Israel testou um sistema antimísseis financiado pelos EUA no Mediterrâneo nesta terça-feira sem qualquer aviso prévio, o que levou a uma detecção por parte da Rússia que colocou o mundo em alerta, uma vez que os Estados Unidos se preparam para uma possível ação militar na Síria.
O lançamento ocorrido pela manhã foi noticiado primeiramente pela mídia russa, que citou autoridades do Ministério da Defesa dizendo que dois "objetos" balísticos tinham sido lançados do centro do Mediterrâneo para o leste do mar -- praticamente na direção da Síria.
A notícia abalou os mercados financeiros até que o Ministério da Defesa de Israel anunciou ter feito, junto com o Pentágono, um teste do míssil Sparrow. O Sparrow, que simula os mísseis de longo alcance da Síria e do Irã, é usado para exercícios com alvos para o sistema antimísseis israelense Arrow, apoiado pelos EUA.
"Israel rotineiramente lança mísseis ou drones (aeronaves não tripuladas) para testar sua própria capacidade de defesa balística", disse uma fonte norte-americana em Washington.
Navios de países ocidentais têm se posicionado no Mediterrâneo e no mar Vermelho desde um ataque em 21 de agosto com armas químicas que matou centenas de civis na Síria. Os EUA acusam o presidente sírio, Bashar al-Assad, de responsabilidade pelo uso de gás venenoso na guerra civil que já dura dois anos e meio.
O governo sírio nega responsabilidade pelo incidente. O presidente dos EUA, Barack Obama, deve ordenar em breve um ataque à Síria em represália pelo uso de armas químicas, mas aguarda primeiro o apoio de parlamentares norte-americanos.
O ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, minimizou uma pergunta de repórteres sobre se o lançamento não teria ocorrido num momento inoportuno. Ele disse que Israel tem que trabalhar para manter sua vantagem militar e "isso implica testes de campo e, consequentemente, um teste bem-sucedido foi realizado para testar os nossos sistemas. E vamos continuar a desenvolver e a pesquisar e a equipar as Forças de Defesa de Israel com os melhores sistemas do mundo."
O Ministério da Defesa israelense disse ter realizado o disparo às 9h15 (3h15 em Brasília), aproximadamente a mesma hora em que o radar russo detectou o lançamento.
"A trajetória desses objetos vai da parte central do mar Mediterrâneo na direção da parte leste da costa do Mediterrâneo", disse um porta-voz do ministério russo da Defesa à agência Interfax.
O porta-voz disse que o lançamento foi detectado por uma estação de radar em Armavir, perto do mar Negro, capaz de observar lançamentos feitos numa área que vai da Europa ao Irã.
A Rússia se opõe a uma intervenção militar externa na guerra civil síria, e um funcionário do Ministério da Defesa havia anteriormente criticado os Estados Unidos por mobilizarem navios militares no Mediterrâneo, perto da costa síria.
A Rússia, principal aliada de Assad no cenário externo, diz suspeitar que o ataque tenha sido cometido por rebeldes, para provocar uma intervenção militar externa.
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O
Posto de Atendimento de Assistência Social (PAAS), inaugurado no último dia 26
de agosto, no térreo do Centro de Referência Especializado de Assistência
Social (CREAS), já atendeu trinta famílias que residem nos bairros Pouso
Alegre, Sol Nascente, Popular, São Sebastião, Pampulha, Marote e São Diniz, em
apenas uma semana de funcionamento. Com
a implantação do Posto, os moradores desses lugares agora possuem acesso a serviços
como Programa de Atendimento Integral à Família, Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos, Benefícios Eventuais e Benefícios de Prestação
Continuada, sem precisarem ir à sede da Secretaria Municipal de Assistência
Social.
Segundo
Ludmila da Silva Lima (foto abaixo), assistente social do PAAS, esse atendimento mais próximo
dos locais da demanda beneficia a população ao mesmo tempo em que agiliza as
solicitações feitas pelos cidadãos, uma vez que os documentos são enviados à
Proteção Social Básica que os respondem imediatamente. Conforme ainda revela
Ludmila, o Posto de Atendimento de Assistência Social funciona todas as
segundas e sextas-feiras, de 11 até 17 horas.
