Em 31/05/2012 às 08h52 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Prefeitura de Muriaé encaminha projeto contra enchentes para o Governo Federal e obras devem começar ainda este ano

[caption id="attachment_8038" align="aligncenter" width="400" caption="O Bairro Barra, em Muriaé, durante enchente de janeiro deste ano"][/caption]
A Prefeitura de Muriaé, através da Secretaria Municipal de Obras, encaminhou ao Governo Federal um projeto que conta com um conjunto de obras que visam minimizar ou até mesmo extinguir os problemas enfrentados por moradores da cidade com as enchentes, como ocorreu em janeiro deste ano.
De acordo com o secretário de Obras do município, João Ciribelli, o conjunto de ações prevê, entre outras, a desapropriação de casas entre o bairro do Porto e o bairro Santana, o que afetaria residências também na Barra, Dornelas e José Cirilo. A intenção é fazer com que haja maior liberdade para que máquinas possam ter acesso ao Rio Muriaé, no caso de intervenções a serem feitas. Atualmente, residências que foram construídas às margens do Rio dificultam essas ações. Máquinas de dragagem, por exemplo, têm dificuldade de acesso em diversos pontos da cidade.
Para realizar as desapropriações, o valor de mercado das residências às margens do Rio foi estudado e levantado, segundo o secretário. “O valor de alguns imóveis, principalmente no bairro da Barra chegaram a atingir a casa dos R$ 350 a R$ 400 mil. Tudo isso está incluído no valor do projeto”, revelou.
Ciribelli revela que o projeto todo está estimado em R$ 300 milhões e uma análise técnica já foi realizada pelo Governo Federal, tendo aprovado totalmente as ações.
Além da desapropriação, outras importantes obras estão incluídas no projeto, como a construção de uma barragem no Rio Preto, que atualmente é responsável por aproximadamente 45% do volume de água que desemboca no Rio Muriaé. “A construção dessa barragem permitiria a retenção da água correspondente a até três dias de chuvas fortes, o que minimizaria muito os problemas com enchentes em nossa cidade”, disse Ciribelli.
Certas intervenções, como a desobstrução de alguns pontos do Rio, a regulagem e controle da vazão seriam mais fáceis, otimizando o fluxo de água. “A previsão é de que as obras se estendam por quatro anos, independentemente da continuidade ou não do atual governo municipal. O projeto foi feito para a cidade e não para os governantes”, concluiu João Ciribelli, informando ainda que alguma etapa do projeto pode ser liberada ainda em 2012, enquanto o restante aguardará liberação de recursos pelo Governo. (Texto: Jornal de Muriaé - Foto: Luis Fernando)
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