Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Tokyo Electric Power Company, empresa responsável pela Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, acusou hoje (23) as autoridades japonesas de desconhecerem a dimensão dos riscos de acidentes radioativos no país, quando houve o terremoto seguido de tsunami, em 11 de março de 2011. Na ocasião, danos nos reatores da usina provocaram explosões e vazamentos radioativos na região.
A conclusão foi apresentada hoje em um painel de especialistas, que investigou as explosões e os vazamentos em Fukushima. A operadora recomendou ainda que as autoridades do Japão devem considerar que o país é propenso a desastres naturais e, por isso, deve ser estabelecida uma mudança de atitude.
Os especialistas compararam as plantas das usinas de Fukushima Daiichi com Fukushima Daini. Segundo eles, em Fukushima Daini os cuidados com a estrutura e a segurança, considerando o controle da pressão e de temperatura dos vasos de contenção do reator, permitem formas alternativas para injetar água, garantindo condições para evitar o agravamento da situação em casos de acidente.
A proposta da operadora de Fukushima Daiichi é para que seja criada uma força-tarefa do governo destinada a aprofundar os estudos sobre terremotos e mudar o sistema atual de controle de terremotos e tsunami no país. Para a empresa, uma das falhas é não ter a clara dimensão sobre os riscos e as ameaças.
O terremoto seguido por tsunami provocou mais de 13 mil mortes e deixou 16 mil desaparecidos no Japão. As explosões e os vazamentos radioativos ameaçaram de contaminação os moradores, principalmente, do Nordeste e Centro-Oeste do país. Até hoje, as autoridades japonesas tentam recuperar a economia da região.
*Com informações da emissora pública de televisão do Japão, NHK
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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