Especialistas alertam no Dia Mundial do Diabetes, lembrado hoje, 14 de novembro, que o excesso de peso e o sedentarismo são as principais causas do diabetes tipo 2, que atinge 90% das pessoas com problemas em metabolizar a glicose. De acordo com a Federação Internacional do Diabetes, existem hoje 12 milhões de diabéticos no Brasil e 5 mil novos casos são diagnosticados por ano.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, João Eduardo Salles, desfaz o mito de que só os doces contribuem para o diabetes. "Não é o fato de comer doce que leva ao diabetes, é sim o fato de engordar e ser sedentário, independentemente de comer doce. Se está engordando o risco de diabetes é maior", ressaltou Salles, ao acrescentar que com a idade o risco aumenta. Quem tem muita gordura concentrada na barriga também deve ficar atento e fazer exames, pois este é outro fator de risco. Nesta sexta-feira, a entidade promove ações de conscientização em todo o país.
Segundo o especialista, o diabetes é uma das maiores causas de cegueira, de insuficiência renal, além de aumentar em até quatro vezes o risco de doenças cardiovasculares. "Quem se cuida não tem estas complicações", frisou Salles.
Os alimentos são digeridos no intestino e parte deles se transforma em açúcar (glicose), que é enviada para o sangue para se transformar em energia. Só que para tranformar a glicose em energia, o organismo precisa de insulina, uma substancia produzida nas células do pâncreas. No diabético, a glicose não é bem aproveitada pelo organismo devido à falta ou insuficiência de insulina, o que causa o excesso de glicose no organismo, a hiperglicemia.
O diabetes tipo 1 ocorre quando o corpo não produz insulina, enquanto a do tipo 2 se dá nos casos em que há produção da insulina, mas em quantidade insuficiente ou quando ela não é processada pelo organismo de forma adequada.Enquanto o diabetes é uma doença crônica sem cura, o pré-diabetes é um estágio anterior da doença em que ainda há como reverter o quadro. "[Isso] ocorre quando os níveis de açúcar no sangue já estão acima do considerado normal, mas a reversão do quadro ainda é possível, por meio de mudanças no estilo de vida, o que inclui adotar uma alimentação mais saudável, deixar de fumar e praticar exercícios físicos de forma regular", explicou a gerente científica do Negócio Nutricional da Abbott, Patrícia Ruffo. Quem faz exames periódicos de glicemia pode constatar antes o pré-diabetes e se esforçar para reverter o caso e assim evitar a doença, que não tem cura.
Levantamento feito em parceria entre a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Abbot, empresa de saúde global que conduz pesquisas e desenvolve produtos para a área, apontam que 45% da população não sabem que práticas como o controle de peso e exercícios regulares podem ser parte do controle tanto do pré-diabetes quanto do diabetes. "A falta de informação preocupa, já que o pré-diabetes é uma condição que permite a reversão do quadro a partir de medidas simples no cotidiano", avaliou Patrícia.
Estudos da Associação Americana de Diabetes mostram que uma pessoa pode reduzir as chances de desenvolver o diabetes tipo 2 em 58% dos casos, ao perder 7% do seu peso corporal e fazer 30 minutos de atividades físicas diariamente. Enquanto isso, a pesquisa da SBD com a Abbott mostrou que a mudança de alimentação é o passo mais difícil de ser incorporado à rotina para 60% das pessoas entrevistadas, mas é também o mais importante para o controle da doença e do pré-diabetes, na opinião dos médicos.
Segundo João Eduardo Salles, o tratamento da doença é baseado em uma mudança de estilo de vida. "Perder peso, fazer exercício e comer adequadamente", lista ele. Além disso, o uso correto e continuo dos medicamentos é essencial, quando necessários. " A maioria das pessoa começa a tomar o remédio e para. Diabetes não tem cura, mas tem controle, mas as pessoas não podem deixar de tomar os medicamentos. Tem que tomar o medicamento a vida toda e ser acompanhado pelo médico a vida toda."{{banner-interno}}
Dentro da Programação do Novembro Azul, mês dedicado à conscientização para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o Hospital do Câncer de Muriaé da Fundação Cristiano Varella promove o 1º Passeio Ciclístico + Saúde.
O evento acontece no domingo 23 de novembro à partir das 17h e a concentração será na Casa de Apoio, localizada atrás do hospital. Em seguida os ciclistas darão a volta na Fundação e na Faminas e retornam à Casa de Apoio onde acontece um Lual.