O
coordenador da Proteção Social Básica Murilo Matias destaca que o PAAS servirá
como uma porta de entrada para o estudo das demandas reais daqueles bairros,
lembrando que a decisão de instalá-lo no local foi tomada devido à necessidade
de levar atendimento de proteção social básica para mais próximo dos usuários
daquela região. "Como não há CRAS por ali, combinamos com o CREAS a sessão de
uma sala com acessibilidade para que pudéssemos orientar as pessoas sobre os
serviços e benefícios oferecidos pela Proteção Social Básica, incluindo
encaminhamento para as demais políticas públicas", destacou Murilo. (Fotos: Paulo Victor Rocha)
O Setor de Fiscalização e Posturas da Prefeitura de Cataguases lacrou, por volta das 13 horas desta segunda-feira, 2, o imóvel onde funcionou clandestinamente até a última sexta-feira, 30, a empresa Nutrição Refeições Industriais Ltda, que fornece alimentação para os presídios de Cataguases e Leopoldina. Naquele dia os fiscais do município aplicaram uma multa de R$569,00 pela falta de alvará de funcionamento e, esta tarde, antes de lacrar o local, aplicou-lhe outra penalidade pecuniária no valor de R$2.264,00 por não ter apresentado a declaração de serviços.
Todo o procedimento foi
acompanhado pela reportagem da TV Alterosa e do Site do Marcelo Lopes. De
acordo com Alice Clemente Vecchi, Coordenadora de Posturas do Município, a
empresa se instalou em Cataguases de forma clandestina e "só tomamos conhecimento
de sua existência quando começaram os problemas de mau cheiro na rua", revelou.
Em julho, ela e sua equipe estiveram no local pela primeira vez e deram um
prazo à empresa para se regularizar o que, segundo revelou, não foi cumprido.
"Agora retornamos na sexta-feira (dia 30 de agosto) já com o objetivo de
interditar a casa o que só não foi feito para não prejudicar os presos",
reiterou Alice.
O proprietário do imóvel, José
Antônio de Oliveira Miguel (foto abaixo), está revoltado com a situação. Ele que atualmente
reside em São Paulo, teve de vir às pressas para Cataguases a pedido do
proprietário da imobiliária responsável pela locação do imóvel, a fim de sanar
o problema definitivamente. "Tive um prejuízo de cerca de quarenta e sete
mil reais. São dois imóveis que estão impróprios para uso", completou. Ele
explicou que o apartamento de baixo está desocupado há seis meses "porque o
morador não aguentou conviver com os problemas de vazamento que caiam dentro da
casa dele além do mau cheiro que era obrigado a conviver", explicou
acrescentando que "desde sua saída o imóvel foi tomado pelo esgoto". Já a casa
onde funcionava a empresa, a sujeira está por todo lado, inclusive o piso da
garagem que já foi branco, garante ele.
Nesta segunda-feira, o mau cheiro
ainda continuava, porém, bem mais ameno. Os funcionários da Nutrição Refeições
não estavam lá quando a imprensa chegou acompanhando a equipe de fiscais do
município. Segundo vizinhos informaram a mudança foi feita na noite deste
domingo e muito lixo também teria sido retirado do imóvel, conforme revelaram. Um
saco de batata inglesa quase podre ficou abandonado no local. O dono da casa
permitiu a entrada dos repórteres que fizeram novas fotos e imagens do local
que confirmam a falta de limpeza e de higiene, além de não cumprir as
determinações do Código Sanitário. A empresa conseguiu emprestado um cômodo
ainda em construção, na Vila Minalda, para depositar seus equipamentos até
encontrar um ponto comercial que atenda às suas necessidades.
A Nutrição Refeições Industriais Ltda,
tem sede no Bairro Alto Pinheiros, em Belo Horizonte tendo como sócios responsáveis
Luiz Gonzaga Alves Diniz e Marco Bruno Possa Diniz. O CNPJ fornecido pela
empresa é de Belo Horizonte o que também impossibilitaria seu funcionamento em
Cataguases. Segundo apurou a reportagem do Site uma supervisora daquela empresa
chegaria no final da tarde desta segunda-feira a Cataguases para resolver os
assuntos burocráticos envolvendo a interdição do local onde funcionava.
Veja as fotos do imóvel vazio na
galeria abaixo.
A projeção de analistas do mercado financeiro para o crescimento da economia subiu, este ano. De acordo com a pesquisa do Banco Central (BC) a instituições financeiras, a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,20% para 2,32%. Já a projeção para 2014 caiu, de 2,40% para 2,30%.
Na última sexta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao período anterior. Nos primeiros três meses do ano, o PIB cresceu 0,6% em relação ao trimestre anterior.
A estimativa das instituições financeiras para a expansão da produção industrial foi mantida em 2,11%, este ano, e ajustada de 2,90% para 3%, em 2014.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 35%, este ano, e ajustada de 34,70% para 34,85%, no próximo ano.
