A Câmara Municipal de Cataguases realizou longa sessão ordinária na noite dessa terça-feira, 24, contando com momento de homenagens, dois pronunciamentos no Grande Expediente que, por força da inversão da Pauta, abriram os trabalhos logo após a entrega das Moções de Congratulações. A prestação de contas do quarto quadrimestre de 2014, que seria realizada às 17 horas por representantes do Poder Executivo, foi adiada por problemas de saúde do Secretário Municipal de Finanças, Paulo Sérgio Ferreira de Souza, o Paulete.Das mãos dos vereadores Fernando Rodrigues do Amaral e Paulo Sérgio Ribeiro Ventura, pela conquista da presidência da Associação do Bairro Ibrahim Mendonça e Iracema, Cláudio Silva do Nascimento recebeu Moção de Congratulação. Em seguida, o vereador Serafim Couto Spíndola, da mesma forma, homenageou Dácio Gomes de Oliveira, pelos 12 anos de relevantes serviços prestados à população de Cataguases como despachante previdenciário. O vereador Antônio Batista Pereira também entregou Moção de Congratulação, concedendo-a ao atleta de artes marciais Patrick Coutinho, pelas grandes vitórias que vem conquistando em sua carreira e incentivo ao esporte.
Com pauta invertida, a reunião ordinária adiantou o Grande Expediente que teve a participação de Oder Ferreira e Fábio Caetano, os quais, respectivamente, abordaram assuntos relacionados a transporte coletivo e meio ambiente, pedindo apoio aos vereadores da Casa em prol das causas que defendem. Como presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da região, Oder destacou que o aumento do preço do combustível ameaça os serviços de transporte coletivo em Cataguases. Por isso, solicitou aos vereadores que criem uma forma para que o município conceda subsídios às empresas de ônibus, de modo que os reajustes dos preços não sejam repassados à população.Aproveitando a oportunidade, Oder, que é proprietário da Viação Bonança, revelou que a empresa acaba de adquirir cinco novos ônibus com acessibilidade, para melhor atender à população. Segundo ele, o investimento vai custar cerca de R$1,5 milhão e será pago através de financiamento com o BNDES. Antes de finalizar, o empresário também pediu aos vereadores para que analisem com cuidado as matérias que objetivam criar outros serviços de transporte no município, revelando que "os empresários de ônibus não são contra a criação, mas acreditam que é preciso fazer um estudo de impacto econômico para não se criar uma nova atividade e acabar com outra que é essencial para o município", analisou.
Fábio, na condição de biólogo, membro da ONG Pacto Ambiental e conselheiro do CONDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), pediu aos vereadores não permitirem que a eleição da mesa diretora daquela entidade aconteça antes da atualização da legislação que aguarda votação naquela Casa. Ele comemorou a conquista na Justiça de liminar contra a Copasa e, por fim, falou sobre as atividades de mineração que podem ocorrer em áreas próximas às nascentes do Ribeirão Meia Pataca, nas localidades do distrito da Glória. O biólogo ressaltou que, para impedir a mineração, o prefeito Cesinha Samor pode baixar decreto de criação de Unidade de Conservação. "Isso se for interesse da comunidade da Glória", destacou, sugerindo em seguida a realização de uma audiência pública sobre o tema para conhecer a opinião popular.
O atleta Patrick Coutinho recebeu uma Moção de Congratulação por sua atuação no esporte.
Outro homenageado foi Dácio Gomes de Oliveira, por seus serviços prestados como despachante previdenciário.{{banner-interno}}
Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público do Estado de Minas Gerais e o Município de Cataguases determinou que o prefeito Cesinha Samor, a partir de 30 de abril deste ano, terá que pagar a remuneração dos agentes públicos municipais até o dia 11 subsequente ao mês vencido. O documento também obriga o chefe do Executivo a efetuar "o pagamento da primeira parcela (metade) da gratificação natalina" dos servidores até o "dia 30 de julho e a segunda parcela até o dia 20 de dezembro de cada ano".
A decisão judicial foi tomada depois que o SINSERPU (Sindicato dos Servidores Públicos das Prefeituras de Cataguases, Astolfo Dutra, Santana de Cataguases, Itamarati de Minas e Dona Euzébia) apresentou denúncia ao Ministério Público sobre atrasos dos salários que vem ocorrendo há vários meses, causando enorme transtorno e constrangimento aos servidores.
Depois de tomar conhecimento da situação, a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Cataguases considerou vários aspectos para justificar o TAC, revelando que "o atraso no pagamento dos vencimentos dos servidores provoca, além do natural constrangimento, prejuízo à economia da própria cidade, já que é notório que em municípios como o de Cataguases, a fonte de renda da maioria da população acaba sendo influenciada, direta ou indiretamente, pelos recursos e consumo dos servidores públicos municipais".O Ministério Público também observou que o município vem recebendo regularmente aporte de recursos para fins de adimplemento de suas despesas com pessoal e destacou que a legislação vigente exige "a gestão planejada das contas públicas, figurando o pagamento dos servidores como despesa obrigatória de caráter continuado, possuindo prioridade na ordem de pagamento das despesas ante sua natureza de verba alimentar".