Os interessados em participar devem fazer suas inscrições no Setor de Humanização do HCV, portaria principal do Bloco II, na Casa de Apoio, ou nas academias parceiras, Valéria Bruno e Área Vip. A taxa é R$10,00, os inscritos ganham uma camiseta e a renda será revertida para a compra de estantes para a biblioteca da Casa de Apoio.
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O escritor cataguasense Luiz Ruffato lança, nesta segunda-feira, 17, seu novo romance, "Flores Artificiais". Reconhecido como um dos mais talentosos de sua geração, ele, que publicou sua primeira obra no cenário nacional em 1998, com "História de Remorsos e Rancores", recebeu os aplausos da crítica especializada três anos depois com seu premiadíssimo "Eles eram muitos cavalos".
O lançamento de "Flores Artificiais", da Companhia das Letras, será uma oportunidade para o público cataguasense estar em contato com um de seus nomes mais representativos da literatura e marcará a reinauguração da livraria Casa do Livro, agora sob a administração do empresário William Carvalho. O lançamento será a partir das 18 horas.
Flores Artificiais (foto abaixo) é, na verdade, um livro dentro de outro livro, porque são as história contadas por um engenheiro, Dorio Finetto, e escritas por ele, que foram enviadas ao escritor Luiz Ruffato. Partindo de um esqueleto ficcional, Ruffato – o autor, e não o personagem do próprio livro – irá embaralhar as fronteiras entre ficção e realidade, sem jamais perder de vista a força literária que é a grande marca de sua obra.Aclamado pelo público e pela crítica nacional e internacional, Ruffato é colunista do jornal espanhol El País e suas obras vêm sendo levadas para palcos e telas de cinema, como o longa-metragem "Redemoinho" que está sendo rodado em Cataguases, e que conta em seu elenco com nomes como Dira Paes, Cássia Kiss e Júlio Andrade.
Na oportunidade, Ruffato lançará também seu primeiro livro de crônicas, "Minha primeira vez", da Arquipélago Editorial. A obra revela o olhar memorialístico do escritor que eterniza os tempos difíceis da infância em Cataguases, os voos de bicicleta, o pai pipoqueiro e a mãe lavadeira, a doçura e o choque das primeiras descobertas, a juventude como torneiro-mecânico, os primeiros passos como jornalista e o início da paixão pela literatura, são os temas desta sua primeira investida no mundo da crônica que, a exemplo do romance, Ruffato, o faz com o mesmo talento.
A livraria Casa do Livro fica na Av. Astolfo Dutra, 25, centro de Cataguases.
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A abertura oficial do Natal Iluminado será neste sábado, 15, às 19h30 na Praça Chácara Dona Catarina. O evento contará com a apresentação da Banda de Música Rogério Teixeira, chegada do Papai Noel e o espetáculo teatral "Surpresas de Natal" do Grupo TOCA. O Natal Iluminado tem o objetivo de encantar e sensibilizar a população para a data natalina, fomentar o comércio e alavancar o turismo no município, sendo realizado do dia 15 de novembro ao dia 6 de janeiro de 2015. Entre as novidades deste ano estão a iluminação da Avenida Astolfo Dutra (do bar do Goiaba ao Museu da Energisa); concursos de presépio, residência iluminada e fotografia; sorteio de prêmios; palestra para funcionários e lojistas e uma campanha social, que arrecadará brinquedos para as crianças dos distritos de Cataguases. Cerca de 70% do investido será adquirido de fornecedores locais. Segundo o presidente da CDL, Humberto Lanzieri, a realização do projeto só está sendo possível com o apoio de instituições, empresas, e lojistas da cidade, que se uniram com o objetivo de promover um cenário de beleza, harmonia e prosperidade para Cataguases. O projeto é uma realização da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cataguases e da Secretaria de Cultura e Turismo com o patrocínio oficial da Energisa e co-patrocínio da Sicoob Coopemata, parceria da Associação Comercial e Industrial de Cataguases (ACIC), Sindicato do Comércio, Sindicato dos Comerciários, Equiplastic, Damata Bebidas, Gentte S.A., Mezzo, Casa Mattos, Supermercado Morais e o apoio da Câmara Municipal e de diversas lojas do município. Confira a programação completa dos eventos que tradicionalmente ocorrem na cidade nesta época.{{banner-interno}}
