Terminou às 16h45min desta quarta-feira, 21 de novembro, o julgamento de Sebastião Fabiano Lopes, 37 anos, responsável por um acidente que culminou na morte de duas pessoas, feriu gravemente outras duas e uma terceira ficou em estado gravíssimo na estrada próxima a Santana do Campestre, distrito de Astolfo Dutra. Ele considerado culpado pelos jurados e condenado a uma pena de 12 anos de 3 meses de reclusão em regime fechado. A sessão do Júri terminou antes do previsto pelo próprio juiz do caso, Eduardo Thebit Dolabela, porque os procedimentos foram agilizados e não foram ouvidas as testemunhas. O réu também confessoua autoria dos crimes.
O promotor de justiça que atuou na acusação, Carlos Eduardo Fernandes Ribeiro Neves disse que a pena está em consonância com o que a lei em vigor determina, apesar de entender que alegislação deveria impor sanções mais severas para condutas análogas a do réu." Ele também disse que vai analisar com "calma" a sentença, mas não deverá recorrer. Sua assistente de acusação, Cíntia Garcia lembrou que o crime "foi muito pesado porque haviam duas famílias que viviam em harmonia e que agora estão destruída. A gente pode achar até que é uma pena baixa, mas infelizmente é o que a legislação penal prevê. Mas nós vamos avaliar tudo isso com calma e verificar o que pode ser feito e se tiver alguma coisa a mais e a gente puder fazer para aumentar esta pena e dar uma satisfação à família, isto vai ser feito", disse.Também informou que não pretende recorrer da sentença o advogado de defesa, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atuou com os auxiliares Fabrício Gomes Ferreira de Paula, Eric Sabioni de Paula e Fábio de Costa Rodrigues. Segundo ele, "A sentença simplesmente refletiu todas as circunstâncias do processo. Nosso cliente é primário, traz sim uma vida pretérita voltada para o trabalho e para a família, apesar de alguns problemas no trânsito", analisou. E completou: "Eu acho que o Conselho de Sentença não errou em nenhum quesito; eu fiz questão de acompanhar par e passo toda a votação e a sentença do juiz ela não foi nem benéfica, no sentido de passar a mão na cabeça de quem errou, e o meu cliente, efetivamente, errou. E também não serviu de vingança, elevando a pena bem além do mínimo legal", analisou. {{banner-interno}}
Jéssica Condé ficou viúva em decorrência do acidente, foi uma das que sofreram ferimentos graves juntamente com sua filha à época com 2 anos de idade. Emocionada ao final do julgamento, ela contou com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes como recebeu a condenação do réu. "Eu fiquei mais satisfeita ao saber que foi reconhecido o crime. Que ele realmente foi doloso, que ele bebeu, veio na contramão, como reconheceu isso. Então a nossa luta até agora foi reconhecida e a tecla que a gente bateu, saiu daqui hoje como verdade. A gente esperava, lógico, uma condenação maior, mas a sentença não é comigo, então o que a gente podia fazer foi feito e agora que ele pague o mal que fez pra mim e para todas as famílias que ele prejudicou porque o que ele me tirou nunca vai ser reparado, que foi o meu marido e o que eu sofro com a falta dele", contou com voz embargada.
Parte de um imóvel residencial localizado no centro de Astolfo Dutra, desabou por volta das 16 horas desta terça-feira, 20 de novembro. Ninguém ficou ferido porque a residência estava vazia e à venda. A Defesa Civil daquela cidade foi acionada e fez o isolamento do local para proceder uma vistoria no imóvel e concluiu por sua completa demolição, conforme informações prestadas com exclusividade ao Site por Rafael de Paula, coordenador municipal daquele órgão. Nesta quarta-feira, 21, acrescentou, o proprietário do imóvel autorizou sua demolição que será feita pelo próprio município.
