Em 02/07/2012 às 20h44 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Grupo de apaixonados pela MPB prepara festa pelos 40 anos do Clube da Esquina

[caption id="attachment_9034" align="aligncenter" width="400"] Membros da equipe, tendo ao fundo o painel “O rapto de Helena de Troia”, de Emeric Marcier[/caption]


A ideia foi do marchand e promotor cultural, Cairu Teles Nunes, que também reuniu uma equipe de amantes da boa música para, juntos, homenagearem o antológico Clube da Esquina, que completa em 2012, 40 anos. A equipe ficou formada por Diane Marquezine de Castro, Thays Andrade, Maria Rita, Dengo Pessôa, Juliana Jun­queira, Pâ­mela, Elias Júnior, Carlos Sérgio Bittencourt, Paulo Fia­lho e Antônio Jaime Soa­res, que vai realizar nos próximos dias  a "Homenagem ao Clube da Esquina – O tempo não enve­lhece".
O evento, de caráter eminentemente cultural, sem fins lucrativos, se­guindo as nor­mas do conceito Economia Criativa, faz parte de um projeto de reunir pessoas conhecidas, em ambiente acolhedor, ao som de música e de­gustação de um prato típico da região em destaque. Assim, ano passado, canções do Rio de Janeiro deram o tom, quando foi servida uma feijoada, em tributo à Cidade Maravilhosa, intitu­lado Noites cariocas: tô dentro. Agora, a região é Minas Gerais e o prato, um saboroso feijão tropeiro. Contação de causos e uma boa ca­chacinha mineira, também não podem fal­tar, ao som do Clube da Esquina.
Serão tocadas 44 músicas de Milton Nascimento, Wagner Tiso, Flávio Venturini, Beto Guedes, Fernando Brant, Márcio e Lô Borges, em suma, a patota que tinha o há­bito de se encontrar em determinada esquina, daí o nome do grupo.  Gravadas por eles e pela gaú­cha Elis Regina, cantora cuja extensão vocal muito se identificou com a ri­queza melódica e harmônica da mineirada. Elis, com sua técnica impecável, impressionava os músicos mais exigentes, no Brasil e no exterior, considerada uma das maiores cantoras do mundo, no seu tempo. Milton, por sua vez, tornou-se um ídolo, numa escala que vai do mais modesto san­foneiro ao mais ousado improvisador do jazz. Ambos, ele e Elis, um fe­nômeno de massa e de sofisticação, essa simbiose que só a música é capaz de proporcionar. E a abertura do evento será a melodia Peixe vivo, execu­tada pelo Sexteto Patápio Silva, grupo formado em Cataguases, que tem discos gravados e um extenso currículo de apresentações por essas Minas Gerais afora.
O Clube da Esquina foi um movimento musical nascido na década de 1960 em Minas Gerais e surgiu da grande amizade entre Milton Nascimento e os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô), na Belo Horizonte dos anos 1960, depois que Milton chegou à capital para estudar e trabalhar. Milton acabara de chegar de Três Pontas, cidade onde morava a família e onde tocava na banda W's Boys com o pianista Wagner Tiso; com Marilton foi tocar na noite, no grupo Evolussamba. Compondo e tocando com os amigos, despontava o talento, pondo o pé na estrada e na fama ao vencer o Festival de Música Popular Brasileira e ao ter uma de suas composições, "Canção do sal", gravada pela então novata Elis Regina.
O nome do grupo foi idéia de Márcio que ao ouvir a mãe perguntar dos filhos, ouvia a mesma resposta: "Estão lá na esquina, cantando e tocando violão". Em 1972 a EMI gravou o primeiro LP, Clube da Esquina, apresentando um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons e riqueza poética. Considera-se que seus principais participantes tenham sido Tavinho Moura, Wagner Tiso, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Fernando Brant e os integrantes do 14 Bis. (Com texto de Antônio Jaime Soares e foto cedida pela organização do evento)

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