São João Nepomuceno vive um momento de crise e de incertezas. A cidade, que fica a 56 Km de Cataguases (passando por Itamarati de Minas) conhecida como polo da moda e cuja economia está centralizada basicamente nas dezenas de confecções que produzem roupas até para marcas famosas vive, talvez, sua pior fase dos últimos quinze anos. A situação é preocupante porque, às vésperas do Natal, quando a produção deveria estar em seu ponto mais alto, o que se vê são empresários reclamando queda nas vendas e reivindicando melhorias para o setor. O declínio no setor começou depois da Copa do Mundo, quando iniciaram as demissões, época em que normalmente aumentam as contratações. O repórter Kadu Fontana, produziu a reportagem especial - com exclusividade - para o Site do Marcelo Lopes.A situação do polo de confecções em São João Nepomuceno, para o prefeito Célio Ferraz, o Balainho (foto ao lado), é melhor hoje do que no passado. Otimista, ele diz que "o pior já passou". Na sua visão, não é apenas o setor de confecções que passa por dificuldades, salientado que o município tem "uma mão de obra super qualificada" e que pela sua experiência administrativa e política acredita que "rapidamente esta situação será revertida". Balainho lembra que nas suas administrações anteriores ele trouxe para o município um escritório do SEBRAE e promoveu o Arranjo Produto Local (APL) acrescentando que se estas iniciativas não tiveram o sucesso esperado foi "por desunião do empresariado da cidade", para ele a principal causa da atual situação econômica por que passa o município.
O prefeito, no entanto, manifesta outra preocupação, considerada por ele, mais grave. "Aqui nós temos uma dificuldade enorme de trazer novas indústrias de outras setores, especialmente, por causa da localização geográfica da cidade, distante das rodovias federais". O Secretário Municipal de Desenvolvimento, Renato Filgueiras, segue a linha otimista do prefeito. Ele diz que vem tentando formar novas parcerias para impulsionar o setor de confecção, dizendo, porém, não estar encontrando "receptividade por parte da Associação Comercial e do CENTERMODA (associação de lojistas daquela cidade). Renato vislumbra outra vertente para o desenvolvimento local: o de marcenaria. "Este setor pode desafogar quase noventa por cento dos trabalhadores que hoje atuam nas confecções", disse.O presidente do Sindivest, José Roberto Schincariol (foto ao lado), que também é diretor da FIEMG, contesta o prefeito e garante ter sido a entidade que integra quem trouxe para São João Nepomuceno o SEBRAE e o APL. De acordo com ele, "o projeto está em pleno vapor e que a alegação de que São João está fora da rota geograficamente não serve de desculpa, pois o Aeroporto Regional está muito próximo". Schincariol pede uma mudança de mentalidade do poder público que, segundo ele, "segue a mesma linha há mais de vinte anos". Por fim, ele prevê aumento do desemprego caso a taxa de juros básica (SELIC) seja elevada pelo governo federal. "Se isso acontecer haverá aumento acentuado no desemprego em janeiro e fevereiro em nossa cidade e somente os que possuem reservas terão condições de superar a crise", finalizou.
Outro conceituado empresário, Luiz Henrique de Castro (foto), foi mais contundente em sua análise sobre a crise nas confecções de São João Nepomuceno. Ele critica a desunião dos empresários do setor e culpa também o governo federal a quem pede uma "mudança de mentalidade". Para Luiz Henrique, que é presidente do Centermoda e vice-presidente do Sindivest, se a situação continuar como está, "num espaço de poucos anos São João Nepomuceno não será mais referência como indústrias de confecções, porque hoje ela já se tornou uma cidade mais faccionista do que confeccionista", afirmou. Ele justifica sua opinião lembrando que neste mês de novembro sua empresa está quase "sem pedidos" como outras empresas do ramo. Luiz Henrique diz que a saída está em investir no "setor de turismo como opção para gerar mais empregos, caso contrário o boom de desemprego é iminente".
Por fim, o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e Confecções, Sebastião Sérgio Rodrigues (foto), revela sua apreensão com o momento. Para ele é hora de "reflexão pois tivemos um aumento significativo nas rescisões contratuais", sugerindo aos trabalhadores moderação nos gastos. "Segurem as despesas desnecessárias neste final de ano porque acredito que somente depois de março poderá haver melhoria na realidade econômica de nosso município", aconselha Sebastião. A preocupação dele, neste momento, é com a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria que ocorre em janeiro. "Teremos dificuldades para se chegar a um denominador comum", prevê. (Fotos: Kadu Fontana)
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