Desde o dia 29 de julho, quando seis ônibus da Viação Dorico foram devolvidos à empresa proprietária, uma vez que estavam arrendados, por decisão judicial, centenas de usuários foram prejudicados com a ausência do serviço. O fato exigiu providências emergenciais da prefeitura de Cataguases, enquanto a licitação para a contratação de outra empresa para suprir esta demanda não é concretizada.
A decisão de suspender as seis linhas da Viação Dorico, cuja razão social é AWM Turismo Ltda, partiu do juiz da Primeira Vara Cível da Comarca de Cataguases, Eduardo Rabelo Thebit Dolabela. Ele ordenou a devolução dos veículos para a Viação Portuense, devido à falta de pagamento dos veículos arrendados pela Viação Dorico.
De acordo com o coordenador da Catrans, Capitão Hélio Andrade, como não é possível contratar nenhuma empresa no momento, o que está sendo feito é a utilização de carros reservas das que já realizam o serviço na cidade. "Estamos adotando uma medida emergencial utilizando dois ônibus reservas da Viação Bonança e Coletivos Léo. Das seis linhas suspensas estamos atendendo duas, escolhidas de forma estratégica, onde o fluxo de pessoas é maior. É preciso esclarecer que os bairros onde circulavam as outras quatro linhas, e que ainda não foram substituídas, não estão sem ônibus, tendo em vista que cada um tem pelo menos uma linha que o liga ao centro da cidade" explicou.
O Capitão pontuou os embargos administrativos associados à contratação de veículos para transporte coletivo. "Não é simples colocar um ônibus na rua, é preciso contratar funcionários, dois motoristas e dois trocadores por turno, ter um ônibus de qualidade com menos de 10 anos de uso, com acessibilidade, seguro em grupo e emplacamento, entre outros quesitos indispensáveis para a contratação do serviço", explicou. Hélio também informou que no dia 08 de agosto está prevista a licitação de doze linhas de ônibus urbano, todas atualmente exploradas pela antiga Viação Dorico, hoje AWM Transportes, na qual as empresas interessadas em participar irão se apresentar formalmente. Antes dessa data, somente será solucionado o problema se a procuradoria do município encontrar um meio jurídico para isso, revelou o coordenador da Catrans. "Pedimos à população que busque se informar em fontes oficiais, que é a prefeitura e a Catrans, para que assim saibam a real situação", disse.
Segundo o Procurador Geral do Município Rafael Vieira, a empresa AWM Transportes Ltda, que teve os carros suspensos, tem um prazo de até 10 dias para recorrer à sentença do juiz e entrar com um recurso. Se, após este prazo, a decisão for mantida, a prefeitura vai agir, em efetivo, para regularizar a situação. O advogado da AWN Turismo Ltda, Leonardo Mendonça informou no final da tarde desta quinta-feira, 31 de julho, que continua aguardando o julgamento de um Agravo de Instrumento que foi impetrado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais pedindo o retorno dos ônibus para a empresa que representa. (Fotos: Arquivo)
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Estão abertas, desde 29 de agosto, as inscrições para os interessados em submeter projeto artístico-cultural à apreciação da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC), com o objetivo de conseguir o financiamento para a realização da proposição através da Lei Municipal Ascânio Lopes de Incentivo à Cultura. O edital foi publicado no Jornal Cataguases de domingo, 27 de julho, e segundo consta nas disposições preliminares, cada concorrente (pessoa física) poderá inscrever apenas um projeto.
Os aprovados receberão patrocínio no valor máximo de 12 mil reais e a verba deverá ser disponibilizada a partir de janeiro de 2015. Para participar, os proponentes terão de se inscrever até 15 de setembro, de 9h às 17h, na sede da Secretaria de Cultura e Turismo de Cataguases, localizada na Rua Major Vieira, 201, Centro, onde deverá ser entregue o formulário devidamente preenchido e acompanhado de fotocópia de CPF, Identidade e dois comprovantes de residência (um atual e outro de no mínimo 1 ano).
Além disso, separado do formulário, o interessado no financiamento também terá de apresentar certidões negativas que comprovem regularidade com as Fazendas Municipal, Estadual e Federal, certidão de débito trabalhista, certidão negativa de execução patrimonial e cópia do cartão do PIS. No mais, o projeto, devidamente encadernado em espiral com todas as folhas numeradas e assinadas pelo proponente, deverá ser apresentado no ato da inscrição em três vias, para que uma delas seja protocolada e devolvida como recibo de inscrição.
