Cerca de dois meses após a tragédia da chuva em Além Paraíba a população ainda convive com a sujeira nas ruas e a inércia da Prefeitura, conforme apurou o Agora Jornais Associados em sua edição de 23 de março último. Segundo a publicação "excetuando-se o apoio emergencial aos desabrigados das chuvas do dia 9 de janeiro, pouco ou quase nada foi feito de concreto em se tratando da reconstrução  da cidade como um todo. Pontes como a da Ilha do Lazareto e a da Esplanada continuam a oferecer riscos à população, sem que a prefeitura venha a público apresentar ou anunciar soluções", relata o jornal.
De acordo com a reportagem, "nos locais que foram tomados pelas águas do Rio Limoeiro, não houve uma limpeza por parte da Prefeitura. Muitos moradores tiveram que fazer o trabalho de retirada da lama podre que tomou conta de boa parte da “Cidade Alta” e Vila Laroca. No Terreirão e em outros bairros, o descaso é total: até hoje há entulhos das chuvas espalhados pelas ruas do bairro, propiciando a proliferação de insetos e até mesmo de grandes ratazanas. Calçamentos que foram destruídos, com pouquíssimas exceções — aí incluindo a Rua das Mangueiras e a Rua Primeiro de Maio— ainda estão à espera de serem refeitos pela Prefeitura. Nos morros do Boiadeiro e Timbira, os ônibus já estão há sessenta dias sem circular, por conta de encostas que oferecem riscos", denuncia o Agora.
Além disso, a provável causa da enchente, o assoreamento do rio Limoeiro, que ainda de acordo com o jornal, deveria ser tratado com especial urgência "a Prefeitura não acenou com nenhum tipo de obra para desobstruir seu leito, que hoje vive um de seus piores momentos, com muitas áreas de quase total bloqueio do curso das águas, devido aos entulhos que foram arrastados com a enchente de janeiro", completa a reportagem do Agora. (Fonte: Agora Jornais Associados)