Segundo a Defesa Civil a casa que desabou é de dois andares, muito antiga, sem vigas de sustentação e não tinha laje, sendo o assoalho do andar superior construído em madeira que estaria apodrecida. Este piso, ainda conforme divulgou aquele órgão, caiu e derrubou paredes da casa. Um Fusca que estava na garagem foi atingido pelos escombros e ficou parcialmente danificado. O proprietário informou à Defesa Civil não ter condição de arcar com os custos da demolição e nesta quarta-feira a Secretaria Municipal de Obras de Astolfo Dutra, juntamente com aquele órgão, deu entrada na documentação visando liberar o imóvel para este fim. (Fotos: Defesa Civil Astolfo Dutra)
Começou pouco depois das 8 horas desta quarta-feira, 21 de novembro, o júri popular que tem como réu Sebastião Fabiano Lopes, 37 anos, motorista acusado de matar duas pessoas, provocar um aborto e deixar três pessoas feridas, uma delas, criança de dois anos à época, que ficou com seqüelas. A tragédia aconteceu em um acidente no dia 29 de janeiro de 2017 na rodovia MG 285, próximo à localidade de Santana do Campestre, distrito de Astolfo Dutra. O autor fugiu do local do crime e só prestou depoimento dias depois, mas sua prisão somente ocorreu no dia 07 de julho, em Rodeiro, por força de um mandado de prisão. O juiz do caso, Eduardo Rabelo Thebit Dolabela (foto) falou com a imprensa ao chegar no Fórum da Comarca de Cataguases esta manhã. Ele reconheceu a grande repercussão do caso na região, previu um júri longo "devido a imputação de cinco crimes diversos que são dois homicídios e três lesões corporais", explicou. De acordo ainda com ele a expectativa é de chegar ao um veredicto ainda hoje "até porque se for preciso vou avançar a madrugada", contou. Já o promotor de justiça Carlos Eduardo Fernandes Neves Ribeiro, responsável pela acusação disse que a estratégia a ser adotada é "revelar a verdade acontecida no dia 29 de janeiro de 2017. Foi um crime absolutamente grave, que manchou a história de Cataguases e, sem dúvida, vai se constituir em uma página negra na história dos crimes de trânsito em Cataguases", comentou.
De acordo com aquele promotor o réu está sendo julgado por dois homicídios simples e mais três por lesões corporais graves, Ele informou também ter "absoluta convicção e todas as testemunhas assim declaram de que o acusado consumiu álcool antes de pegar o seu veículo automotor. Além disso temos absoluta convicção que ele tomava remédios controlados e misturou esses remédios com álcool. Ele estava completamente desnorteado, não tinha a menor condição de chegar e assumir a direção daquele veículo e assumiu categoricamente a produção deste resultado: morte e lesão que acabou dilacerando duas famílias de Cataguases", completou.A defesa do réu está sob a responsabilidade do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior (foto ao lado), que também defende o Adélio Bispo de Oliveira, acusado de ter desferido uma facada contra o então candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, e já participou de outros casos de repercussão nacional. Ele também falou com a imprensa antes do júri começar, esclarecendo que não vai pedir a absolvição de seu cliente, mas vai trabalhar com a tese de crime de trânsito, evitando uma provável condenação por crime comum. "A defesa não está aqui para passar a mão na cabeça de ninguém. Uma tragédia ocorreu, temos várias vítimas, infelizmente não há como consertar o que já está fatidicamente colocado no processo, mas a tipificação, se nós teremos o crime do Código Penal, ou se a lei de trânsito será suficiente para enquadrar todo este fato. Vamos trabalhar com uma condenação justa", completou. (Fotos exclusivas Site do Marcelo Lopes)
O Prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida, deverá restringir o tráfego de veículos de carga na conhecida "ponte nova" sobre o rio Pomba até o dia 25 de novembro próximo, domingo. Recomendação neste sentido foi emitida pelo promotor de Justiça de Defesa da Habitação e do Urbanismo de Cataguases, Gustavo Garcia Araújo, justificando a medida como sendo de caráter preventivo quanto a acidentes e "sinistros diversos". O não cumprimento da determinação vai responsabilizar o prefeito criminalmente por dolo eventual, caso ocorra algum acidente no local e, também, porque está ciente da "gravidade do problema".Aquele promotor de justiça deu prazo de dez dias para o Município