Em 19/05/2012 às 19h19 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Debate sobre a judicialização da medicina mobiliza diversos profissionais

A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases realizou na noite da última quinta-feira, 17, no décimo terceiro andar do Hospital de Cataguases, um ciclo de debates sobre Judicialização da Medicina. A entidade, que é presidida pela médica ginecologista Maria Ângela Girardi tem como uma de suas finalidades a luta pela defesa profissional, "o que inclui remuneração digna do médico, educação continuada e responsabilidade social", explicou. O objetivo do evento foi discutir o problema que vem afetando diversos setores e, principalmente, abrir espaço para uma reflexão sobre as melhorias a serem implementadas na área da saúde. Maria Ângela completou dizendo que "a ação conjunta dos diversos órgãos aqui presentes contribuirá para a melhoria da assistência à saúde de nossa população".
Estiveram presentes o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG), João Batista Gomes Soares; o médico legista e conselheiro do CRMMG, André Lorenzon de Oliveira; a diretora de defesa do exercício profissional da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Cristiana Fonseca Beaumord; o Conselheiro do CRMMG, diretor adjunto de assunto do interior da AMMG e presidente da Associação Médica de Leopoldina, Delano Carlos Carneiro; O promotor de Justiça da 1ª Promotoria em Cataguases, Rodrigo Ferreira de Barros; o Juiz de Direito da 1ª Vara Cível Edson Geraldo Ladeira; a Defensora Pública Regional em Cataguases, Eliana Maria de Oliveira Spíndola e o defensor público Bruno Meirelles Jardim; o Vice-Prefeito de Cataguases, médico José Mantovani Neto; o Secretário Municipal de Saúde de Cataguases, Fernando Abritta e a advogada da Unimed  Cínthia Ferreira, além de médicos e advogados da região.
Durante o debate foram apontadas múltiplas causas para a judicialização da medicina. Dentre elas, Maria Ângela citou o sub-financiamento do SUS, recursos mal aplicados, o forte marketing da indústria farmacêutica em cima de médicos e de farmácias, a existência de prioridades distorcidas, gerenciamento ineficaz redução de leitos nos hospitais, problemas advindos da Central Reguladora de Leitos e a má remuneração do profissional de saúde o que, segundo ela, "impede sua fixação no trabalho e um aprofundamento sobre as questões de saúde do local em que atua". O evento contou com o patrocínio da Unimed- Cataguases, Unicred, Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais e Associação Médica de Minas Gerais.
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