A Comissão Municipal de Incentivo à Cultura julgará apenas os projetos que estiverem de acordo com as normas estabelecidas pelo edital e os critérios de avaliação serão análise documental, consistência do projeto, efeito multiplicador e impacto cultural, exequibilidade do projeto e descentralização das ações culturais. A lista dos projetos aprovados será publicada até o dia 20/12/2014 e o prazo para a conclusão das proposições será de dez meses contados a partir da disponibilização da primeira parcela do financiamento. Para o secretário municipal de Cultura e Turismo, José Ricardo Martins Junqueira (Zeca Junqueira), "a Lei Ascânio Lopes é a melhor ferramenta que temos hoje no município para financiamento de obras, embora ela ainda destine um recurso relativamente baixo perto do que é necessário para atender à demanda de Cataguases. O que me surpreende a cada ano é a qualidade dos eventos e, por isso, a ideia é futuramente mexer nessa Lei, aumentar o percentual de recurso destinado a ela, para que melhoremos as condições de financiamento", destacou o Secretário de Cultura, reiterando que a solução para o setor no município continua sendo a implantação do Sistema Municipal de Cultura, o qual será "uma espécie de Lei Ascânio Lopes muito melhorada", exemplificou.
Confira o edital completo da Lei Ascânio Lopes 2014 na página 10 da edição nº 3.318 do Jornal Cataguases, disponível para download no endereço eletrônico: www.cataguases.mg.gov.br/jornal.html
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Veja as vagas de emprego oferecidas pelo SINE de Cataguases, válidas até segunda-feira, 04/08/14.
1 MECÂNICO DE AUTOMÓVEIS2 VENDEDOR2 VENDEDOR EXTERNO1 SUPERVISOR DE VENDAS3 MOTORISTA DE ÔNIBUS1 MONTADOR DE MÓVEIS1 AUXILIAR DE MONTADOR DE MÓVEIS1 PROJETISTA1 RECEPCIONISTA DE LOJA1 ELETRICISTA1 VIGIA1 COPEIRO1 BABÁ
O SINE funciona na Rua Romualdo Menezes, número 2, ao lado do Clube Aexas, em Cataguases e o telefone é (32) 3429-2546.
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A poesia entre desertos"Entre Desertos, novo livro de Lina Tâmega Peixoto, é mais uma obra que vai enriquecer a fortuna literária de uma autora que começou a escrever em finais da década de 1940 e ainda tem muito a buscar nas minas de sua escrita" – escreveu Fábio Lucas, um dos mais renomados críticos literários brasileiros. "Ler um livro de Lina requer tempo. Não o tempo normal que se gasta para leituras cotidianas, mas um tempo para se concentrar mais, pois ele exige do leitor mais do que a fruição de palavras que vão puxando palavras. Fui dirigindo meu voo por penetráveis, porém surpreendentes vias – que é assim o caminho dos bons livros – deparando ora com o recurso da metalinguagem, ora com a difícil música de alguns versos ou com a ligeireza do pensamento". Diz o poeta e crítico Affonso Romano de Sant´Anna: "Deu-me muito prazer a leitura de seus poemas. Raramente encontramos poesia na poesia que nos mandam, você sabe disso, porque é do ramo. Fui lendo e pensando, por que essa mulher não é mais divulgada? A elegância, a singularidade, a maestria, está tudo ali. Você conheceu a Cecília (Meireles). Se Mário de Andrade te conhecesse ia se corresponder com você".
Professora, poeta e crítica literária, a cataguasense Lina Tâmega Peixoto reside em Brasília desde sua criação. Ali exerceu o magistério na Fundação Educacional do Distrito Federal e na Universidade de Brasília. Ao lado do poeta Francisco Marcelo Cabral, fundou em Cataguases a Revista Meia-Pataca (1948-1949). Em 1953, lança seu primeiro livro, Algum dia (Hipocampo Editora, Rio de Janeiro). Ao longo dos anos, surgem vários outros títulos, todos de poesia: Entretempo, Dialeto do Corpo, Água polida, 50 poemas escolhidos pelo autor, Os bichos da Vó, Prefácio de Vida. Publicou também inúmeros poemas e ensaios críticos em suplementos e revistas literárias, do Brasil e de Portugal. Membro do Pen Clube do Brasil-RJ, da Associação Nacional de Escritores e da Academia de Letras do Brasil, Lina é poeta premiada pela União Brasileira de Escritores – UBE-RJ.
Outros Comentários Lina Tâmega Peixoto já recebeu várias e elogiosas correspondências de poetas e críticos abordando o livro "Entre Desertos": Veja a seguir.
"Ler um livro de Lina requer tempo. Não o tempo normal que se gasta para leituras cotidianas, mas um tempo para se concentrar mais, pois ele exige do leitor mais do que a fruição de palavras que vão puxando palavras. Seu discurso requer um silêncio dentro desse tempo para se buscar, na memória de poemas já lidos, algo que nos favoreça e possa tirar do doce deleite de leitor desavisado". Joaquim Branco (poeta e crítico, Cataguases).
