A Câmara Municipal de Cataguases homenageou a Defensora Pública Geral, Andréa Abritta Garzon, Chefe da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, pelos relevantes serviços que a instituição presta à população de Cataguases, através do escritório Regional Mata II, que, graças a Andréa, está situado no município há três anos. A sessão solene aconteceu na noite desta quarta-feira, 12, e também foram homenageados os defensores públicos locais Eliana Maria de Oliveira Spindola e Davi Cleriston Campos Pereira.
Na mesa de honra, além dos três homenageados, também se sentaram o prefeito municipal José César Samor, o presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal, vereador Fernando Pacheco Fialho, o Diretor da Gerência Regional de Saúde, Willian Lobo de Almeida, o ex-prefeito e defensor público aposentado, Tarcísio Henriques, o assessor e defensor público da Defensoria Pública Geral, Willian Goldoni o comandante da 146ª Companhia Especial de Polícia Militar de Cataguases, major Fernando Miranda, e a defensora pública de Leopoldina, Maria Filomena Silva Antunes, entre outros.
A cerimônia contou com pronunciamento de Tarcísio Henriques que parabenizou Andreia e todos os defensores públicos presentes, pelo importante trabalho que desenvolvem na Defensoria Pública que "é uma grande conquista", destacou. Em seguida houve apresentação musical do coral "Recomeço", formado por reeducandos do Presídio de Cataguases, sob regência do maestro Eli Martins Silvestre e acompanhamento da banda dos Agentes Penitenciários. O vereador Serafim Couto Spindola, discursando em nome dos demais vereadores daquela Casa, parabenizou os homenageados. Ele disse que a felicitação "é simples, singela, mas é do fundo do coração do povo de Cataguases".
Davi destacou que "essa homenagem é muito importante para nós que trabalhamos nessa instituição que cuida do povo. Nós escolhemos uma instituição que tem o potencial de transformação social, de engajamento de diversas áreas de atuação. Só temos a agradecer", completou o defensor público. Eliana agradeceu aos vereadores pelo reconhecimento e destacou que o Legislativo é de grande importância para a Defensoria Pública. "Peço aos vereadores que criem leis que proporcionam maior dignidade ao povo de Cataguases. Lembrem-se sempre do povo e principalmente dos carentes e dos que por nós são assistidos", disse ela.
Andréa também se pronunciou, dizendo que não merecia as homenagens, "mas vou recebê-las pela minha instituição, pelos meus amigos e também pelo meu avô", completou emocionada a defensora pública que é neta de Oswaldo Abritta, escritor que integrou o movimento modernista "Verde" em Cataguases, na década de 1920, e que também se destacou em cargo judiciário. "É imensa a solidão das palavras diante da emoção que sinto", exclamou Andreia. Os vereadores Walmir Linhares e Geraldo Majella Mazini também dirigiram palavras de estimas aos homenageados, assim como o vereador José Augusto Guerreiro Titoneli, que foi o mestre de cerimoniais na noite. O presidente da Mesa Diretora, vereador Fernando Pacheco Fialho, finalizou a sessão solene, dizendo a Davi, Eliana e Andréa que se "sintam abraçados pelo povo de Cataguases".
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A família de Elvis da Silva Pereira, 24 anos, está à sua procura. Moreno, de cabelos pretos, morava no Beco Fruta Pão, Bairro Leonardo e saiu de casa apenas com a roupa do corpo há cerca de dois anos dizendo que iria para o Rio de Janeiro juntamente com um amigo, e nunca mais foi visto. Desde então, deu notícias apenas uma vez, logo depois de ter deixado sua família.
Segundo sua irmã, Daiana Aparecida Pereira, ele não tem nenhum problema de saúde, levava uma vida normal e não tinha motivo aparente para desaparecer. Outra coisa que seus familiares não sabem é o nome do amigo com quem disse ter ido para o Rio de Janeiro. Por causa do longo tempo sem saber seu paradeiro os familiares colocaram uma foto dele em sites dedicados a divulgar pessoas desaparecidas, mas até agora não há nenhuma informação a seu respeito.
