Um dia depois das manifestações que levaram mais de 200 mil pessoas às ruas de várias cidades do país, a presidenta Dilma Rousseff disse que a mensagem direta das ruas é por maior participação e contra a corrupção e o uso indevido do dinheiro público.
"O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprova a energia da nossa democracia, a força da voz da rua e o civismo da nossa população", disse Dilma, durante apresentação do novo marco regulatório para o setor de mineração, ao avaliar as manifestações de ontem.
A presidenta disse que é preciso louvar o caráter pacífico dos atos públicos de ontem e o tratamento dado pela segurança pública à livre manifestação popular. "Infelizmente, porém, é verdade, aconteceram atos minoritários e isolados de violência contra pessoas, contra o patrimônio público e privado, que devemos condenar e coibir com vigor", observou, ressaltando, no entanto, que os incidentes não ofuscam o espírito pacífico das pessoas que foram às ruas reivindicar seus direitos.
Dilma disse que as vozes das ruas precisam ser ouvidas e ultrapassam os mecanismos tradicionais das instituições, dos partidos políticos e das entidades de classe. Segundo ela, os que foram ontem às ruas deram uma mensagem clara, sobretudo aos governantes.
"Essa mensagem direta das ruas é por mais cidadania, por melhores escolas, melhores hospitais, postos de saúde, pelo direito a participação. Essa mensagem direta das ruas mostra a exigência de transporte público de qualidade a preço justo. A mensagem direta das ruas é pelo direito de influir nas decisões de todos os governos, do Legislativo e do Judiciário. Essa mensagem direta das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público", avaliou.
Dilma citou um cartaz que viu ontem nas imagens das manifestações onde estava escrito "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país" e disse que seu governo está ouvindo as vozes por mudanças e comprometido com a transformação social. Segundo ela, as exigências da população mudam conforme o Brasil melhora.
"Porque incluímos, porque elevamos a renda, porque ampliamos o acesso ao emprego, porque demos acesso a mais pessoas à educação, surgiram cidadãos que querem mais e que têm direito a mais", disse a presidenta, afirmando que todos estão diante de novos desafios. "As vozes das ruas querem mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transporte, mais oportunidades. Eu quero aqui garantir que o meu governo também quer mais e que nós vamos conseguir mais para o nosso país e para o nosso povo".
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A onda de manifestações que toma conta das grandes cidades avança e chega aos municípios da Zona da Mata, mostrando capacidade de organização e a força das redes sociais. Muriaé, Cataguases e Leopoldina são algumas destas cidades em que já estão acontecendo estas manifestações pacíficas, como a desta terça-feira, 18, em Muriaé, que terá três ações deste tipo. Em Cataguases, também estão agendadas duas passeatas, a primeira nesta quinta-feira, 20, e a segunda, no sábado, 22. E em Leopoldina, também no sábado, a população promete ir às ruas para protestar e pedir melhorias para os brasileiros.
Em Muriaé, a primeira manifestação está programada para esta tarde (18 de junho), a partir das 16:30 horas, na Praça João Pinheiro. Os professores locais, vão aproveitar o evento para propor uma greve de 48 horas durante os jogos da Copa das Confederações e contam com a solidariedade da população. Eles prometem uma aula pública, na qual pretendem mostrar a realidade dos servidores estaduais. No início da noite outra ação, sob o lema "Movimento Junta Brasil", pretende mobilizar a população para assuntos como gastos com a Copa das Confederações, desvalorização do trabalhador e corrupção, entre outros. Por fim, na quinta-feira, Muriaé fará sua terceira ação popular que recebeu o nome de "1º Manifesto Muriaé Contra a Corrupção".Cataguases realiza sua primeira manifestação popular na próxima quinta-feira, 20, às 16 horas, na Praça Rui Barbosa. Intitulado "Acorda Brasil em Cataguases", frisa seu caráter pacífico e apartidário "em prol do povo brasileiro". Os organizadores reforçam a histórica vocação de vanguarda de Cataguases para fortalecer o movimento. "Somos polo industrial na região. Agregamos valor ao Brasil! Temos História. Aliás, somos pura História! Como ficaríamos de fora deste momento especial? Contribuímos muito com nosso Brasil. E queremos contribuir ainda mais", diz um texto enviado à Redação pela fotógrafa Lílian Donofre que ao lado do cineasta Eduardo Yep, está organizando a manifestação. No sábado, 22, é a vez do "Protesto Junta Brasil (Cataguases), que está previsto para começar às 9 horas, também na Praça Rui Barbosa.
Na vizinha Leopoldina, a primeira manifestação está marcada para o próximo sábado, 22, a partir das 10 horas, na Praça General Osório. Os organizadores são enfáticos ao anunciarem o protesto pacífico: "Vinte centavos é só a ponta do iceberg" (...) "Corrupção, péssima condições do sistema de saúde, a má educação oferecida nas escolas do país, o salário mínimo que nunca aumenta superfaturamento de obras e muitos outros problemas que corrompem o nosso país", justificam o ato que pretende reunir milhares de participantes.
Com informações e fotos dos parceiros Rádio Muriaé e Jornal Leopoldinense.
