Em 22/05/2012 às 18h37 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Mr. Catra confirma que vai entrar na justiça, por plágio, contra a música “eu quero tchu, eu quero tcha”

[caption id="attachment_7707" align="aligncenter" width="376" caption="Mr. Catra também falou sobre a música "Kong", na qual participou do videoclipe e que está sendo acusada de racismo"][/caption]
Nesta segunda-feira, 21, véspera do feriado municipal da padroeira de Cataguases, Santa Rita, o cantor de funk, e um dos precursores deste ritmo no Brasil, Mr. Catra, se apresentou no Clube Meca para uma multidão. Ele, que tem fama de chegar muito atrasado em seus shows, aqui em Cataguases, estava pronto para começar a cantar antes das vinte e três horas.
Catra, enquanto esperava a conclusão dos trabalhos no palco, tirou fotos e conversou com os fãs e também concedeu uma rápida entrevista exclusiva ao jornalista Marcelo Lopes, editor deste site, em que falou sobre suas duas esposas e de seus vinte filhos com nove mulheres: “estou a caminho de chegar aos trinta”, completou. Para ele cuidar de duas mulheres “é mais fácil porque elas não ficam sozinhas. Uma conforta a outra enquanto você tá trabalhando”. Detalhe: sua enorme prole mantém um convívio amistoso, garantiu. Catra, faz questão de dizer que é “casado” com duas mulheres.
O cantor comentou sobre o processo de plágio que disse irá mover contra a canção “Eu quero tchu, eu quero tcha”. Segundo ele, “essa batida, tchun-tcha-tchun revolucionou o funk, que é o beatbox, foi feita por mim há cinco anos atrás. Uma data em que o créo ainda nem era MC, era DJ ainda. Aí a equipe dele deu um pau na hora do show e ele falou: ‘negão’ segura o baile ai! E eu comecei a fazer esse bagulho e pegou. Pô! Enquanto tava no funk tudo bem, mas isso é um lance do funk, que revolucionou o funk nos últimos tempos. É uma questão de direito, mano. De direito. O funk já foi tão discriminado, tão sacaneado nos últimos tempos que chegou a hora da gente correr atrás dos nossos direitos”, completou.
O assunto que parece provocar a ira de Mr. Catra, é a acusação de racismo que a música de Alexandre Pires, “Kong”, vem sofrendo e na qual ele e o atacante Neymar, do Santos, fizeram uma participação no videoclipe. Catra, que assim como em suas canções, tem um vocabulário recheado de palavrões, ao falar sobre o assunto levantou o tom de voz. Ele também revelou que ainda não foi chamado a depor sobre este caso. Veja o comentário de Catra a este respeito:
- É a música que eu me vesti de macaco. Se eu tivesse me vestido de viado alguém ia reclamar? Então qual é a parada? Não tô entendendo... Eu sou preto, tenho filho preto. O racismo tá na cabeça de quem tá acusando a gente. Este é o verdadeiro racista. Eu acho que o Ministério Público tem muita coisa pra resolver a ficar dando atenção a esta babaquice. Esta é uma atitude babaca e racista. Eu tenho orgulho de ser brasileiro, eu tenho orgulho de ser negro e eu tenho orgulho de ser o Kong e eu tenho orgulho de ser o pelo do macaco que é o pelo do meu saco. Entendeu? O pelo do macaco é o pelo do meu saco. O preconceito não tem nada a ver, meu irmão, nada a ver, concluiu com o tom de voz alterado. (Foto: Juliana Junqueira)
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