Em 08/07/2012 às 12h24 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Marcê Porena, Max Robert e Danilo Caymmi fazem show memorável em Cataguases

A intérprete cataguasense, Marcê Porena, o instrumentista, compositor e arranjador Max Robert e o flautista, intérprete e compositor, Danilo Caymmi, apresentaram-se em Cataguases, neste sábado, 7, no Centro Cultural Humberto Mauro, que esteve lotado. O show recebeu o nome de "Entre a Mata, o Mar e o Amor"e foi uma iniciativa da Casa de Cultura Simão, com apoio da Bauminas, Hidrozaul, através da Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e parceria da Energisa.
Marcê Porena é uma das mais belas vozes da MPB, como se pode perceber assim que ela começa a cantar. E canta com uma facilidade que nos faz acreditar ser fácil o exercício de seu ofício. Sua voz é contagiante, sua afinação - inclusive e principalmente quando sussurra - impressiona e sua interpretação corporal fascina. Pouco conhecida do público cataguasense, Marcê é um diamante raro a levar o nome de Cataguases para os principais palcos mundo afora. Cataguases, que tanto se orgulha de sua vocação cultural, tem em Marcê Porena a renovação deste sentimento que se renova a cada geração.
Como Danilo Caymmi era o convidado "mais do que especial" no show, conforme salientou Marcê Porena, o espetáculo começou com os excelentes violoncelistas, Maria Clara Valle e Luciano Garcia - que também tocou violão-, interpretando "Uirapuru" e "Valsa da Dor", de Heitor Villa Lobos. Estas canções precederam a entrada de Max Robert e Marcê ao palco quando executaram "Na Mata", e depois do "boa noite" vieram "Ligeiro" e "Pouco Tempo" compostas pela dupla Max e Marcê, que emendaram "11h27". Para finalizar a primeira parte do espetáculo veio "Entrega", de Max Robert e do cataguasense Agenor de Andrade, que também é autor de "Na Mata".
"João e Maria", de Chico Buarque de Holanda, e "A Noite do Meu Bem", de Dolores Duran, abriram o espetáculo para a entrada de Danilo Caymmi, recebido de pé pela plateia. O show ganhou nova emoção e um tom mais informal. Danilo, após iniciar sua apresentação com a eterna "Marina", revelou ao público ter telefonado ao irmão, Dori, que está em Los Angeles, para lhe dizer que iria tocar em Cataguases, cidade "onde ele estudou de 1957 a 1959". Dori, ainda conforme revelou Danilo, teria ficado muito feliz com a notícia e relembrado com o Danilo alguns episódios vividos no Colégio Cataguases.
O show continuou com Danilo interpretando "Só Louco", de autoria de seu pai, Dorival Caymmi, e "O Bem e o Mal". Ele também fez uma bela homenagem a Milton Nascimento e ao Clube da Esquina, cantando com Marcê Porena, "Ponta de Areia", que ganhou um arranjo belíssimo. A última canção foi a antológica "Andança", de sua autoria com Eduardo Souto e Paulinho Tapajós, que ficou em terceiro lugar na edição do III Festival Internacional da Canção, exibido pela TV Globo, em 1968. O inveitável "bis" veio com "Marina" e a plateia cantando, já totalmente rendida ao seu carisma e simpatia.
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