A Aids é uma doença que não tem cura e a prevenção
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Apesar do trabalho intenso de sensibilização realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, com campanhas periódicas, informando quanto às formas de contágio e prevenção à Aids, dezoito novos casos da doença foram notificados no município de janeiro a junho deste ano. O volume aponta um aumento de 157 por cento em relação ao mesmo período no ano de 2011 e foi divulgado pela coordenação do Programa DST/HIV/Aids no dia 26 de julho, quando a Praça Rui Barbosa foi palco de distribuição de panfletos, preservativos, gel lubrificante e toda informação pertinente ao problema. Durante todo o período da manhã, as pessoas que passaram pelo local foram orientadas para os cuidados em relação ao contágio pelo vírus HIV, e também esclarecida sobre a Aids, doença que matou no Brasil, no ano 2010, doze mil pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.
O Programa é coordenado pela enfermeira Tairises da Silva Roque e conforme explica, as informações sobre o assunto têm chegado regularmente às escolas, empresas e ambientes públicos por meio de palestras e campanhas educativas realizadas em datas festivas, ou comemorativas, como o carnaval, Dia Internacional da Mulher, Dia dos Namorados, parada gay, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, entre outras.
A contaminação pelo vírus HIV é oportunista e pode ocorrer durante uma relação sexual sem o uso de preservativos com pessoa infectada; compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis, dentre outras formas. A primeira ocorrência em Cataguases foi diagnosticada no ano de 1988, e de lá prá cá duzentos e seis casos foram notificados. “Isto sem contar com a subnotificação, ou seja, aquelas pessoas que possuem o vírus no organismo e ainda não sabem”, alerta Tairises.
Segundo estatísticas da Secretaria de Saúde de Cataguases, independente do sexo, os mais atingidos situam-se na faixa entre 20 e 49 anos de idade, e para vencer a batalha toda a rede de saúde está integrada, agindo no trabalho de prevenção. Neste contexto, as unidades de PSFs atuam como polos notificadores e o Centro de Testagem e Aconselhamento da Saúde oferece de forma gratuita e sigilosa, os exames para detecção do HIV.
Os portadores do vírus no município também recebem toda assistência médica e terapêutica, acompanhamento de um pneumologista, e ainda dispõem de agendamento de consulta nas especialidades médicas que forem necessárias. “Toda essa assistência vem alinhavada às ações de promoção da saúde, para que os pacientes possam ter uma melhor qualidade de vida”, assinala Tairises Roque.
Ela também explica que no ano passado o município registrou quatro óbitos masculinos e dois femininos, em razão de complicações trazidas pela Aids, enquanto que em 2012, até o mês de junho, Cataguases teve apenas uma morte decorrente do problema, “o que demonstra que se a doença for descoberta precocemente as chances de sobrevida são altas. A pessoa pode ter uma vida normal desde que faça de forma correta o tratamento”, explica a coordenadora do programa.
(Texto: Vera Maciel da Assessoria de Comunicação da PMC)
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