como em grande parte dos parques citados nas reportagens desta série produzida pela Agência Brasil, o número de servidores na unidade está aquém do que os próprios funcionários definem como ideal. Segundo Amaral, hoje apenas dois analistas ambientais e cinco técnicos atuam no parque. "O plano de manejo [elaborado em 2003] recomenda 84 funcionários, distribuídos nos três municípios", disse, acrescentando que a estrutura também é precária.
Yuri Amaral acrescentou que o parque tem três postos, sendo a sede administrativa, que é alugada, e um terreno com prédios condenados, onde serão construídos o centro de visitantes e a sede administrativa, ainda em 2013. O bioma Costeiro e Marinho reúne outros sete parques nacionais, como o Parque Marinho dos Abrolhos, na Bahia, formado por cinco ilhas e um dos locais responsáveis pela conservação de espécies como a anêmona-gigante, o pepino-do-mar, o tubarão-lima e corais, e o Parque do Cabo Orange, com a preservação de manguezais ao longo de mais de 657 mil hectares no Oiapoque, Amapá (AP).
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A crise ainda não acabou na Europa, o desemprego continua em alta, especialmente no Sul do continente, mas há quem enxergue em um futuro próximo o ajustamento das economias europeias sem a presença do Fundo Monetário Internacional (FMI), o credor externo que juntamente com o Banco Central Europeu (BCE) e a Comissão Europeia (CE) formam a Troika, grupo de instituições fiadoras de Portugal, da Grécia, Irlanda e do Chipre.
Esta semana, o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, disse que no futuro haverá "mais do que condições, se os governos quiserem, para que as instituições europeias assumam a plenitude de suas responsabilidades". Para o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, "o objetivo do FMI está muito voltado para a estabilização financeira. Na União [Europeia], nós temos objetivos de desenvolvimento harmonioso, de coesão e de crescimento econômico", disse, ao diferenciar o FMI da CE e do BCE.
Antes dessas declarações, o próprio fundo já havia sinalizado sua saída. "O FMI já anunciou que não participará de novos empreendimentos do tipo Troika", lembrou à Agência Brasil o analista econômico Luís Salgado de Matos, pesquisador ligado ao Instituto de Ciências Sociais que escreve no blog O Economista Português. Conforme Matos, o problema com a permanência do FMI está nas características de parte da União Europeia. "O FMI é um organismo mundial que, supostamente, não deve agir no interior de uma determinada zona monetária. Se, por exemplo, o estado do Texas [EUA], que usa o dólar, tiver dificuldades, Washington não o mandará para o FMI", explicou.
O analista lembrou ainda que foi a zona do euro que mandou Portugal (entre outros) bater na porta do fundo. "Se o FMI sair da Troika, essa saída deve, supostamente, forçar a zona do euro a assumir mais responsabilidades e a conceder mais crédito aos países-membros em dificuldade. Veremos se isso acontecerá", ressaltou.
Para o economista João César das Neves, professor da Universidade Católica de Lisboa, a presença do FMI na Troika dá mais respaldo aos programas de ajuda financeira. "O FMI tem tido uma liberdade muito maior que os outros dois [o BCE e a CE], que são entidades políticas e internas da Europa, enquanto o fundo é uma entidade externa e supranacional, e tem liberdade", disse à Agência Brasil, acrescentando que a autonomia do credor externo "deixa os políticos um pouco aflitos".
Em Portugal, se tudo correr conforme memorando de entendimento, a saída do FMI e de toda a Troika deverá ocorrer em meados de 2014, com o fim do programa de ajustamento. No entanto, tendo em vista a recessão, há quem defenda em Portugal a dilatação de prazos e de metas (como o equilíbrio de receita e gasto público), o que pode significar a prorrogação da intervenção dos credores na economia lusitana e mais endividamento. "Não é grave se o ajustamento acabar em 2015, 2016 ou até 2017. O que é importante é que os credores internacionais acreditem que de fato há um esforço real e uma mudança de atitude dos portugueses", ressaltou Neves. Ele ponderou que "mais um ano ou dois de ajustamento vai gerar mais dívida e pesar mais no futuro".
