Os médicos que atendem na Casa de Caridade Leopoldinense paralisaram suas atividades por não estarem recebendo as parcelas referentes ao sobreaviso. A informação foi dada ao Jornal Leopoldinense, parceiro do Site do Marcelo Lopes, por um dos líderes do movimento que preferiu manter-se no anonimato. Ele acrescentou que todos os setores daquele hospital que necessitam da intervenção do médico estão paralisados.
Segundo a mesma fonte, os casos de emergência estão sendo encaminhados para outras cidades da região por meio do Programa SUS Fácil após passarem por triagem pelo Pronto Socorro Municipal e que funciona nas dependências da Casa de Caridade, mediante convênio firmado com a Prefeitura daquela cidade.
O advogado daquele hospital, Eurico Reis Ferreira, informou que a direção da entidade tomou conhecimento da paralisação de forma "extra-oficial" na manhã desta quarta-feira, 1º, por meio do diretor clínico Tarcísio Andrade Júnior. Ele negou, no entanto, que o hospital tenha recebido um comunicado oficial. Eurico acrescentou que o Provedor da Casa de Caridade, José Valverde Alves viajava a Belo Horizonte naquele dia e quando retornasse iria analisar o caso para ver quais providências tomar.
O presidente da Associação Médica de Leopoldina, Delano Carlos Carneiro, divulgou nota sobre o movimento em que nega a existência de uma paralisação, mas sim o desligamento dos médicos da escala de plantão. Ou seja: Os médicos que até aquela data se revezavam no serviço de plantão daquele hospital não vão continuar realizando este trabalho o que deixa aquela entidade sem plantonista.
Leia a Nota Oficial da Associação Médica de Leopoldina:
"Dia 01 de agosto de 2012, enquanto presidente da Comissão de Ética da Casa de Caridade Leopoldinense, participei de uma reunião, no Salão Nobre da CCL, entre o Diretor Clínico da entidade e médicos que integram a escala de "Plantão de Sobreaviso" ou "Plantão à distância", os quais após decisão assemblear, decidiram não mais integrar tal equipe, desobrigando-se, portanto, apenas de tal atividade. Registre-se: tal decisão não alcança os atendimentos em Urgência e Emergência. Portanto, não se decidiu pela paralisação dos médicos da CCL, os quais continuam prestando assistência aos pacientes que buscarem a Casa de Caridade Leopoldinense, notadamente, os do SUS, que constituem a maioria dos atendidos".
Dr. Delano Carlos Carneiro - Presidente da Associação Médica de Leopoldina e Presidente da Comissão de Ética da Casa de Caridade Leopoldinense.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE