A Polícia Rodoviária Estadual (PRE), em Dona Euzébia, divulgou no começo da tarde desta terça-feira, 22 de abril, o balanço do feriado prolongado nas estradas da região sob sua responsabilidade. A Operação começou às 8 horas do dia 17 (quinta-feira) e encerrou às 6 horas desta terça-feira, 22. O Posto da PRE naquela cidade atuou com a colaboração da Polícia de Meio Ambiente na realização de blitze e fiscalizações.
Os números revelam um feriado com poucas ocorrências. No período foram realizadas 64 notificações, sendo quatro em estradas federais sob a jurisdição do Estado de Minas e as demais em rodovias estaduais. No mesmo período foram registrados 19 Boletins de Ocorrência e efetuadas 79 operações diversas como de fiscalização em caminhões, controle de velocidade, transporte seguro e fiscalização em geral. Durante todo o feriado, 486 veículos foram vistoriados minuciosamente, revela o Boletim da PRE.
Com relação a acidentes no período foram registrados cinco, sendo 2 sem vítimas e 3 com vítimas sendo duas foram socorridas em estado grave e uma com lesões leves. Todos estes acidentes aconteceram em rodovias estaduais e as causas presumíveis são: animal na pista, dois por derrapagem, um por não manter distância de segurança do veículo à frente e o último por fazer ultrapassagem proibida.
Polícia Rodoviária Federal - Nas rodovias fiscalizadas pelo Delegacia de Polícia Rodoviária Federal em Leopoldina foram registrados neste feriado de Semana Santa 22 acidentes, a maioria sem vítimas e alguns com lesões leves, conforme boletim divulgado pelo Chefe daquela Delegacia, Américo Cabral, no começo da tarde desta terça-feira.O destaque do feriado naquela jurisdição foi um acidente ocorrido na noite de 20 de abril, próximo a Muriaé, com um acidente envolvendo duas motocicletas, sendo que os dois condutores são inabilitados. Após a colisão entre os dois veículos, um das motos fugiu e após invadir a contramão da rodovia, colidiu frontalmente com uma carreta que vinha em sentido contrário provocando a morte de dois irmãos que estavam em uma das motocicletas.
CATAGUASES - A tranquilidade marcou o feriadão de Semana Santa e Tiradentes em Cataguases. No período as ocorrências policiais mais graves foram três furtos de motocicletas sendo que todas elas foram recuperadas posteriormente pela própria Polícia Militar. Em uma dessas operações os policiais prenderam dois dos ladrões em flagrante. As motocicletas são duas Honda Titan, sendo uma vermelha e outra cinza e uma Honda Fan, preta (fotos abaixo). {{banner-interno}}
Na próxima sexta-feira, 25 de abril, será inaugurada a exposição "Cataguases Cartazes: a Poesia Visual nos Anos de Chumbo", a partir das 19h, no Centro Cultural Humberto Mauro. Nela estarão reunidos textos visuais e discursivos de "Poetas da Resistência" que, durante a Ditadura Militar iniciada com o Golpe de 1964, se dedicaram a uma estética de enfrentamento àquele sistema que estabeleceu a censura no Brasil até 1985.
A exposição, que tem patrocínio da Energisa e da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, ficará em cartaz até 25 de maio e o evento de abertura contará com apresentações orais dos textos "O açúcar" e "Não há Vagas", de Ferreira Gullar, "O cão sem plumas", de João Cabral de Melo Neto, "Monumento dos Mortos", de Sebastião Carvalho, e "Poema para Medgar Evers", de Affonso Romano de Sant’Anna. Conforme lembra Joaquim Branco (foto ao lado), organizador e participante da exposição, "a Ditadura Militar estabeleceu no país um sistema que cerceou os meios de comunicação e impôs a censura às artes, especialmente à música, ao teatro e à literatura. Do outro lado, houve uma resistência por parte de muitos artistas. Por isso, organizamos uma exposição de poemas visuais e discursivos, que, de certo modo, registra a oposição e a luta que houve, inclusive porque a maioria dos jornais e a televisão não hesitaram em apoiar o ‘governo’", reitera o poeta. (Com fotos reproduzidas da página pessoal do Facebook de Joaquim Branco)
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Os professores da rede municipal de ensino em Cataguases planejam paralisar suas atividades por três dias, a partir desta quarta-feira, 23 de abril. Assembleia neste sentido foi realizada pelo Sind-UTE recentemente onde a categoria decidiu aderir ao movimento, conforme revelou a professora da Escola Municipal Flávia Dutra, Micaela Graciolli Barroso Cordeiro. Segundo ela, a categoria quer "mostrar ao Executivo que as coisas não vão bem e que precisamos de atenção urgente para que possamos exercer nossas atividades profissionais dentro da escola", disse ela em entrevista por e-mail na tarde dessa segunda-feira, 21 de abril. A presidente do Sinserpu, Sindicato dos Servidores Municipais, Maria Lúcia de Souza Lima Silva, também se manifestou à respeito em uma rede social.