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A ONU pediu nesta terça-feira ao governo brasileiro que garanta o direito às manifestações pacíficas e evite o uso desproporcional da força, e cobrou que seja realizada uma investigação independente sobre relatos de excessos policiais na repressão aos manifestantes, após os maiores protestos populares no país em mais de 20 anos.
Rupert Colville, porta-voz para a alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, também pediu moderação aos manifestantes, depois de ataques contra a Assembleia Legislativa e alguns prédios históricos e uma agência bancária durante os protestos no Rio de Janeiro.
"Nós pedimos que as autoridades brasileiras tenham contenção ao lidar com os crescentes protestos sociais no país e também apelamos aos manifestantes que não recorram a atos de violência na reivindicação de suas demandas", disse o porta-voz a jornalistas em Genebra.
Mais de 200 mil pessoas tomaram as ruas de diversas capitais do Brasil na segunda-feira para reivindicar melhores serviços públicos, combate à corrupção e protestar contra os gastos com a Copa do Mundo de 2014.
Apesar de a manifestação ter ocorrido de forma pacífica na maioria das cidades, no Rio manifestantes mais exaltados depredaram uma agência bancária, lojas e restaurantes e atearem fogo a ao menos dois carros. Em Brasília, manifestantes invadiram a área externa do Congresso Nacional e a segurança do Palácio do Planalto foi reforçada.
Nesta terça-feira de manhã, funcionários da prefeitura do Rio limpavam as ruas e recuperavam as calçadas danificadas no entorno do Assembleia, enquanto as carcaças de dois carros incinerados eram removidos por reboques.
Segundo o porta-voz, o órgão da ONU está particularmente preocupado com o uso excessivo da força policial, que inclui relatos de pessoas feridas e presas, entre as quais jornalistas cobrindo as manifestações, o que "não deve se repetir".
Ele elogiou o acordo em São Paulo para que a polícia não use mais balas de borracha contra manifestantes, e pediu que as autoridades negociem com os manifestantes.
Colville ainda elogiou o posicionamento da presidente Dilma Rousseff, que na segunda-feira disse considerar legítimas as manifestações pacíficas, "próprias da democracia".
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Depois de um período fechado para reformas, o Centro Cultural Humberto Mauro (Rua Cel.Vieira,10) , no centro de Cataguases-MG, reabre, no dia 20 de junho, próxima quinta-feira, inaugurando, na Galeria Zequinha Mauro, a exposição "Profundus" . São 16 fotos do paulista, radicado em Salvador-BA, Paulo Cesar Lima, que emergem cores e formas. "Profundus" pode ser visitada até o dia 21 de julho de 2013, no horário de 8h ás 17h e a entrada é gratuita. A exposição tem o patrocínio da Energisa e a realização é da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho.
Fotógrafo de autoria em pesquisa de linguagem de campo, Paulo Cesar Lima atua na profissão há 11 anos e tem fotos nos acervos do Museu Afro Brasil-SP, Itaú Cultural-SP e no Espaço Cultural Cachueira-SP. Morando em Salvador-BA desde 2009, há seis fotografa dança buscando e utilizando os recursos práticos e pictóricos que essa manifestação artística proporciona.
De acordo com o professor de doutor em Comunicação,Wilton Garcia, "Paulo Cesar Lima convida o público a aprofundar o olhar sobre imagens contemporâneas, para além de uma mera aparência reguladora de códigos visuais. Afinal, o que e como você vê¿ É mais que o acaso. Da perspectiva técnica e conceitual, emergem cores e formas que convidam o/a observador/a para se soltar e flutuar em paisagens inebriantes."
Mas para concordar ou discordar é preciso que você veja a exposição.
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Cataguases sediará, em agosto, a primeira edição do Simpósio Empresarial e Estudantil de Pequenas e Microempresas e Cidades (Seepmec), projeto voltado para discutir a realidade das micro e pequenas empresas da cidade e região. Composto de minicursos e palestras, os interessados em participar devem acessar o site www.seepmec.com.br e se inscreverem no Seepmec.
Um dos grandes nomes do empreendorismo no Brasil, o mineiro de Ponte Nova, Fernando Dolabela (foto), encerrará o ciclo de palestras do Seepmec. Autor de vários livros sobre o assunto, dentre eles o best seller ‘O segredo de Luísa’, Dolabela falará sobre o ‘O segredo do empreendedor’, palestra que encerrará o Simpósio, que ainda contará com professores, profissionais de órgãos como Sebrae e políticos.
Criador de um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo no Brasil na educação básica e universitária, Dolabela já implementou essa filosofia em mais de 400 instituições de ensino superior, atingindo cerca de 3.500 professores e 160 mil alunos. Já sua metodologia ‘Pedagogia Empreendedora’, voltada para o ensino empreendedor para a educação infantil, ensino fundamental e médio, apesar de recente já é utilizada em 120 cidades, envolvendo cerca de 10 mil professores e 300 mil alunos com repercussão em uma população de 2,5 milhões de habitantes.
Dolabela é consultor e professor da Fundação Dom Cabral, ex-professor da UFMG, consultor da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), do CNPq, e dezenas de universidades. Ele também participa com publicações nos maiores congressos nacionais e internacionais.
O Simpósio conta com apoio do Sicoob Coopemata, Energisa, FIC – Grupo Unis, Claro, Precisão, Mezzo, Neográfica e CDL.