Depois do primeiro e único telefonema, Daiana conta que tentou ligar para o número utilizado por ele para fazer aquele contato, mas a pessoa que atendeu a ligação disse não conhecê-lo. Elvis ja trabalhou em uma empresa em Cataguases, mas estava desempregado quando desapareceu, revela a irmã que afirma estar "desesperada" por saber notícias dele. "Quero fazer um apelo para que se alguém souber alguma informação sobre o meu irmão, ligue pra gente o mais depressa possível. Nós precisamos saber o que aconteceu com ele", completou. Os números são: 8451-3591 ou 8429-0227.
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O ex-prefeito Willian Lobo de Almeida vem sendo, já há algum tempo, o alvo preferido de seu sucessor que credita à ele boa parte da culpa pelos principais problemas enfrentados pela atual administração. Até agora, o hoje Diretor da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, que coordena quinze municípios, inclusive Cataguases, manteve-se calado a respeito das críticas que recebe quase diariamente. Foram raras, neste período, alguma manifestação em resposta aos ataques, e desde que deixou a Prefeitura, no dia 31 de dezembro de 2012, Willian não fez nenhum comentário a respeito da atual administração. O silêncio, agora, chegou ao fim e o ex-prefeito resolveu comentar algumas atitudes que o incomodam desde o início do atual governo municipal em Cataguases. E, segundo informou, a partir de agora, vai se pronunciar sempre que julgar necessário "para que a população julgue quem está falando a verdade e para que ela prevaleça". Em uma rápida entrevista concedida com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes, Willian Lobo faz uma espécie de "reentrada" na vida política municipal.
Tido por muitos como candidato a Deputado Estadual o ex-prefeito tratou logo deste assunto. "Não sou candidato a deputado. Sou uma pessoa leal aos grupos que sempre me apoiaram e acredito que todos eles têm nomes para disputar um cargo como este. Então, veja bem, as forças políticas que me apoiaram em 2012 hoje estão com outras metas e, portanto, não posso exigir delas o mesmo apoio. Acredito que se eu saísse candidato eu estaria traindo a confiança desses partidos. Por exemplo: como poderia pedir o apoio do Zé Neto, que é do PTB, e foi meu vice-prefeito? Tanto ele, quanto as demais lideranças, terão que priorizar o apoio aos candidatos que por ventura seus partidos lançarem", explicou Willian.
Sua participação nesta eleição, no entanto, será muito ativa, garante. "Nós vamos apoiar um candidato a deputado estadual e outro para federal. Vamos definir o nome do estadual em breve, e estarei novamente com o Deputado Rodrigo de Castro, para Federal, que é um amigo, um irmão que tenho e vem fazendo muitas coisas para nossa cidade. Só para lembrar, foi Rodrigo quem conseguiu todo o asfalto para a Taquara Preta, liberou a verba para a obra no Campo do Esporte Clube Cataguases, no bairro Popular, que está em andamento, já liberou recursos para o Hospital Cataguases e tem outra verba para sair este ano, no valor de duzentos mil reais também para aquele mesmo hospital, entre outras ações que comprovam ser ele um deputado verdadeiramente comprometido com nossa cidade", lembra Willian, entusiasmado.
Neste período entre o fim de seu mandato até agora, Willian conta que dedicou-se à família "que sofreu muito neste processo, porque uma eleição é muito desgastante. Então eu tirei este tempo para ficar em casa e me dedicar à minha esposa e filhas", comenta. Paralelamente, ele revela ter-se voltado a aprender um pouco sobre saúde pública. "Felizmente eu tive oportunidade de aprender sobre esportes, administração e outros assuntos em momentos anteriores e agora, posso dizer que tenho condições de conversar sobre saúde porque venho me dedicando a este aprendizado que está sendo muito importante para minha vida", completou, referindo-se ao seu cargo à frente da Gerência Regional de Saúde em Leopoldina. Willian fez, inclusive, um curso na área para poder melhorar seu desempenho profissional à frente daquela Regional.