Micaela, em sua resposta às perguntas formuladas pelo Site, escreveu os motivos pelos quais os professores municipais pretendem paralisar suas atividades. "Um governo que não honra o que fala e não cumpre suas promessas de campanha; Escola Flávia Dutra sem professor para as aulas fracionadas de duas turmas de 2º ano da parte da tarde. A escola está pagando substituta desde fevereiro; Licitação de material feita somente agora dia 8 de abril, para o ano letivo que começou em fevereiro, deixando as escolas sem material escolar e de limpeza até hoje; Falta do Diário de Classe para anotar frequência e matéria lecionada durante todo o 1º bimestre; Demissão de aposentados, descumprindo a lei federal que lhes garante o direito de trabalhar, gerando gastos dobrados ao FUNDEB, que pagou contratados para o lugar das demissões e depois pagou de novo quando retornaram ao trabalho; Secretaria Municipal de Educação contrata professores sem nenhum critério por telefone e depois, a mando do juiz, tem que refazer a contratação seguindo a listagem; Prefeito que não recebe em seu gabinete a coordenadora do município do Sind-UTE para negociação salarial porque ela é amiga de um vereador da oposição; Um governo que recebe o repasse do FUNDEB de 8,32% desde janeiro e só agora, depois de saber da paralisação, vai repassá-lo e ainda parcelado em meses".
A professora vai além, ao justificar a paralisação de três dias. "Não é só pelos 8,32% de aumento e sim por respeito, valorização e atenção ao nosso trabalho", frisou Micaela. Ainda segundo ela, "durante o primeiro ano de governo a gente espera para dar tempo de colocarem a casa em ordem, e se justifica pela inexperiência, mas tudo isso acontecendo no segundo ano de governo, já é incompetência", dispara. Para ela o Sind-UTE "é o legítimo representante dos Trabalhadores em Educação. É ao Sind-UTE que a maioria dos profissionais da Educação paga mensalmente para que lutem pelos nossos direitos. E foi com a ação do Sind-UTE na justiça que os aposentados puderam retornar ao trabalho", afirma Micaela, para acrescentar em seguida: "E ainda insistem em dizer que este não tem legalidade para o município".O anúncio da paralisação dos professores da rede municipal de ensino levou a presidente do Sinserpu- Cataguases, sindicato que representa os servidores municipais, Maria Lúcia de Souza Lima Silva, usar sua página pessoal no Facebook para se manifestar sobre o movimento. Em seu texto ela diz "não à greve no setor da Educação de Cataguases este ano" e avisa aos colegas de trabalho para não aderirem à paralisação. Para Maria Lúcia, "essa greve está apenas atendendo motivações agitadas de um grupinho de pessoas magoadas com o Executivo eleito, por motivos particulares", escreveu. A presidente do Sinserpu, no entanto, reconhece a existência de problemas, mas completa dizendo existir "intenção do Executivo de resolver cada caso ao seu tempo de atendimento a categoria".