A previsão das instituições financeiras para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi mantida em US$ 77 bilhões este ano e passou de US$ 78,55 bilhões para US$ 78,90 bilhões, em 2014.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.
A projeção para a cotação do dólar subiu de R$ 2,32 para R$ 2,36, ao final deste ano, e de R$ 2,38 para R$ 2,40, no fim de 2014.
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Com financiamento da Agência Australiana para o Desenvolvimento Internacional (Ausaid), a Embrapa Agroindústria de Alimentos está coordenando, no Brasil, um projeto internacional que busca dar maior competitividade e sustentabilidade a pequenas queijarias, a partir do aproveitamento do soro de leite gerado pela produção de queijos. O projeto reúne pesquisadores do Brasil, da Colômbia, do Uruguai, da Argentina e da Austrália.
A primeira atividade do projeto foi um workshop, feito na semana passada em Buenos Aires, Argentina, no qual as instituições dos países participantes definiram o planejamento que será iniciado a partir deste mês.
No Brasil, será feito o levantamento da produção do soro para elaborar a modelagem da captação do produto, visando a definir onde serão instaladas unidades processadoras e o aproveitamento da capacidade ociosa de unidades já existentes. "Em paralelo, a gente vai estudar alternativas de agregação de valor", disse hoje (2) à Agência Brasil o líder do projeto no Brasil, Amauri Rosenthal.
A proposta da Ausaid é incrementar a competitividade e sustentabilidade de comunidades rurais de baixa renda, com prioridade para a América do Sul. Por isso o projeto foi focado inicialmente no Brasil, Argentina, Uruguai e Colômbia, países que têm cadeias lácteas importantes e com diferentes níveis de organização.
Segundo Rosenthal, o soro de leite tem um elevado potencial de agregação de valor. Atualmente, o soro ou é jogado fora, causando danos ao meio ambiente, por ser altamente poluente, ou é destinado à alimentação animal. "O soro tem uma proteína de alto valor biológico, de elevada qualidade, que além de poder contribuir para a melhoria nutricional, tem a questão de agregação de valor e competitividade", salientou.
O aproveitamento do soro do leite inclui desde a melhoria das rações animais, com a incorporação da proteína de valor biológico, até a elaboração de produtos como o queijo ricota e bebidas lácteas. Também são alterativas econômicas o aproveitamento do isolado proteico - conhecido como whey protein, muito usado por atletas em academias - até a incorporação do soro em outros produtos, como doces, explicou Rosenthal.
O coordenador disse que as alternativas serão definidas "de acordo com o volume de produção, com a capacidade de investimento e também levando em consideração os próprios custos do soro e a agregação de valor, ou seja, os preços dos produtos". Outra aplicação que está sendo considerada é a utilização do soro de leite para a agroenergia. "Uma alternativa seria o biogás", disse.
O modelo de tomada de decisão envolve estudos sobre alternativas de produtos, além da confecção de um manual de orientação às comunidades relativo às opções de produtos de soro de leite. O projeto prevê envolver as pequenas queijarias no processo e aproveitar o soro para a geração de renda adicional para essas unidades produtoras.
Rosenthal estimou que os investimentos poderão ser feitos via financiamento de fontes governamentais ou por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Os pesquisadores pretendem ainda promover uma aproximação com grupos privados para disseminar o projeto.
Atualmente, o Brasil é um grande importador de soro de leite em pó, em especial da Argentina e do Uruguai, disse o pesquisador da Embrapa. Somente no ano passado, foram importadas 24 mil toneladas de soro em pó, segundo ele. Rosenthal acredita que o projeto em curso poderá não só permitir ao Brasil ser autossuficiente no produto, como criar fontes de agregação de valor para os pequenos produtores, tendo em vista a demanda crescente pelo soro de leito no mercado mundial.
A atuação inicial será nas regiões Sudeste e Sul, e a expectativa é começar o mapeamento da produção desse soro entre outubro e novembro próximos, com perspectiva de ter um panorama dos dados referentes a Minas Gerais até fevereiro de 2014, para apresentação no workshop programado para março do ano que vem, na Austrália. Simultaneamente, será efetuado o levantamento de uma região fluminense.
O projeto tem duração prevista de um ano e meio, com chance de ser estendido para dois anos. Além da Embrapa Agroindústria de Alimentos, sediada no Rio de Janeiro, participam da equipe do Brasil pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de outras duas unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa): a Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), e a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas (RS) .
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