Depois de quase catorze meses calado, período em que não opinou sobre as ações de seu sucessor, José Cesar Samor, o ex-prefeito inaugura uma nova fase em sua vida política rebatendo as críticas, principalmente a de que teria deixado uma "herança maldita" ao prefeito atual. "Primeiro, eu quero dizer que fui privilegiado por ter assumido a prefeitura com a cidade inundada pela maior enchente de sua história, então tive de trabalhar muito e resolver os problemas urgentes. Ou seja não tive tempo de culpar o meu antecessor (o que não quer dizer que faria isso) pelos problemas que estava recebendo. Lembro que apenas publiquei no jornal Cataguases a relação das dívidas que ele deixou e nada mais. Mas isso acontece em todas as gestões, porque isso é um problema hoje provocado pela forma como a União vem massacrando os municípios e os estados. Se não mudar este indexador, os municípios vão continuar com dívidas", prevê.Willian, porém, faz uma ressalva: "Eu peguei a prefeitura quando ela não tinha nenhuma certidão negativa, nem no Caged, nem no Siafi. Eu repassei a prefeitura com todas as certidões negativas em dia. Também é preciso lembrar qual era a capacidade de endividamento da Prefeitura quando eu a assumi e fazer a mesma coisa quando eu a deixei para o meu sucessor. Tenho certeza que aumentei muito o valor do patrimônio do município com as obras de asfaltamento que fizemos em diversas ruas. Temos lugares em que as residências foram valorizadas muito mais do que a média do mercado. Além disso, nós construimos novos imóveis como a Casa de Passagem, a Casa de Maria, creche, reformamos todas as escolas, ou seja, tudo isso valorizou o patrimônio público municipal. Por exemplo, se eu tenho uma casa de cem mil reais, mas se depois que fizer uma reforma neste imóvel e ela passar a valer quinhentos mil reais e eu assumo uma dívida de cem mil reais, na verdade eu não tive dívida, e sim investimento", analisa.
Para Willian o maior erro da atual administração "já foi confessado pelo próprio prefeito. É o inchaço da máquina com as contratações que ele fez. E aí não tem que falar que tinha gente do Willian e que chegou gente dele porque funcionário não pode ser tratado assim. Quando eu assumi a prefeitura, tive que demitir por causa do momento dificil, fiquei com outros e valorizei o máximo que pude os funcionários. Eu demiti, como manda a lei, todos os cargos comissionados. Agora, não demiti contratado, sabe por quê? Imagina se eu mando embora os agentes que cuidam da prevenção da dengue ou que fazem a coleta de lixo, todos contratados, como a cidade ficaria? A população iria deixar de ter estes serviços que são muito importantes. Você se lembra que ele confessou ter colocado trezentos funcionários a mais do que em nossa gestão. Sabe o que isto significa? Trezentos funcionários vezes um salário de mil e seiscentos reais por causa das horas extras, mais os encargos sociais, teremos aí algo em torno de quinhentos mil reais por mês só de salários que ele pagou a mais, todo mês, ao longo deste ano, o que vai dar quase seis milhões de reais gastos somente com estes funcionários em um ano apenas de seu governo", destacou veemente o ex-prefeito.
Sobre as demissões ocorridas de vários servidores, Willian não esconde sua indignação pelo que considerou ter sido "uma injustiça". "Seria muito melhor ter chamado estes servidores e oferecido a eles um plano de demissão voluntária, pagando seus encargos todos", ponderou. E vai além o ex-prefeito: "A campanha (eleitoral de 2012) toda foi de mentira e continua. Vamos continuar os quatro anos... Eu tô até preocupado com esta seca que está aí porque se não chover, vão falar que eu tô fazendo oração pra ter seca e pegar fogo nos pastos, porque tudo tem que ser eu o culpado. Por outro lado eu acho que se tivesse uma enchente em Cataguases, minha culpa seria reduzida porque ia dizer que não estava fazendo nada por causa da enchente. O que está havendo é desgoverno", conclui Willian.