"Lina, teu lirismo é o oásis a brotar entre desertos da solidão e dos vazios humanos. E brota graças ao manancial das águas que percorrem as páginas do teu livro, contraponteando a secura e aridez das areias. Lá está o refrão de ressonância medieval: Ai minha barca navega/ tonta e formosa de lágrimas/ que são dos olhos o mar! No belíssimo poema em que desponta a pungência da solidão, sinto-me só, leio: pediram-me chuva no deserto/ como se fosse um seio/ a amamentar as águas. Acho visceral essa simbologia no percurso do livro, pela coerência que mantém com o conjunto e com o título. Água é amor e vida. Possivelmente, o grande momento poético do conjunto é Portugal, cuja estrofe de abertura é de beleza ímpar. O final também é de alto nível e há versos inspiradíssimos como os séculos guardados em álbuns de retratos. Quero repetir contigo: somente a unção da escrita/ suporta o mundo/ em suas obscuras e intuitivas razões. Astrid Cabral (poeta e ensaísta, Rio de Janeiro).
"Querida Lina: Recebi e agradeço o seu belo livro Entre Desertos. Que fina poesia a sua, tecida com os nomes da vida, com o aroma das romãs e os fios de acácia. Amo a ideia de ermo. De um Deus que colocará caminhos no deserto e rios no ermo. Naquela casa com andorinhas de louça nos beirais das janelas e flores de organdi na jarra, onde a unção da escrita suporta o mundo, eu gostaria de morar. Seus temas me comovem e são também meus: o tempo, a finitude, a velhice (aquela que põe buquês de amora no rosto dos velhos) a natureza morta das frutas e objetos". Raquel Naveira (poeta e crítica, São Paulo).
"Lina: Os poemas são belíssimos, muitos deles com imagens inusitadas, mas que, uma vez lidas, formam um sentido exato e transcendente. O livro está muito bonito. É uma obra difícil, não se trata de poesia digestiva. Não há como pegar o seu livro e ler apenas uma ou duas horas, como se dá com a maioria das oras que circula por aí, até mesmo de poetas renomados. É um texto denso, que exige vagar, um texto mesmo para se meditar, tal como se faz quando se anda num deserto, o indivíduo sujeito a delírios e precisas imprecisões, como se dá sempre que se arrebenta com o convencional e se leva a mente aos extremos das possibilidades e da imaginação". Ricardo Alfaya (poeta, Rio de Janeiro).
"Minha cara Lina Tâmega: Depois de ler e reler Entre Desertos – a mais requintada de suas obras – concretizada nas múltiplas revelações do seu estro para a refinada dicção poética, ocorria-me um gesto lúdico, toponímico, de situá-la no mapa dos melhores criadores da manifestação lírica do país. Os poemas contidos em Entre Desertos se notabilizam pela riqueza metafórica com que o arquétipo das perdas e o das saudades das origens assediam o impulso criador. Além do mais, o conhecimento acumulado ao longo da existência monitora as soluções expressivas, qualificando a autora e despertando a admiração e o aplauso dos leitores". Fábio Lucas (crítico literário, São Paulo).
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Policiais militares de Cataguases, com apoio da equipe de inteligência da PM prenderam, por volta das 22 horas desta quarta-feira, 30 de julho, o autor do disparo que levou à morte Luiz Fernando Augusto, de 25 anos idade, ocorrido na manhã do mesmo dia, na entrada do Bairro Pouso Alegre, na mesma cidade.
Jhonatam Segundo Santiago, de 28 anos, foi encontrado escondido em um sítio localizado na estrada antiga Cataguases/Itamarati de Minas. A arma usada por ele para atingir seu oponente não foi encontrada e, de acordo com depoimento prestado ao delegado de plantão, em Leopoldina, ele a teria jogado no leito do rio Pomba.
Natan Carioca, como é conhecido, contou saiu de casa pela manhã para ir à padaria e no caminho encontrou com Luis Fernando com quem se desentendeu. Ainda de acordo com ele, a vítima trazia nas mãos uma faca e teria se dirigido em sua direção com intenção de atacá-lo e, para se defender, efetuou o disparo, fugindo em seguida. Ele foi levado para a delegacia de plantão em Leopoldina onde após prestar depoimento teve o flagrante ratificado e vai aguardar o julgamento no presídio em Cataguases. Participaram da operação os policiais cabos Onéias (que não está na foto) e Alexssandro, e os soldados Cássio e Jean Pierre, além dos sargentos Sílvio e Vagner, do setor de Inteligência da PM. {{banner-interno}}