O Cine Edgard continua sendo propriedade da familia Seno Marques e não foi vendido ao município de Cataguases conforme foi amplamente divulgado pelo prefeito Cesinha Samor na semana passada. A afirmação é do advogado Yegros Martins Malta, que representa aquela família neste processo de desapropriação do cinema. Há uma semana o prefeito de Cataguases, Cesinha Samor, anunciou ter adquirido o Edgard Cine Teatro, revelando que para isto está realizando, já a partir deste mês de março, depósitos mensais no valor de oitenta mil reais durante vinte meses o que totalizará um milhão e seiscentos mil reais, valor que ao final, seria o montante a ser pago por aquele imóvel.
Em entrevista concedida com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes, Yegros Malta, conta em detalhes o que está acontecendo com o processo de desapropriação do Cinema que tramita na Segunda Vara da Comarca de Cataguases. Ele resume a situação da seguinte maneira: "Atualmente, no dia de hoje, o cinema é de propriedade da Família Seno Marques. O município continua sendo locador do cinema e estamos discutindo a questão da desapropriação no processo onde o município iniciou este mês um depósito de 80 mil para se juntar um valor para indenização. O fato de o município estar depositando estes valores, não significa que o município comprou o cinema. O processo de desapropriação não chegou ao final, ele está apenas em uma fase de provas".
Veja abaixo os principais trechos da entrevista com Yegros Martins Malta, o advogado da família proprietária do Cine Edgard. A íntegra da entrevista será exibida nesta quinta-feira, a partir das 10 horas no programa Conversa Franca, apresentado por Sousa Mendonça, na Rádio Brilho, parceira deste Site.
O que é o processo de desapropriação"Existe um processo de desapropriação proposto pelo Município de Cataguases em que o objetivo é desapropriar o Cine Edgard para incorporar ao patrimônio do Município. Este processo tramita na Segunda Vara desta Comarca há aproximadamente três anos e meio. E o que se discute é justamente o valor do imóvel, o valor de mercado do Cine Edgard. Foi feita uma avaliação prévia com um valor aproximadamente de um milhão e trezentos mil reais onde a família, através do Procurador (o advogado Yegros Malta), impugnou tal valor, impugnando o laudo pericial total porque o valor seria irrisório perto ao valor de mercado do cinema e ainda o valor cultural e social que representa aquele prédio para nosso município.""Diante dessa impugnação o processo tramitou e ficou um tempo aguardando o depósito pelo município desse valor de um milhão e trezentos para que ele fosse imitido na posse do cinema. Só que o município não depositou tal valor e essa imissão da posse foi revogada este ano. A partir do momento que houve a revogação da imissão na posse o município só continua na posse do cinema em virtude de um contrato de locação que existe com a família há longos anos. Este contrato está em pleno vigor. Salvo engano, porque este contrato não sou eu quem administro, o valor do aluguel é algo em torno de dez mil reais por mês."
Conservação do imóvel"E dentro da avaliação do cinema, uma coisa que nós questionamos a perícia seria o atual estado de conservação do cinema que é lastimável. Inclusive, foi há pouco tempo interditado pela Defesa Civil (na verdade, a interdição foi feita pelo Corpo de Bombeiros após vistoria no local solicitada pelo Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Cataguases, Zeca Junqueira) pois há risco ali de incêndio, desmoronamento e tudo isso é fruto do longo período que o município utiliza o imóvel sem dar à ele qualquer manutenção, sem realizar qualquer obra. Nada, nada foi feito pelo município. E agora, tenta o município utilizar tal depreciação como meio de pagar uma indenização menor. E a gente sabe que não é verdade. Quem ocasionou esta depreciação foi o próprio município. Então, se ele não conservou o imóvel, ele não pode utilizar em prol dele esta desvalorização para poder pagar um valor inferior."