Caso esse TAC seja descumprido, o prefeito municipal (foto ao lado) terá de pagar multa de mil reais por cada dia de atraso nos pagamentos e, conforme revela o texto desse Inquérito Civil Público, o Ministério Público, com auxílio da sociedade e das autoridades públicas competentes, fiscalizará as obrigações firmadas.
No fim de 2014, em entrevista exclusiva à reportagem do Site do Marcelo Lopes, Cesinha disse que os atrasos no pagamento dos salários se devem ao excessivo número de contratados no quadro de funcionário da Prefeitura Municipal e revelou que a situação deverá ser normalizada a partir de março deste ano.{{banner-interno}}
A Vigilância Sanitária (VISA) de Leopoldina vai realizar seu 1º Circuito Educativo, com intuito de contribuir para que os estabelecimentos dos segmentos alimentícios do município possam oferecer produtos em boas condições sanitárias à população.
O primeiro evento nesse sentido acontece nesta quarta-feira, 25 de fevereiro, às 20h, no Auditório da Associação Comercial e Industrial de Leopoldina, onde Josete Amadeu, mestre em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados, ministrará comunicação a respeito das "Boas práticas de manipulação e fabricação de alimentos nos serviços de padaria", na presença dos profissionais do ramo.
De acordo com a coordenadora da VISA de Leopoldina, Letícia César Ferreira, o município tem 48 panificadoras/padarias e, dessa forma, existe a necessidade de capacitação dos trabalhadores desses estabelecimentos.
"Em nossas visitas, diagnosticamos uma necessidade de oferecer subsídios para os profissionais que trabalham no setor se aprimorarem e colocarem em comercialização produtos manuseados e armazenados em acordo com as normas vigentes, não acarretando nenhum prejuízo à saúde de seus clientes", destaca a coordenadora municipal da VISA.
A secretária de Saúde de Leopoldina, Lúcia Gama, enfatiza que a intenção da proposta é sair da zona de conforto, que é a de simplesmente fazer cobranças e aplicar punições aos estabelecimentos. Segundo ela, quando se ensina aos profissionais a maneira correta de se trabalhar, todos saem ganhando, principalmente os consumidores, que são a principal preocupação.
Com informações do site do Jornal Leopoldinense{{banner-interno}}
A Copasa, empresa responsável pelo abastecimento de água e que está executando as obras para a coleta e tratamento do esgoto sanitário em Cataguases, acaba de sofrer duas derrotas parciais na justiça. A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais no município, através dos defensores públicos, Eliana Maria de Oliveira Spíndola, Davi Cleriston Campos Pereira e Bruno Meireles Jardim, conseguiu duas liminares, sendo uma referente às obras que realiza na cidade e outra para que aplique 0,5% de sua receita operacional nos programas ambientais do município, para fins de recuperação e preservação das microbacias do Meia Pataca e Sinimbu.A primeira Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública foi motivada pela qualidade do serviço prestado pela Copasa e a empreiteira por ela contratada - Infracon Engenharia e Comércio Ltda - para realizar o trabalho nas ruas que vão permitir o tratamento do esgoto sanitário. Também consta como réu no referido processo o município de Cataguases que, conforme relata a Ação Civil, é o responsável pela fiscalização das obras. De acordo com o contrato firmado entre a Copasa e o Município de Cataguases, cláusula 2, inciso "d", "o município deve exigir que a Copasa refaça obras defeituosas, imperfeitas ou em desacordo com projetos básicos ou executivos". O juiz responsável pelo processo, Edson Geraldo Ladeira, destacou em sua sentença ser "direito dos usuários receber serviços em condições adequadas".
Eliana Spíndola, lembra que desde o início das obras pela Copasa as reclamações sobre a qualidade do serviço "aumentam a cada dia o que motivou uma providência desta Defensoria. Agora, conquistamos as duas primeiras vitórias e é preciso que a população continue denunciando e orientando à empresa para que faça o serviço direito e de forma correta", salientou aquela defensora pública. Dentre os problemas citados na Ação Civil Pública percebidos com mais frequência pela população estão: "atraso na entrega do serviço"; "recolocação de calçamento com desníveis na pavimentação"; "falta de adoção de medidas de proteção ao pedestre" e "execução de serviços de má qualidade", destacou Eliana lembrando que todos estes problemas estão relatados no processo.
