Nesta quinta-feira, 19 de junho, faz um mês que o hospital Olyntho Almada, em Astolfo Dutra, foi interditado pela Vigilância Sanitária com respaldo do Ministério Público. Desde então, o prefeito daquele município, Arcílio Ribeiro, bem como a Secretária Municipal de Saúde, Luíza Marilac Rodrigues, negociam com a direção daquele hospital, autoridades regionais de saúde e até com o Ministério Público a reabertura daquela Casa de Saúde. Desde então a prefeitura está encaminhando para o hospital de Cataguases os casos de urgência e emergência daquele município.
Nesta quarta-feira, 18, porém, uma nova reunião resultou em avanços significativos. Com a participação do prefeito Arcílio Ribeiro, da Secretária de Saúde, Luíza Marilac Rodrigues, o provedor daquele hospital, João Rodrigues dos Santos, da Vice-Provedora, Maria Elisa Alves Ribeiro Gonzaga, do diretor da Regional de Saúde de Leopoldina, Willian Lobo de Almeida com o Promotor de Justiça Coordenador Regional de Saúde, Rodrigo Ferreira de Barros, ficou acordado que aquele hospital poderá oferecer atendimento ao público em caso de urgência e emergência através do funcionamento de uma "Sala de Estabilização" dotada de quadro completo de profissionais, equipamentos, insumos, dentre outros, atendendo na íntegra aos requisitos normativos vigentes, conforme consta em Ata assinada pelos presentes.A solução encontrada vai trazer mais despesas para o município, mas agradou ao prefeito e Secretária de Saúde que, desde o fechamento daquele hospital, atuavam no sentido de reabrir apenas do Pronto-Socorro que funcionava no Olyntho Almada, possibilidade que era rechaçada veementemente pela direção daquele hospital que defendia a reabertura total do estabelecimento. "A gente entende que o funcionamento do Pronto-Socorro facilita a direção do hospital cumprir as determinações da Vigilância Sanitária para reabrir totalmente o hospital e agora, conseguimos chegar a um consenso", revelou Luiza Marilac. Ela, porém, disse não saber de onde o município vai tirar o dinheiro para custear a montagem e manutenção da Sala de Estabilização.
- O Hospital tem muitos equipamentos que serão utilizados nesta Sala, o município pode complementar com outros. Entretanto, continua Luiza, o mais oneroso neste processo é a manutenção desta Sala de Estabilização que vai exigir mais investimentos por parte do município para que funcione plenamente. Neste sentido, completa a Secretária Municipal de Saúde, o prefeito Arcílio, mesmo sem saber de onde virá esta verba, assumiu também este compromisso de contribuir para a abertura desta Sala de Estabilização que, no entanto, será administrada pelo próprio hospital, sem qualquer interferência do município", acrescentou ela.
A Portaria número 2.338 de 3 de outubro de 2011 estabelece diretrizes e cria mecanismos para a implantação do componente Sala de Estabilização (SE) da Rede de Atenção às Urgências. Em seu Artigo Segundo, o documento ensina: "A Sala de Estabilização (SE) é a estrutura que funciona como local de assistência temporária e qualificada para estabilização de pacientes críticos/graves, para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde, observadas as seguintes diretrizes: I - funcionamento nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e nos 7 (sete) dias da semana; II - equipe interdisciplinar compatível com suas atividades; E III - funcionamento conforme protocolos clínicos e procedimentos administrativos estabelecidos e/ou adotados pelo gestor responsável". A mesma Portaria também estabelece a presença de equipe mínima de saúde "composta por um médico, um enfermeiro e pessoal técnico com disponibilidade para assistência imediata aos pacientes críticos/graves admitidos, nas 24 horas do dia e em todos os dias da semana e, ainda realizar atendimentos e procedimentos médicos e de enfermagem adequados aos casos críticos ou de maior gravidade, além de encaminhar os pacientes, após estabilização clínica, para internação em hospitais". Segundo informou o Promotor de Justiça, Rodrigo Barros, ao Site do Marcelo Lopes, a abertura desta Sala de Estabilização depende ainda do cumprimento das normas exigidas pela Vigilância Sanitária, o que, segundo ele, impede prever uma data para o início de seu funcionamento. Já Luíza Marilac acredita no esforço da direção do hospital no sentido de cumprir todas as exigência no menor prazo de tempo possível para que a Sala de Estabilização entre em funcionamento "o quanto antes".