Outro exemplo neste sentido, lembrado pelo ex-prefeito, são os alugueis pagos hoje pela Prefeitura. "Peça a um vereador levantar o valor pago pela prefeitura em aluguel até o último dia de meu mandato e compare com o que temos hoje. Há uma casa alugada para o Bolsa Família na Avenida Humberto Mauro! Então estamos gastando muito com aluguel e também com o carnaval", dispara. "Veja: eu sou apaixonado por carnaval, eu quero comer caviar, ir pras praias do nordeste, viajar pra fora do país. Mas não adianta eu gastar um dinheiro desses e depois voltar pra casa e só ter arroz e feijão pra comer. Nós vamos gastar quase quatrocentos mil reais com o Carnaval sendo que estamos devendo fornecedor, atrasando o pagamento de salário do servidor (exceto este mês que tem o IPVA). Então não justifica isso. Falta planejamento e isso é uma característica obrigatória gestor público. E hoje tem que reunir pelo menos uma vez por semana com os secretários para cobrar ações. Mas o que vemos na Prefeitura é secretário que peita o prefeito e fala que não vai ser demitido e ele (prefeito) recua. Então, com tudo isso, eu fico muito triste, porque eu torço pra que Cataguases prospere e alcance o seu progresso", critica.
Por fim, Willian Lobo lembra a questão da mobilidade urbana que ele começou a tratar em seu governo. "Como fui combatido quando determinei a proibição de estacionamento em uma das mãos de direção na avenida do Beira Rio. E hoje se perguntar aos moradores de lá se querem que volte como era antes, ninguém vai deixar. A mesma coisa aconteceu na rua Gama Cerqueira e tivemos outro ganho importante para o trânsito. Agora é inadimissível que façamos uma mudança no trânsito de Cataguases, como a que estão querendo fazer, e obrigue uma pessoa que sai da Taquara Preta em direção à Granjaria tenha o seu percurso aumentado em quase dois quilômetros! E ainda estamos esperando ele cumprir a promessa de construir duas pontes em Cataguases e conseguir convencer o governo federal a retomar o projeto de terminar a construção da chamada estrada da EMPA. Já vieram alguns deputados do PT aqui com promessa de conseguir a obra, mas até agora nada. O mesmo aconteceu com o IFET. O dinheiro foi pra Muriaé, conforme a Rosimere (ex-secretária municipal de Educação) apurou", finaliza Willian, afiado.
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Na manhã desta quarta-feira, às 11 horas, um homem foi baleado na Avenida Juscelino Kubistchek, próximo a "ponte do Brum", no Centro de Muriaé. A vítima Ricardo Souza da Silva, de 31 anos, conhecido como "Ricardo Gordo", morador do bairro Aeroporto, estava em uma moto Honda Twister amarela, quando foi atingido por três tiros, sendo um na cabeça, outra na nuca e o terceiro atingindo o peito da vítima.
Os Policiais Militares chegaram ao local e a vítima foi encaminhada para o Pronto Socorro do Hospital São Paulo, em uma ambulância de uma cidade da região, que estava estacionada nas proximidades. O rapaz teria dado entrada com vida no hospital, mas não resistiu e morreu pouco depois. O corpo da vítima já foi encaminhado para IML, onde aguarda a família tomar as providências em relação ao velório e sepultamento de Ricardo.
Conforme pessoas que estavam no local, no momento do ocorrido, a vítima deixou a moto e correu, entrando em uma rua no Centro, onde foi disparado mais um tiro contra ele. O autor dos disparos, entrou em um Fiat Uno, que estava próximo ao local e fugiu, localizado mais tarde no distrito de Vermelho, próximo a Muriaé.