Para Maria Lúcia "não houve negação do que foi pedido aos representantes dos senhores presentes no gabinete em início de abril corrente: Sra. Kátia Peres, Miriam, e professor Luís, e outros, quando foram recebidos pelo executivo no gabinete (sic)" e completa dizendo não existir motivos para "greves", uma vez que existem outros "assuntos em pauta para decisões importantes, como por exemplo, o valor do Ticket-Alimentação". Antes de terminar sua postagem naquela rede social, a presidente do Sinserpu lembrou o passado: "Antes era pior ainda. Havia negação de nossas reivindicações. Nunca fomos atendidas nas questões salariais. Por isso parávamos", justificou. E finalizou com um aviso: "Arquem depois com as consequências. Ainda estamos em negociações de itens importantes".Questionada sobre a reação da presidente do Sinserpu, Micaela Garciolli escreveu ao site o seguinte: "A opinião dela realmente não me interessa, mas quem tem motivos pessoais e políticos para ser contra a paralisação é ela e não eu. Apenas estou cobrando e por direito as promessas de campanha, uma vez que fui a todos os comícios, subi em palanque, vesti mesmo a camisa. Quero ter condições de trabalho e ver a Educação ser tratada com a seriedade e a competência que merece". Segundo ainda a professora da Flávia Dutra, "infelizmente o descaso com as escolas municipais é enorme e realmente falta o material básico para que ela funcione. Se o ano letivo começa em fevereiro não justifica que a licitação de materiais seja feita em abril. Com isso trabalhamos sem o básico: lápis, borracha, caderno, cola, tesoura, lápis de cor e até papel higiênico", revelou. Micaela conclui a entrevista justificando os motivos que a levaram a apoiar o atual prefeito durante sua vitoriosa campanha eleitoral. "Nossa bandeira foi: ‘Vamos reconstruir a Educação’. Queríamos uma mudança e acreditamos numa grande mentira. Hoje somos maltratados por aqueles que colocamos no poder. Mas apesar de todo descaso, falta de respeito e indiferença, continuamos realizando um trabalho de excelência que é reconhecido pelos pais e pela sociedade. Temos obtido índices acima da média no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação) e o da nossa escola (Escola Municipal Flávia Dutra) é o maior de todos da rede municipal", afirmou a professora que tem uma participação ativa na luta por melhorias para a categoria, mesmo sem integrar a direção do Sind-UTE ou outra entidade de classe.
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O projeto "Rede de Vizinhos Protegidos", implantado pela 146ª Companhia Especial de Polícia Militar em Cataguases, já abrange cerca de 250 residências localizadas nos bairros Bandeirantes, Recanto das Palmeiras e Taquara-Preta. Recentemente, o trabalho de expansão e fortalecimento do projeto chegou ao Centro da cidade e uma reunião foi realizada entre a PM e os moradores da Praça Santa Rita e das Ruas M.R.Trindade, Alferes Henriques de Azevedo, Doutor Lobo Filho, onde deverá ser organizada mais uma região monitorada pela referida Rede.
O objetivo da Polícia Militar é expandir o projeto para diversos bairros do município e somar, a princípio, cinco mil famílias integradas na perspectiva. Conforme revela o coordenador da Rede de Vizinhos Protegidos, sargento Jorge Roberto Silva Alves. os participantes recebem em suas residências uma placa que revela ser aquela uma casa monitorada. Além disso, todos os moradores são orientados a ficarem atentos a qualquer movimentação suspeita nas residências ou nas ruas, mantendo contato com os demais vizinhos através de sinais sonoros (apitos), que devem ser replicados por todos os integrantes dos laços.
"A proposta é fazer com que haja mais entrosamento entre os vizinhos da região em que o projeto estiver implantado, cuidando para que as residências estejam mais bem guardadas com iniciativas simples", diz o sargento Jorge Roberto, explicando que os procedimentos a serem tomados pelos participantes quando localizarem suspeitos ao redor das residências "inclui o acionamento da Polícia Militar por um dos moradores, que terá o seu telefone cadastrado junto à unidade policial".
Os próximos bairros a receberem a Rede de Vizinhos Protegidos poderão ser Haidée, Sol Nascente, Pampulha, Granjaria e Horto Florestal. Sobre os resultados obtidos pelo projeto, o sargento Jorge Roberto destaca que nos locais onde a Rede já está implantada não mais são registrados furtos, e assegura que a eficiência da ação será mais bem constatada a médio e longo prazo. (Com informações do Jornal Cataguases){{banner-interno}}
Cataguases corre o risco de perder a possibilidade de sediar o ENCINE - Encontro do Cinema Brasileiro - projeto idealizado para trazer à cidade os filmes nacionais premiados nos festivais que acontecem país afora, além de promover um debate entre produtores, diretores e distribuidores sobre os problemas enfrentados pelo setor com o envio, posteriormente, de sugestões surgidas deste Encontro ao Ministério da Cultura. Para que o evento possa receber o apoio daquela entidade e Secretaria do Audiovisual (órgão vinculado àquela Pasta) é preciso apenas que a Prefeitura de Cataguases apresente o projeto da iniciativa, o que ainda não foi feito. Esta demora, porém, pode inviabilizar sua realização. De acordo com o que o Site do Marcelo Lopes apurou, até o momento, apenas o prefeito Cesinha Samor, sabe desta possibilidade, apesar de informações garantirem que a Câmara Municipal também fora comunicada sobre as negociações.
