Em 20/08/2012 às 09h18 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Na Colômbia, governo promete indenizar até dezembro 170 mil agricultores vítimas de violência

55 mil vítimas da violência no país receberam inde

55 mil vítimas da violência no país receberam inde

Download Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que de janeiro a julho deste ano mais de 55 mil vítimas da violência no país receberam indenizações. Segundo ele, a meta é atender a mais 115 mil pessoas, totalizando 170 mil apenas neste ano. Santos se refere especificamente às vítimas do campo que são enquadradas na Lei de Vítimas e Restituição de Terras
Na Colômbia, muitos agricultores se sentem pressionados a abandonar suas terras devido à ação dos grupos guerrilheiros e dos narcotraficantes que querem usar as áreas para plantio ilegal
"O processo envolve muito mais do que apenas a reparação, por isso é bom lembrar que foi aberto em Bogotá o primeiro Centro Regional de Atenção às Vítimas, que há 63 pontos de atendimento em nível nacional e também há um sistema de ligação gratuita [para denúncias]”, disse o presidente, de acordo com informações da Presidência da República da Colômbia
Segundo Santos, as indenizações também serão pagas para os agricultores expropriados de suas terras. De acordo com com ele, o governo recebeu mais de 18,5 mil pedidos referentes às terras abandonadas, que correspondem a 1,5 milhão de hectares em todo o país
Santos disse ainda que está empenhado em garantir um “futuro de paz, progresso e igualdade para a Colômbia”. "Um país ferido, como o nosso, por tanto anos e décadas de violência sem sentido, de espancamentos entre irmãos, tem de percorrer o caminho da reconciliação e do reconhecimento para a compensação de suas vítimas. É uma obrigação moral e uma necessidade que o nosso governo prometeu encontrar", acrescentou
Pela legislação colombiana, o governo terá até dez anos para atender a todas as vítimas que pedem reparação. O presidente disse que o prazo é possível. Segundo ele, a prioridade é atender aos pedidos que aguardavam resposta do governo, com base na antiga lei, incluindo as pessoas com deficiência, as mães solteiras com filhos dependentes e idosos
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