apresentar informações àquela Promotoria sobre a adoção da medida recomendada ou a justificativa para não adotá-la. O documento foi recebido na Prefeitura no último dia 14. As informações constam da Recomendação nº 001/2018 a que o Site do Marcelo Lopes teve acesso. Em uma série de considerações que embasaram sua decisão, o promotor Gustavo Araújo (foto ao lado) cita ter recebido um ofício nº 81/2018 onde a Secretaria Municipal de Obras de Cataguases informa que "a referida ponte foi construída há mais de cinquenta anos e que durante toda a sua existência não foi feito nenhum tipo de manutenção corretiva das suas peças estruturais." {{banner-interno}}
Ele também lembra que em uma "inspeção visual realizada pelo Secretário Municipal de Obras por baixo da ponte fora constatada a existência de vários pontos de corrosão das armaduras tanto do tabuleiro quanto das vigas, aparelhos de apoio que na época de sua construção eram feitos por roletes metálicos, totalmente corroídos, as lajes tem perda de seção de aço da esteira, existem fissuras nas vigas". O Promotor também lembra que o próprio Secretário Municipal de Obras "não desconsidera a possibilidade de que possam existir trincas de maior porte" e que a ponte "precisa de manutenção corretiva dos fatos narrados, que podem se agravar ao longo do tempo" acrescentou. Por fim, Gustavo Araújo cita informações repassadas pelo comandante do 4º Pelotão de Bombeiros do Estado de Minas Gerais que também constatou "a existência de situações de risco em potencial, que podem vir a ocasionar acidentes e sinistros diversos, corroborando com o laudo existente quanto a necessidade premente de manutenção corretiva".Resposta da PrefeituraA reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Cataguases através do Procurador Geral do Município, advogado Yegros Martins Malta (foto ao lado), para saber quais providências serão tomadas sobre a Recomendação do Ministério Público. Ele informou que vai se reunir nesta quarta-feira, 21, com o Secretário de Obras e o coordenador da Catrans para analisar a situação e até quinta-feira, 22, terá uma definição sobre a situação. (Fotos: Arquivo)
O fim de semana prolongado em função do feriado nacional de Proclamação da República, 15 de novembro, terminou com o saldo de 11 acidentes que resultaram em duas mortes e deixaram 13 feridos, nas estradas federais da região. Os números são do balanço final da Operação Proclamação da República da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada entre a 0h de quarta-feira (13) até a meia noite de domingo (18), sob responsabilidade da Delegacia da PRF sediada em Leopoldina.
Morto e feridos graves Os dois óbitos registrados durante a operação resultaram de uma colisão frontal entre um automóvel e um caminhão, ocorrida em Muriaé, no perímetro urbano da BR-356, na manhã de quinta-feira (14). O condutor, Vivaldi Rodrigues de Almeida, de 73 anos, e sua mãe, Maria Martins de Almeida, que completava 94 anos naquela data, morreram no local.
Muriaé foi palco também de um acidente que vitimou dois jovens que seguem internados no CTI do Hospital São Paulo (HSP), em estado grave. Eles estavam em uma motocicleta e se envolveram em uma colisão com um caminhão, na BR-116, próximo ao distrito de Itamuri, no sábado (16). Ambos sofreram múltiplas fraturas e o condutor de 18 anos perdeu parte de um dos braços.
Dados operacionaisDe acordo com a PRF, durante os cinco dias de operação foram fiscalizados 443 veículos, gerando o total de 117 notificações. Em 240 abordagens o condutor fez o teste do bafômetro, sendo seis deles autuados por direção sob efeito de álcool. Um automóvel clonado foi apreendido e um motorista detido por adulteração de veículo.
Mais uma vez, o excesso de velocidade foi destaque. Os dados divulgados pela corporação apontam que em 14 horas de utilização do radar móvel, 208 veículos foram flagrados nas BR’s da região trafegando acima do limite de velocidade permitido (foto ao final desta matéria). {{banner-interno}}
MinasNo estado, o feriadão chegou ao fim com o total de 123 acidentes em estradas federais, que tiraram a vida de nove pessoas e deixaram 199 feridos. Detalhando os óbitos, segundo a PRF, seis deles se deram em função de quatro colisões frontais. As outras três mortes registradas no período em Minas resultaram de um atropelamento de ciclista, queda de moto e uma saída de pista. (Fotos: Rádio Muriaé)