Há cerca de dez dias o Site recebeu uma remessa com cópias de documentos que revelam as articulações para a realização do Encontro do Cinema Brasileiro, o ENCINE. Os papéis mostram troca de e-mails e correspondências entre o cataguasense Mauro Sérgio Fernandes, ex-professor na cidade e atualmente proprietário de uma agência de publicidade em Brasília, com o Senador Eduardo Suplicy, o Secretário do Audiovisual Mário Borgneth, Ministério da Cultura e o prefeito Cesinha Samor. Assim que recebeu as cópias, o editor do Site, jornalista Marcelo Lopes, foi apurar a autenticidade daqueles documentos junto ao cataguasense Mauro Sérgio que confirmou não apenas serem verdadeiros como também toda a história narrada naqueles papéis. A história começa no dia 30 de outubro de 2013, quando Mauro Sérgio Fernandes (foto ao lado), enviou uma correspondência ao Senador da República pelo Partido dos Trabalhadores, Eduardo Suplicy, a fim de obter apoio para realizar o que chamou "um sonho sonhado há 52 anos(...). Refiro-me à instituição do ENCINE - Encontro do Cinema Nacional em Cataguases, projeto que entusiasmou o então Ministro da Cultura do Governo Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, indicado pelo PT". Em seguida, Mauro revela que posteriormente, aquele ministro, ao visitar Cataguases "prometeu, publicamente, apoiar a concretização do Encine", conforme Mauro escreveu na carta a Suplicy. Como o referido projeto não avançou seu autor anuncia o desejo de retomá-lo e, para isso, encerra o texto solicitando uma audiência com o Senador Eduardo Suplicy, o que aconteceu em dezembro de 2013, como o próprio Mauro Sérgio revela em outra correspondência, esta enviada ao prefeito Cesinha Samor, no dia 26 de março último.
Após o encontro com Suplicy, aquele Senador, conforme revelam os documentos em posse do Site, enviou oficio à Ministra da Cultura, Marta Suplicy, solicitando que ela recebesse Mauro Sérgio em seu Gabinete. A audiência, porém, não aconteceu por problemas de agenda da Ministra que, no entanto, encaminhou Mauro para ser recebido pelo Secretário de Audiovisual, Mário Borgneth. O encontro aconteceu no dia 25 de março, às 14 horas. Logo em seguida, Mauro enviou e-mail ao Senador agradecendo a intermediação e ele, por sua vez, agradeceu à Ministra a "atenção do Secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Mário Borgneth, sobre o possível apoio à realização do ENCINE - Encontro do Cinema Brasileiro em Cataguases". O Senador encerra o e-mail datado de 28 de março de 2014 com a seguinte frase: "Espero que os entendimentos entre o Ministério da Cultura e a Prefeitura de Cataguases possam se desenvolver da melhor maneira possível".Na carta enviada ao prefeito Cesinha Samor por Mauro Sérgio ele o lembra de uma conversa por telefone ocorrida entre ambos no dia 12 de dezembro de 2013 para "lhe dar a notícia de que eu acabara de voltar de uma audiência no Gabinete do Senador Eduardo Suplicy, com quem conversei sobre a necessidade de resolvermos a questão do Cine Edgard (...) para a realização do ENCINE - Encontro do Cinema Brasileiro em Cataguases". Na carta Mauro Sérgio menciona ter pedido ao prefeito, durante o telefonema, que providenciasse um pré-projeto referente ao ENCINE, ouvindo como resposta que conversaria a respeito com Zeca Junqueira, seu Secretário de Cultura. Mauro Sérgio, na correspondência, afirma: "Infelizmente, Cesinha, até hoje você nunca me retornou". Ele também disse ter obtido "informações valiosíssimas e passíveis de aplicação para consolidarmos a recuperação de nosso cinema, ao lado de outras oportunidades para implementação de atividades em prol do desenvolvimento cultural de Cataguases".
Junto com os documentos recebidos pelo Site havia a informação de que a Câmara Municipal também recebera o mesmo material. A reportagem não conseguiu localizar, nesta segunda-feira, 21 de abril, o presidente daquela Casa, Vereador Fernando Pacheco, para confirmar o recebimento dos papéis. O Secretário da Mesa Diretora, Vereador Geraldo Magella Mazini, conversou por telefone com o Site e disse não ter recebido nenhum documento, acrescentando que irá confirmar "amanhã" (terça-feira) se a Câmara recebeu correspondência com os referidos documentos. Outro vereador que também disse não ter conhecimento desta documentação é Maurício Rufino, que até recentemente ocupava cargo na Mesa Diretora daquela Casa. O Secretário Municipal de Cultura, Zeca Junqueira, foi procurado pela reportagem, mas seu celular estava desligado.
Veja, abaixo, cópia de um dos documentos recebidos pelo Site.{{banner-interno}}