Em 27/07/2012 às 09h15 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Agricultores de Minas poderão obter em conjunto o licenciamento ambiental para irrigação

A partir de 2013 o novo sistema poderá ser utiliza

A partir de 2013 o novo sistema poderá ser utiliza

Download O licenciamento ambiental para irrigação das lavouras das propriedades rurais mineiras, a partir de 2013, poderá ser coletivo, tendo como referência as sub-bacias hidrógraficas do Estado. A informação é do gerente do Projeto Estratégico Irrigaminas pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Amarildo José Brumano Kalil. Ele diz que o novo sistema facilitará a expansão da área irrigada, principalmente nas regiões do Alto Paranaíba e Triângulo, onde é mais intensa a utilização das águas dos rios para a produção agrícola.
Os trabalhos para a implantação do novo modelo são desenvolvidos com a participação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de associações dos produtores dos Territórios de Agricultura Irrigada de Minas Gerais. Cada território é uma região geográfica delimitada por bacia hidrográfica, ou parte de uma bacia hidrográfica, tendo como base as Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH). Estão implantados em Minas os territórios das bacias do Paranaíba, Jequitinhonha e Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Amarildo informa que o novo licenciamento será utilizado a partir de sub-bacias onde já exista conflito pelo uso de água para irrigação. “Conflito, neste caso, é a situação criada quando a demanda pelo uso da água supera a disponibilidade estabelecida, que atualmente é de 50% da vazão de referência”, explica Kalil. “Cada sub-bacia reúne entre 50 e 100 propriedades rurais, por isso é fundamental a intermediação de uma associação de produtores em cada área”, enfatiza.
Caracterização das áreas
Após a seleção de cada sub-bacia, será feito o levantamento de suas características com base em estudos locais e por intermédio de informações existentes nos bancos de dados públicos e privados da área em estudo. Os trabalhos nesse estágio ficarão sob a responsabilidade da associação de produtores com apoio da Emater-MG e da Ruralminas, vinculadas à Seapa, da Semad e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
De acordo com o gerente, o objetivo é identificar as potencialidades, limitações e o uso atual do solo, além de verificar a disponibilidade de água nas sub-bacias. “Com base no relatório será elaborado o plano de adequação socioeconômica e ambiental de cada sub-bacia a ser licenciada”, acrescenta.
“Isso quer dizer que o licenciamento conjunto das propriedades será concedido com base na identificação das características produtivas e condições de conservação e preservação ambiental. A perspectiva de sustentabilidade dos projetos é fundamental para a concessão do licenciamento nessas áreas, e as providências apontadas pelos órgãos ambientais do Estado para a obtenção dessa condição também serão adotadas pelo conjunto dos produtores, por intermédio de suas associações”, diz Amarildo Kalil.
Segundo ele, uma das vantagens do novo sistema é a possibilidade de estabelecer de forma coletiva a área de reserva legal na sub-bacia. As áreas de preservação permanente também poderão ser gerenciadas coletivamente. Da mesma forma, a outorga para uso da água será coletiva. Para o gerente, trata-se de um avanço na gestão dos recursos hídricos, porque haverá um entendimento entre os usuários da água, sempre intermediado pela associação, a fim de garantir uma boa distribuição.
Ele ainda diz que o licenciamento por sub-bacia possibilita o uso múltiplo das águas reservadas nas barragens que atenderão à agricultura irrigada, produção de energia, turismo e outras finalidades. “Outra inovação é a possibilidade da gestão coletiva de infraestruturas de uso múltiplo, como as barragens, estradas, redes elétricas, armazéns e outras”, acrescenta Amarildo.
O licenciamento ambiental por sub-bacia hidrográfica representará menos custos para os produtores, porque cada conjunto de propriedades terá um processo único, observa o gerente. Outra vantagem é que o prazo para a concessão da licença será reduzido. Além disso, as secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente analisam a criação de diversos incentivos para estimular a adesão dos produtores ao processo de licenciamento coletivo.
Fonte: Agência Minas
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