Em sua decisão, o juiz Edson Geraldo Ladeira, titular da Segunda Vara da Comarca de Cataguases, decidiu ser "necessário que as obras das duas empresas satisfaçam o que foi estabelecido no contrato e respeitem o cidadão cataguasense, adotando medidas preliminares de informação e orientação a respeito das obras que serão realizadas. Também devem promover medidas de isolamento das obras, boa sinalização e, principalmente, a plena recuperação das ruas e avenidas por onde foram abertos grandes buracos, valas, etc". Aquele magistrado ressaltou ser "público e notório que as obras que a Copasa vem realizando nesta cidade estão acabando com as vias públicas da cidade". E enfatizou: "Além de mudarem as características das pavimentações para pior, estão provocando, em tese, acidentes e revolta de toda a sociedade local"
Edson Resende afirma que por onde a Copasa e a empreiteira contratada "vêm passando com suas obras, estão, em tese, deixando um rastro de irregularidades". (...) "As duas empreas não estão conseguindo restabelecer as condições da pavimentação anterior" e (...) "os serviços são executados, em tese, de forma apressada e sem qualidade", acrescentando que as fotografias constantes do processo "exemplificam essas supostas irregularidades", escreveu aquele juiz em sua decisão. Por fim determinou que as empresas restabeleçam "a pavimentação de todas as ruas e avenidas afetadas com as obras, no prazo de sessenta dias (...) sob pena de multa diária de R$10 mil". Ele também determinou que o Município fiscalize as obras salientando que este trabalho "infelizmente não vem ocorrendo, pelo menos aparentemente, por conta das condições em que as ruas e avenidas vêm sendo devolvidas ao cidadão cataguasense". Caso seja necessário aquele juízo "nomeará profissional competente para confirmar ou não o pleno restabelecimento da pavimentação do local".
A segunda liminar concedida pela justiça contra a Copasa determina àquela empresa a aplicar 0,5% do valor total da receita operacional apurada desde 1997 em atividades relacionadas à preservação das microbacias do Município de Cataguases. A Ação Civil Pública foi movida pela Defensoria Pública de Cataguases após denúncias apresentadas pela ONG Pacto Ambiental que atua no município. De acordo com o processo, o artigo 2º da lei estadual número 12.503 de 1997, determina a aplicação do percentual na preservação da bacia hidrográfica explorada.
Em sua decisão o juiz titular da Segunda Vara Cível da Comarca de Cataguases, Edson Geraldo Ladeira, acolheu o pedido de impor à Copasa a obrigação de investir "o equivalente a 0,5% de sua receita operacional, apurada no exercício de 2014, na proteção e preservação ambiental das microbacias do Meia Pataca e Sinimbu". Aquele magistrado ressalta que a resposta da Copasa sobre a aplicação deste recurso "não demonstrou nem tampouco foi convincentes em suas declarações" e disse, ainda, que esta medida "se revela necessária e urgente, face à atual crise hídrica pela qual nosso Estado vem atravessando"
Logo a seguir, Edson Ladeira decidiu que "deverá a ré, em trinta dias, juntar ao feito os demonstrativos de resultado, que possam demonstrar sua receita operacional do exercício de 2014. E no mesmo prazo, deverá juntar o cronograma, relatório e programa de destinação do percentual de 0,5% sobre a receita operacional de 2014 nas microbacias do Meia Pataca e Sinimbu, deste Município de Cataguases". Ele determinou ainda que a Defensoria Pública e o Município de Cataguases acompanhem e fiscalizem a aplicação dos recursos na forma acima determinada", finalizou aquele magistrado.
A Copasa poderá recorrer das duas decisões.
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Nesse fim de semana, a Companhia Suspensa realizará, em Cataguases, duas apresentações de seu mais novo trabalho, intitulado "1-p/3". A estreia acontecerá na sexta-feira, 27, no Centro Cultural Humberto Mauro, e no sábado, 28, o Ponto de Interação Nas Artes (PINA), no bairro Guanabara, será o palco do espetáculo que terá entrada gratuita e começará a partir das 20h em ambas as datas.
Composta por Lourenço Martins Marques, Patrícia Manata e Roberta Manata, a Companhia Suspensa possui 14 anos de trajetória e tem a proposta de investigar o corpo em condições aéreas, geralmente conectado a objetos, cordas ou aparelhos, de modo a expandir as possibilidades de experimentação a partir da derivação de elementos oriundos da dança, do circo e do teatro. Depois de um histórico marcado por projetos coletivos, os integrantes da Companhia Suspensa, nesse novo espetáculo, apresentam 3 solos/instalações/performances: Aguaviva, Voluntário e Confinamento. Eles são resultados da necessidade que Lourenço, Patrícia e Roberta sentiram de explorar a singularidade de seus repertórios corporais, no sentido de reconhecer o que é da natureza de cada corpo.
Assim as apresentações de "1-p/3" partem das diferenças de movimentação e modos de construção de seus três integrantes, sem se esquecer de que aquilo que foi construído coletivamente não pode ser apagado. O trabalho é resultado da colaboração dos integrantes da Companhia Suspensa sob a orientação da dramaturgista Rosa Hercoles. (Redação final de Paulo Victor Rocha){{banner-interno}}