A Polícia Militar faz rastreamentos no distrito de Vermelho na tentativa de localizar um dos suspeitos pelo crime, já que o mesmo Fiat Uno, visto na cena do crime, foi localizado no distrito. A Polícia Civil também esteve no local e busca mais informações e detalhes para chegar a autoria deste homicídio. Conforme informações da polícia, Ricardo tinha passagens por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas e crimes como: porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio. (Foto: Cláudio Cordeiro - Inteligadonline)
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O Diretor da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina (GRS), Willian Lobo de Almeida, também ex-prefeito de Cataguases concedeu, no espaço de uma semana duas entrevistas exclusivas ao Site do Marcelo Lopes. Na primeira, que será publicada na noite desta quarta-feira, 12 de fevereiro, ele falou sobre Cataguases e a respeito de política, quando revelou se será ou não candidato a deputado. No segundo encontro, ocorrido nesta terça-feira, 11 de fevereiro, na sede da GRS-Leopoldina, que resultou nesta matéria, o ex-prefeito contou sobre as mudanças na saúde com a implantação do sistema de atendimento em rede, a inauguração do SAMU, a elevação do Hospital Cataguases para Nível Dois, além de Dengue e do tratamento às pessoas portadoras de transtornos mentais.
Administrando a saúde de quinze municípios "com o apoio dos secretários e dos conselhos municipais de saúde que realizam um excelente trabalho", destacou Willian, ele dedicou uma parte da entrevista para falar sobre dois problemas antigos no setor: Dengue e a internação de pessoas com transtornos mentais. "A Dengue - felizmente - este ano ainda não se confirmou a previsão de que teríamos muitos casos, principalmente, porque não choveu. Mas preciso dizer que somente o trabalho de prevenção, limpeza, aliado ao apoio de toda a população, vamos vencer esta batalha. Só passar o caminhão fumacê não resolve. É preciso um conjunto de esforços entre os agentes de saúde e a população para exterminar o mosquito", frisou acrescentando que o Governo do Estado "não tem poupado esforços no sentido de combater a Dengue".
Com relação aos hospitais para internação de pessoas com transtornos mentais, Willian disse ser uma prática em desuso. "Com o advento do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e o CAPS-AD, voltado para os dependentes de álcool e drogas, são uma nova forma de tratar estas pessoas que tem se mostrado muito mais eficaz porque há toda uma infra-estrutura dedicada à pessoa em tratamento, além de nutricionista, psicóloga, prática de esportes, trabalhos artísticos e a presença da família, que é fundamental", destacou. O diretor da GRS-Lepoldina acrescentou que o Governo do Estado está atento à esta realidade e vem incentivando a criação de CAPS nos municípios "porque a meta é acabar com os hospitais que cuidam destes pacientes", acrescentou.
Sobre as mudanças no sistema de Saúde em Cataguases e região, Willian disse que agora "a população precisa entender que fazemos parte de uma rede, ou seja, em Cataguases serão atendidos pacientes de diversas cidades, bem como em Leopoldina e todas as outras. Por isso é importante a gente ter consciência de que estamos falando de urgência e emergência. E, neste sentido, os gestores municipais precisam se preocupar com a atenção primária, o atendimento nos postos de Saúde junto com o NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), para que as pessoas que precisam de consulta médica possam ser atendidas nestes postos e não no Pronto Socorro como ocorria até hoje. Isto, agora, acabou", frisou Willian. Ele lembra que o NASF hoje conta até com nutricionista, assistente social e educador físico, o que, conforme explica "nos leva a trabalhar em rede dentro do Posto de Saúde com o NASF. Se a gente fizer isso vamos conseguir resolver oitenta por cento de todos os problemas no próprio Posto, deixando os outros vinte por cento para a Rede de Urgência e Emergência", completou.Outro problema de saúde muito comentado em Cataguases é a ausência de um médico neurocirurgião. O diretor da GRS-Leopoldina reconhece esta deficiência, mas alerta sobre outra, considerada por ele ainda mais urgente, que é a falta de uma UTI Neonatal. "Só esta semana nós, aqui da Regional, tivemos de correr para conseguir duas vagas nestas UTI's", revelou. Ele disse que a implantação dessas unidades de terapia intensiva voltada para recém-nascidos vai reduzir o índice de mortalidade infantil para menos de dez para cada mil nascidos vivos. "Com a Rede de Urgência e Emergência Cataguases vai ter uma UTI Neonatal que estará integrada à outros municípios e, ao contrário do que acontece hoje, ao invés de mandar pacientes para outras cidades vai receber os de fora", completou Willian Lobo.