O atual momento do processo"Foi determinada uma nova perícia que vai ser realizada em breve, acredito que ainda no mês de abril, possivelmente, onde um perito nomeado pelo juízo, vai realizar a perícia, responder aos quesitos formulados pelo município e aos nossos para se chegar a um outro valor. Logo após o deferimento desta perícia o município fez um pedido de depósito mensal da quantia de 80 mil reais mensais como uma forma de juntar o dinheiro para, ao final, se houver a desapropriação, ser parte do pagamento da indenização, ser parte do pagamento de custa, despesa processual, pericial, essas coisas. Este dinheiro não significa compra; isso é um depósito que vai ser feito mensal, numa conta judicial, então fica a disposição do juízo, feito pelo município. Se ao final o processo for improcedente (não for decretada a desapropriação) o município é restituído neste valor."Chances do municipio ganhar o processo"É pouco provável a improcedência do processo. O que se discute é a questão do valor do imóvel. Para exemplificar: essa questão de um milhão e trezentos mil; o cinema de Cataguases possui uma área de 2.368 metros quadrados. O próprio município vendeu, no ano de 2013, em leilão, um imóvel com menos da metade dessa área, por um milhão e trezentos mil, na avenida Astolfo Dutra, em uma área que não existe nenhuma construção, era só um lote de terreno e, ainda, a gente tem que levar em consideração que aquela parte da avenida está sujeita a água de grande chuvas porque lá há um acúmulo de água. Então, lá onde o cinema está localizado, é uma área mais nobre onde o metro quadrado é muito superior do que foi fixado. Foi colocado ali um valor que o metro quadrado seria menos de quinhentos reais, onde a gente sabe de transações imobiliárias de um imóvel, no centro ali comercial, de uma área ali vinte e seis vezes menor do que o cinema chegou à monta de um milhão. Então é uma desproporção muito grande o valor de um milhão e trezentos para dois mil, trezentos e sessenta e oito metros quadrados. É este o questionamento da família."
O interesse da família"A família tem interesse em vender o cinema e, inclusive, existem pessoas que tem interesse em adquirir o cinema, mas tal fato não pode ocorrer em virtude do processo de desapropriação. Hoje existe uma proposta que está em torno de cinco milhões de reais. Acredito pouco provável que a Prefeitura mantenha interesse no cinema caso a perícia chegue a um valor em torno de quatro milhões."
Data para terminar o processo"É dificil precisar uma data porque a gente vai depender, primordialmente dessa nova perícia. E essa perícia pode se chegar a um valor que seja interessante tanto para o município quanto para a família. E a partir disso, um acordo entre as partes quanto ao valor da indenização. A partir da sentença proferida pelo juiz, sobre o valor do imóvel, é importante ressaltar que ainda caberá recurso de ambas as partes para se discutir se este valor da indenização é realmente o valor de mercado do imóvel. O pagamento tem que ser à vista.mas pode ser feito um acordo neste sentido. Isto não é impossível ocorrer."
Fatores que atrapalham uma definição"Dois fatos. O primeiro deles é a família não concordar com o valor da avaliação de um milhão e trezentos mil reais. Inclusive o laudo impugnado foi conseguido pela família uma nova perícia. E o segundo ponto é que não houve, no prazo determinado pelo juiz, o depósito da imissão na posse que seria esse um milhão, trezentos e trinta e nove mil reais que deveria ter sido feito antes da atual administração iniciar sua gestão. Se isto tivesse ocorrido seria o primeiro ato de propriedade do município. Ele poderia começar a administrar o imóvel discutindo apenas a questão do valor a ser pago ao final e este valor pago a título de imissão seria deduzido do montante final. E haveria uma grande vantagem para o municipio, pois a partir desta imissão na posse, o município deixaria de pagar o aluguel."
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Reunir centenas de representantes do setor empresarial dos municípios da Zona da Mata mineira para o debate. Este é o principal objetivo do Fopemimpe, que vai acontecer ainda neste semestre de 2014, em Cataguases. A primeira reunião de planejamento, realizada ontem, 18 de março, estabeleceu a comissão organizadora e o cronograma inicial de trabalho. A implantação do Fórum é uma ação conjunta entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Prefeitura Municipal de Cataguases, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Segurança e a Agência de Desenvolvimento Regional Ecos da Mata (Ademata).
O Fopemimpe é um espaço permanente de debates e integração entre entidades representativas, os pequenos empresários e o Governo, a fim de garantir o estabelecimento de políticas públicas para o desenvolvimento e fortalecimento das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte em âmbito municipal.