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Na noite dessa quarta-feira, 18 de junho, a Câmara Municipal de Cataguases realizou sessão ordinária na qual o plenário aprovou as quatro proposições inscritas na Ordem do Dia. A reunião também foi momento de homenagens a Rita Sueli Bento, João Paulo Vargas Vairo e Adriano Dantas, escolhidos dos vereadores Fernando Rodrigues do Amaral e José Augusto Guerreiro Titoneli, para receberem moções de congratulação, por "justo reconhecimento àqueles que, com sua participação comunitária, ajudam os vereadores a construir uma Cataguases melhor".
O primeiro Projeto de Lei apreciado na noite foi o que recebe nº 21/2014 sugerindo ao Chefe do Poder Executivo dar o nome de Teodorico Teixeira Cardoso a logradouro público, no Bairro São Diniz, localizado entre a Rua Joaquim de Oliveira Martins e Rua José Adolfo, próximo ao Frigorífico Municipal". Antes de ter sido aprovada, essa proposição recebeu emenda de seu próprio autor, vereador Geraldo Majella Mazini, que achou necessário especificar melhor o trecho correspondente ao local mencionado na matéria.
Em seguida, formulado pelo vereador João Manoelino da Silva Bolina (Joãozinho de Vista Alegre), também foi aprovado o Projeto de Lei nº 32/2014, que "dispõe sobre a denominação de ‘Rua Maria das Neves Carvalho Nóbrega (Dona Nevinha)’ a logradouro público do Município de Cataguases/MG". Do mesmo vereador, ainda foi acatado pelo plenário o Projeto de Lei nº 30/2014, cujo objetivo é alterar dispositivo da Lei nº 2.600/96, acrescentando a ela parágrafo 1º ao artigo 103 e duas alíneas ao que passará a ser parágrafo 2º do mesmo artigo.Dessa forma, toda vez que uma estrutura for montada no município provisoriamente para comícios, festas cívicas, religiosas ou de caráter popular ela deverá ser observada pelo Conselho das Pessoas Portadoras de Deficiência de Cataguases, para que seja garantida a "livre locomoção e circulação das pessoas portadoras de deficiência" através da existência de rampas, pisos táteis e faixas de acesso.
A última proposição aprovada na Ordem do Dia foi o Projeto de Resolução nº 04/2014, formulado pelo o presidente da Mesa Diretora, vereador Fernando Pacheco Fialho, com intuito de autorizar o Poder Legislativo a reduzir em 10 horas semanais a jornada de trabalho de seu servidor público legalmente responsável por excepcionais em tratamento especializado. A sessão ordinária dessa quarta-feira também revelou a nova formação da Comissão Permanente de Constituição Justiça e Redação (CCJR) que agora tem como relator o vereador Geraldo Majella Mazini (foto acima) e como membro o vereador Luiz Carlos da Silva Sodré (Russo). Na sessão anterior, o vereador Maurício Rufino renunciou ao cargo de relator daquela Comissão.
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Na tarde dessa segunda-feira, 16 de junho, o prefeito Cesinha Samor, recebeu em seu gabinete a reportagem do Site do Marcelo Lopes para uma rápida e exclusiva entrevista, a primeira em dezoito meses de mandato. Sempre muito franco, ele respondeu algumas perguntas sempre muito otimista e dizendo que em breve "você vai ficar cheio de notícias boas pra publicar no site", referindo-se a fatos que estão sendo gestados em sua administração e que ainda não podem ser divulgados.