Com relação a Cataguases voltar a fazer neurocirurgia, o diretor da GRS-Leopoldina é claro: "Nós não vamos ter um investimento imediato de neuro em Cataguases. Na verdade, ela (neurocirurgia) tem que justificar uma demanda porque não tem financiamento e nós sabemos que este tipo de serviço é para atender a cerca de trezentas mil pessoas. No passado Cataguases já teve este serviço que era custeado pelo governo federal, estado e município. Só que Cataguases, entre outros motivos que não cabe aqui citar, não atendeu o que era necessário e nós perdemos a neurocirurgia", explicou. Apesar da realidade, ele tranquiliza a população reforçando o papel da recém criada Rede de Urgência e Emergência. "É por isso que a Rede é importante, porque como temos um neuro em Muriaé, todos os pacientes para esta especialidade na região serão encaminhados para lá", destacou o ex-prefeito.
No próximo sábado, 15 de fevereiro, a Rede SAMU vai começar a funcionar. A Macrorregião Sudeste vai contar com Unidade de Saúde Básica, ou USB, ambulância dotadas de motorista e técnico de enfermagem que estarão estacionadas em cidades base como Cataguases e Astolfo Dutra, entre outras, preparadas para o atendimento menos urgente. Há, também, as Unidades de Saúde Avançadas, ou USA - ambulâncias dotadas com mais equipamentos e que contam no atendimento com médicos, enfermeiros e outros técnicos, para casos mais graves, conforme explicou Willian Lobo. Estas USA's, como revelou, estarão localizadas em cidades estratégicas como Juiz de Fora e Leopoldina, entre outras. "Apesar disso, esclarece o diretor da GRS, elas vão atender às cidades pertencentes à Rede. Se houver necessidade de socorro em uma delas, a Central em Juiz de Fora, vai deslocar a USA mais próxima da ocorrência para efetuar o atendimento. Por isso repito: Agora a saúde - naquilo que se refere a urgência e emergência - funciona em rede e não mais de forma municípal como ocorria até agora", acrescentou.
Sobre as obras no Hospital Cataguases para ser adaptado ao Nível Dois, Willian disse que foram feitas adequações na proposta inicial. "O projeto feito pelo hospital retornou duas vezes porque ultrapassou o valor do convênio com o governo de Minas que era de seis milhões de reais. Agora foi tudo acertado e, não tenho dúvidas, os recursos serão liberados nos próximos dias", contou. E novamente Willian lembra que o "Nível Dois não é só de Cataguases porque vai atender pacientes de toda a região que integra a Rede de Urgência e Emergência". E revela uma novidade: "Estamos em fase de experiência deste novo modelo e Cataguases tem quatro meses para se adequar à esta realidade. Mas se nao conseguir cumprir as exigências perde este status e tanto o hospital de Além Paraíba quanto o de Leopoldina poderão pleitear o nível dois", completa Willian que está otimista com o novo sistema. "Não tenho dúvida que vai dar certo e que a nossa região vai melhorar, com este novo modelo, significativamente o atendimento em saúde", finaliza.
Matéria modificada às 13h05 para alteração de texto.
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