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Há tempos que o pop nacional não é mais o mesmo. A cantora baiana Márcia Castro é prova viva dessa mudança de avaliação. Seu disco “De pés no chão” é todo composto por canções de grandes compositores, porém, pouco lembradas pelo grande público. O arrojo e a versatilidade desta cantora transformam essas canções “lado b” em verdadeiros clássicos. É ela quem estará no palco do Anfiteatro Ivan Müller Botelho neste sábado, a partir das 21 horas, em mais uma edição do Projeto Usina Cultural, que é produzido pelo dedicado Fausto Menta e tem patrocínio da Lei da Energisa através da Lei Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
Quatro anos após sua estreia em CD, a cantora baiana Marcia Castro lança o segundo álbum de sua carreira marcada por importantes realizações em um curto espaço de tempo. Desde que lançou o CD Pecadinho, em 2007, uma série de acontecimentos tem repercutido o nome da artista e ampliado a expectativa em torno do novo trabalho: foi indicada ao Prêmio TIM/2008 como “Melhor cantora de pop-rock” (ao lado de Fernanda Takai e Vanessa da Mata); se apresentou no importante Montreux Jazz Festival, na Suíça; acompanhou a argentina Mercedes Sosa em sua última turnê, com shows no Brasil, Alemanha, Itália e Israel; teve a música “Queda” incluída na trilha da novela Ciranda de Pedra, da Rede Globo; e fez gravações e participações em projetos junto a ícones da música brasileira como Tom Zé, Moraes Moreira, Luiz Melodia e Jards Macalé. Tudo isso, para ficar em poucos exemplos.
Marcia é inquieta e sua movimentação se reflete na quantidade e diversidade de parcerias que realiza, assim como na desenvoltura que apresenta ao trabalhar diferentes gêneros musicais, sempre imprimindo sua identidade de um modo que surpreende crítica e público.
Graduada na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, iniciou-se na música aos 16 anos. Em São Paulo, para onde se mudou em 2008, parece ter assimilado com maior intensidade o caráter cosmopolita da cidade. Desde então, fez residência artística no Timor Leste, uma turnê na Turquia e criou o projeto “Pipoca Moderna”, no qual promove um intercâmbio artístico com cantoras de diferentes Estados brasileiros (Maryana Aydar e Ana Cañas/SP, Rita Ribeiro/MA, Cláudia Cunha/PA e as conterrâneas Mariella Santiago, Marcela Bellas e Manuela Rodrigues) e até mesmo do exterior (caso da cabo-verdiana Mayra Andrade).
Em seu novo CD, De pés no chão, ela mistura um repertório ousado e inusitado que vai do clássico “Preta pretinha”, dos Novos Baianos, a raridades garimpadas em suas pesquisas sonoras, como “Catedral do inferno”, de Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, antes registrada somente pela cantora Marlene. O CD, produzido em conjunto por Guilherme Kastrup, Rovilson Pascoal e a própria Marcia, ainda apresenta composições de Tom Zé, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Rita Lee e dos contemporâneos Otto e Luciano Salvador Bahia, entre outros.
O maestro baiano Letieres Leite, responsável pela elogiada Orkestra Rumpilezz, assina os arranjos de sopros em quatro faixas. Entre as participações especiais encontram-se nomes de destaque da nova música brasileira, como Hélio Flanders (da banda cuiabana Vanguart), o violonista paulista Kiko Dinucci, a baiana Marcela Bellas e a carioca Thalma de Freitas, um time de respeito que faz parte da jovem e promissora cena musical da qual Marcia Castro faz parte.
Fonte: Assessoria de Comunicação da FCOJB
Foto: Virgínia de Medeiros
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