A primeira boa notícia revelada pelo prefeito foi o depósito pelo Governo Federal da primeira parcela do recurso para construção de uma creche no Bairro Taquara Preta. "Já foi depositado no dia 6 deste mês, R$ 387.726,76, sendo que todo o imóvel vai custar mais de um milhão e meio de reais". Em seguida, Cesinha anunciou também o recebimento de outra verba, para a construção da quadra coberta na Escola Municipal Boaventura Abritta, no distrito de Cataguarino: "Foi um repasse de R$101.958,40 também referente à primeira parcela daquela obra que vai custar R$453 mil após concluída", explicou o prefeito.
Outra notícia revelada pelo Chefe do Executivo é a realização de uma "grande" Festa Julina, com atrações variadas, inclusive com show da dupla sertaneja Rick e Jhonny. O evento será em Sinimbu, localidade situada na zona rural do município e que vai acontecer no dia 19 do próximo mês. Conforme disse o prefeito, o objetivo é iniciar um projeto que "busca fortalecer o turismo dessa localidade, preparando-a para receber grandes eventos", revelou. Nesse sentido, Cesinha contou, inclusive, que está trabalhando para viabilizar um projeto que "permitirá realizar passeio turístico de trem de Sinimbu a Cataguases, podendo o percurso se estender à Dona Euzébia e ao distrito da Glória". Ele disse, porém, não poder dar mais detalhes sobre o assunto garantindo que o fará assim que "tudo estiver resolvido", finalizou Cesinha.
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Aconteceu na tarde desta quarta-feira, 18 de junho, no salão do júri do Fórum de Cataguases, mais uma reunião para tratar da situação do Pronto-Socorro do Hospital, coordenada pelo promotor de justiça, Rodrigo Barros. O resultado concreto, porém, foi o agendamento de outra reunião quando serão analisados alguns pedidos formulados pelo Ministério Público ao Hospital. O encontro contou também com a presença dos prefeitos de Astolfo Dutra, Dona Euzébia e Itamarati de Minas, Arcílio Ribeiro, Itamar Ribeiro, o Mazinho e Tarcília Rodrigues Fernandes, respectivamente; Representantes da prefeitura de Cataguases, do Cisdeste – Consórcio de Saúde da Macro Região Sudeste, o gerente da Regional de Saúde de Leopoldina, Willian Lobo de Almeida, representantes do hospital de Cataguases e secretários de saúde.
Após a reunião, que foi acompanhada pela reportagem do Site do Marcelo Lopes, o promotor Rodrigo de Barros, concedeu uma entrevista exclusiva onde explicou as decisões tomadas durante o encontro. Conforme revelou, ele, juntamente com representantes da Coordenadoria de Saúde e do hospital fizeram uma avaliação técnica do relatório obtido pela comissão mista que analisou os custos do Hospital. "Neste encontro foi verificado que a Comissão instituída para este fim, ela não previa uma participação do hospital em razão dos atendimentos privados e planos de saúde conveniados. Ou seja, o Hospital está mantendo uma porta aberta com profissionais capacitados em diversas especialidades médicas, que atende ao SUS, planos de saúde e privados, mas está demandando para esta porta cem por cento pelo poder público", explicou acrescentando em seguida: "A ponderação que nós fizemos hoje é que isso não seria razoável uma vez que um percentual deste atendimento se dá em benefício de pacientes privados e de planos de saúde. E nada mais justo do que se levantar quais são estes percentuais e se adequar a esta contratualização vigente no sentido de que o poder público, através do Estado, município, Ministério da Saúde com os convênios que estão sendo firmados, financie este percentual relativo a estes atendimentos do SUS e o Hospital custeie a contrapartida relativa aos planos de saúde e aos pacientes privados atendidos", concluiu o promotor que aparece na foto ao lado da promotora Shermila Peres Dhingra, que atua em Cataguases e acompanhou toda a reunião.
A partir desta nova realidade, Rodrigo Barros pactuou um prazo de dez dias para que o hospital apresente estes "dados de faturamento de internação, seja pela porta (única), seja diretamente em termos emergenciais e de urgência para que a gente possa saber quais são esses percentuais e ficou acordado também que o hospital e o município vão se manifestar em dez dias sobre o prazo contratual de manutenção deste pronto atendimento em função de uma perspectiva de um convênio de três milhões de reais passíveis de assinatura com o Estado para a construção deste pronto atendimento deste hospital", explicou o promotor de justiça que vem intermediando este processo de implantação da Rede de Urgência e Emergência na região. (Fotos: Paulo Victor Rocha)
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Criei o Memorial Nanzita para preservar as relíquias daquela mulher que, enquanto se dedicava à música e as artes plásticas, dedicava-se também a servir ao próximo, seguindo os princípios cristãos que abraçou por toda a vida. Entre muitas obras sociais, abriu as portas de sua casa para costureiras fabricarem agasalhos destinados a crianças e adultos das áreas mais carentes de nossa comunidade. E não só isso: também ministrava aulas de desenho e pintura, iluminando um pouco aquelas mentes obscurecidas pela falta de incentivo ao talento. Houve, porém, um contratempo, provocando a descaracterização e destruição daquele patrimônio cultural e afetivo, um legado ao povo de Cataguases, contratempo este que foi um tiro certeiro no meu coração. Em estado de choque, lembrei-me de um texto da poeta e professora Márcia Carrano, escrito após a morte de Nanzita, em que ela diz, num trecho: "A lágrima de Cairu bate pedra no peito – e depois vira estrela". Palavras que definem sob medida minha personalidade, bem como a de Nanzita, posto que nunca nos deixamos abater por contratempos. Por isso, sinto, na camada mais profunda do meu ser, que, dentro de dez anos, ou pouco mais, irei ressuscitar, para virar "uma pincelada no azul", citando de novo Márcia, cujo texto completo transcrevo abaixo. Depois, tranquilo, de alma lavada, como diz um samba da minha terra, carioca de nascimento que sou, e cataguasense, desde que conheci Nanzita, "vou morar no infinito, vou virar constelação". Até lá.
Cairu Teles Nunes
Uma pincelada no azul
Márcia Carrano
Memória é presença, superação de contingências. Por isso, Nanzita me chega mais presente que lembrança. Não importa a fragmentação temporal.
Contida, mas ao volante, no longo carro azul-claro. Doutor Otônio... e a medicina, e a política, e sempre a Nanzita. Me parece indecifrável: simpática e distante. Há um plano, não?
Subitamene, torna-se viúva. O que virá? Desatino e luto?
Eis que ultrapassa Cataguases, indo e vindo estrada afora. Do Rio volta pura expressão de cores e sentimento. Cairu, a arte, a vida rebentando surpresas. Nanzita - fênix arregalando os olhos da província.
Ele abre espaços, alarga avenidas, enfeita praças, arma telas, na terra da mulher. "Abram alas", sussurra ou grita, "deixem meu amor passar". A casa, obra de arte, salpica risos, tintas e luz no lugar.
Os dois, inseparáveis, salvam-se entre pincéis e pinceladas. A arte salva-a, salva-os, salva a todos nós. A cada quadro pintado, mais vida para correr nas vielas de ganhos, perdas e danos, sina dos mortais.
A arte não morre, ela não deixa, ele também não. Ela arma com as tintas. Ele, com as palavras. Juntos tecem uma história para si mesmos e para os outros. Admiráveis, traçam trilhas de cultura na cidade já tantas vezes demarcada de artes.
Agora, "de repente, não mais que de repente", a Nanzita está, mas não está. Flutua no ar puro de todas as cores, na síntese do silêncio vital. A lágrima de Cairu bate pedra no peito – e depois vira estrela.
A memória não existe: a memória guarda a essência; a arte guarda a pintora.
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