"A oportunidade de implantar o Fórum em Cataguases surgiu quando a diretoria da Ademata participou do Fomenta Minas 2013, em Varginha, onde houve uma aproximação com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. A articulação culminou com a presença do Superintendente de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte Fernando Passalio no Fórum de Desenvolvimento Regional Ecos da Mata, no fim do ano passado, em Miraí, nesta ocasião o Prefeito César Samor validou o convite para o município sediar o evento, representando a região da zona da mata", explicou Emilia Menta, Coordenadora de Projetos e Convênios da Prefeitura Municipal de Cataguases e também Secretária do Conselho Diretor da Ademata.
A AdemataA Agência é o resultado de uma série de discussões acerca do desenvolvimento da região da zona da mata mineira, por meio do Fórum de Desenvolvimento Regional Sustentável, do Programa de Desenvolvimento Local Ecos da Mata, realizado pela Votorantim Metais, em nove municípios da região.
Foi criada a fim de ser uma estrutura de governança, técnico-institucional, de caráter operativo, ou seja, que executa e identifica projetos de desenvolvimento setorial, seleciona oportunidades e fomenta ações que otimizam soluções inovadoras.
Seu principal objetivo é unir pessoas empenhadas no fortalecimento do território, envolvendo os setores público, privado e sociedade civil para planejar e executar projetos, levando em conta as necessidades e potenciais de desenvolvimento específicos regionais. (Foto: Divulgação)
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O Conselho Municipal de Trânsito e Transportes de Cataguases realizou reunião na tarde desta terça-feira, 18 de março, na sede da Catrans, quando um dos assuntos amplamente discutido foi o reajuste dos preços da passagem do ônibus urbano neste município. Com as planilhas de valores em mãos, os representantes das três empresas de ônibus que prestam serviço em Cataguases destacaram a necessidade de se terminar a reunião com um número já aprovado pelo Conselho, para que, o quanto antes, seja encaminhado à avaliação do prefeito José César Samor.
O presidente do Conselho, Geraldo Luiz Campos Ribeiro, ponderou que o ideal seria montar uma comissão para avaliar as planilhas, de modo que a votação do valor estipulado ficasse para outra reunião, mas a sugestão não foi acatada pelos empresários, os quais já se sentem prejudicados com a defasagem no valor da tarifa que, segundo eles, é um problema antigo. De acordo com Oder Ferreira Filho, proprietário da Viação Bonança e membro do Conselho, essa situação é preocupante e um dos fatores desse problema se deve ao grande número de gratuidades concedidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social, afirmou. "Nas outras cidades não tem essa gratuidade absurda que temos", disse Oder (foto ao lado), completando que, na Bonança, 57% dos usuários não pagam a passagem. "Se não mexer nos critérios daqui um tempo não tem passageiro para pagar as tarifas", concluiu o empresário. Diante desse e de outros pronunciamentos, ficou aprovado um valor de R$ 2,25 para a passagem de ônibus em Cataguases, dependendo agora da decisão do prefeito municipal, a quem compete a palavra final sobre o assunto.
Outra questão abordada no encontro, ainda relacionado ao sistema de transporte coletivo urbano, foi sobre a falsificação e uso indevido de carteirinhas de gratuidade. Geraldo destacou que aquele documento deveria passar pelo Conselho antes de serem liberadas aos usuários e defendeu maior rigor na fiscalização deste problema. O coordenador do Procon Rafael Vilela, presente à reunião, destacou que a falsificação do documento inclusive deve ser levada à esfera criminal.
Sobre os problemas apresentados pela empresa AWS Turismo EPP (antiga Viação Dorico) no que se refere a diversos defeitos apresentados em sua frota, Luciano Lopes Rocha Martins, representante da empresa e integrante do Conselho, destacou que ela "está em uma situação nunca vista antes. Temos ônibus, peça, mas não temos tempo para colocar os carros para funcionar devido ao aumento da demanda de consertos", destacou. Segundo ele, os problemas com os ônibus da empresa se deve às "condições das vias" que ficaram ruins após as obras feitas pela Copasa. O Conselho vai se posicionar sobre o assunto na próxima reunião, mas Rafael já adiantou que está recebendo muitas reclamações contra as empresas de ônibus e disse que o "Procon vai começar a agir". {{banner-interno}}
Aclamado pela crítica, em 2013, com o álbum "Antes Que Tu Conte Outra", o quarteto Apanhador Só estará em Cataguases, no próximo sábado, 22 de março, no Anfiteatro Ivan Muller Botelho. A atração é uma ação do projeto Usina Cultural, que tem produção de Fausto Menta, apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e patrocínio da Energisa através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais.