Em termos ideais, o programa de ajustamento deveria acabar quando o país retomasse o crescimento de forma sustentável, com a economia reestruturada. "A ideia do ajustamento é aumentar o peso dos bens exportáveis. Esse aumento será desejável para a agricultura, indústria transformadora e os serviços. Mas, em Portugal, o setor de bens não transacionáveis [como infraestrutura e patrimônio] continua a ser privilegiado e, por isso, é improvável que nos próximos anos venha a perder terreno", prevê Luís Salgado de Matos.
João César das Neves é mais otimista e avalia que "está havendo transformação da estrutura produtiva portuguesa desde o princípio da crise em 2008", antes do ajustamento acertado entre o governo e a Troika. Segundo ele, "não é na indústria e nem na agricultura que está o dinamismo da economia atual. Todo mundo está a voltar-se cada vez mais para os serviços. Até mesmo nos produtos agrícolas e da indústria o componente serviço está presente".
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Os brasileiros, com mais de 60 anos, sonham em viver ao lado de companheiros que saibam compartilhar bons e maus momentos. Mas reclamam do mau humor, do egoísmo, da frieza e desrespeito com que são tratados. No Brasil, há aproximadamente 22,3 milhões de idosos, dos quais 15,5 milhões são homens e mulheres que chefiam suas famílias e fazem planos para o futuro. A conclusão está na pesquisa Idosos no Brasil, do Instituto DataPopular, entidade de consultoria.
O diretor do Instituto DataPopular, Renato Meirelles, fez o levantamento de dados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e entrevistas nas principais cidades das cinco regiões do país, de outubro a dezembro de 2012. Segundo o pesquisador, 64% dos entrevistados reclamaram do mau humor, 55% do egoísmo, 46% do desrespeito e 25% da frieza.
"São pessoas que buscam o companheirismo e, não o suporte. São pessoas que querem companhia e não gostam de ficar sozinhas, mas reclamam também da forma como são tratadas", disse à Agência Brasil.
Apesar de ainda não estar na faixa acima dos 60 anos, a aposentada Cleuza Maia dos Santos, de 56 anos, que mora em Planaltina de Goiás, resume nas suas observações o que a pesquisa concluiu. "As pessoas não têm mais paciência para andar com os idosos. Vejo muitos andando sozinhos por aí. Eu mesma tenho seis filhos e quando preciso de um para acompanhar não encontro. Estão todos ocupados. Já vi alguns idosos serem agredidos com palavras e com gestos", contou.
A maioria dos idosos vive com alguém da família. Do total, cerca de 2,7 milhões dos homens e mulheres, com mais de 60 anos, moram sozinhos. Dos solitários, 1,8 milhão é formado por mulheres, enquanto 938 mil são homens. "O mais interessante da pesquisa foi verificar que essas pessoas continuam com esperança no futuro em serem felizes ou, como em alguns casos, em voltar a ser feliz", ressaltou Meirelles.
A pesquisa destacou também o perfil por gênero dos idosos. Do total de brasileiros, com mais de 60 anos, 55% são mulheres. Elas também são maioria em todas as faixas etárias – de 60 a mais de 100 anos. Nas faixas de 90 a 99 anos, 61,85% são mulheres, e acima de 100 anos, elas são 75%. "De uma forma geral, todos eles reclamam de um mesmo aspecto: o egoísmo das pessoas", disse Meirelles.
O aposentado Manoel Lopes, de 61 anos, separado, também reclama da forma como os mais jovens tratam os idosos. "Acham que porque a pessoa está na terceira idade não vale mais nada, estão inativas. Fazem pouco caso dos idosos", disse.
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