Surgida em 2005, a banda de Porto Alegre tem o estilo permeado pelo Rock Experimental, MPB e Indie Rock. "Eles cantam os dilemas urbanos, investindo em fundas reflexões acerca do viver cotidiano, com suas entranhas nervosas, neuróticas, alienantes, pensando como se salva uma alma lírica neste emaranhado. Tudo isso vem embalado por propostas melódicas bem cuidadas, que soam agradável tanto em formato plugado quanto acústico", comenta Fausto Menta.
O álbum "Antes que tu conte outra" revela um pouco da personalidade deste grupo: inquieto, criativo, e acima de tudo, com vontade de arriscar para fazer as coisas acontecerem, levando à risca o significado da palavra independência, conforme escreveu Bruno Capelas para o site Scream & Yell 2.0. E outra informação interessante para quem está na estrada como os rapazes do Apanhador Só. Este último CD da banda veio à público por meio de um patrocínio ainda pouco divulgado por aqui, o crowdfunding, que apurou 60 mil reais através de aproximadamente 1300 doadores.
O valor do ingresso é de R$ 5,00 ou 01 pacote de fralda geriátrica descartável, as vendas começaram na segunda feira, no Café do Museu, Museu Energisa e no Centro Cultural Humberto Mauro, aberto a partir das 08 horas. O Anfiteatro tem capacidade para 280 pessoas e a classificação etária do show é de 14 anos. Mais informações no telefone: (32) 3429-6424. (Foto: Liliane Calegari)
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Os vereadores de Cataguases realizaram uma sessão ordinária tranquila na noite desta terça-feira, 18 de março, quando votaram e aprovaram vinte e oito Requerimentos, aprovaram dois projetos de lei e uma terceira teve sua votação adiada a pedido do vereador Serafim Spíndola. A sessão ainda se estendeu por conta de debates sobre dois temas: a decisão que pôs fim ao impasse sobre o repasse de recursos para o Pronto-Socorro, decidida pouco antes do início daquela sessão (veja matéria sobre o assunto clicando aqui) e o projeto de lei que teve a votação adiada por se tratar de alterações no Código de Zoneamento Urbano.
O primeiro projeto de lei foi votado em segundo turno e novamente aprovado. Ele trata de adequações propostas pelo Executivo ao Plano Plurianual do Município. Logo em seguida deu entrada o veto parcial proposto pelo Prefeito ao projeto de lei nº15/2013, de autoria do vereador Serafim Spíndola que institui a "Política Municipal de Incentivo ao Esporte e ao Lazer no Município de Cataguases". De acordo com entendimento do Executivo, parte do caput do Art.4º do referido projeto de lei e seu parágrafo único são "inconstitucionais". O Veto foi posto em votação e derrubado pela maioria dos vereadores.
Já o projeto de lei que faz alterações no Código de Zoneamento Urbano, ao ser colocado em discussão, teve questionadas algumas de suas alterações e outras dúvidas surgiram. Serafim Spíndola, então, pediu vistas por duas sessões para que os vereadores possam estudá-lo melhor. Logo após aprovado o pedido daquele vereador, a discussão sobre mudanças naquele Código ganharam corpo no plenário atingindo seu ápice com o pronunciamento do vereador Maurício Rufino que disse ser "um erro fazer pequenas alterações quando devemos alterar o código de Posturas para que não tenhamos de voltar a fazer o mesmo trabalho daqui a cinco anos, por exemplo", afirmou.O último projeto a ser apreciado e aprovado pelos vereadores é de autoria do presidente daquela Casa, Fernando Pacheco (foto ao lado). De cunho autorizativo, ele permite que o Poder Executivo Municipal reduza para vinte horas semanais a carga horária do servidor público "legalmente responsável por excepcionais em tratamento especializado". Vários vereadores apoiaram a iniciativa do Presidente daquela Casa e o próprio Fernando Pacheco, fez uma defesa consistente do projeto. Segundo ele "este tipo de trabalho requer muita dedicação, carinho e um envolvimento maior com o paciente" o que em sua opinião justificaria a redução da jornada de trabalho.
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