As comemorações ao Dia Internacional da Mulher, começam nesta terça-feira, 6, em Cataguases, com o "Conversa de Mulher II - uma bate papo informal de mulher para mulher ". O evento está sendo promovido pela Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases (SMCC), com apoio da Energisa e da Casa de Maria, e vai acontecer no Centro Cultural Humberto Mauro, de manhã, exclusivamente para as funcionárias daquela empresa e, à noite, a partir das 19:30 horas, aberto a toda a comunidade. Para
participar está sendo solicitado doar um quilo de alimento não perecível.
Segundo informou a presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Cataguases, médica Maria Ângela Girardi, a iniciativa visa a discutir os temas voltados para a mulher, "especialmente a sua saúde e conscientizar sobre direitos e deveres. Será um momento também de reflexão sobre a atual realidade e o que podemos melhorar", acrescentou. Vão participar da mesa redonda, além de Maria Ângela, as médicas Dayse de Paula Oliveira (cirurgiã plástica), Fátima Olívia de Souza (dermatologista), Teresa Cristina B.S. Titonelli (gastroenterologista); Marísia Ritti (pneumologista); a psicóloga Darlene Francis M. Biondo, e a delegada Flávia Granado A. Maia.
O momento é, principalmente, de reflexão e conscientização, alerta a presidente da SMCC, "pois somente na área de saúde, são vários os problemas enfrentados como estupro e assédio sexual, agressão, maus tratos, além de ameaças que somente em 2011 aumentaram 150%. No Brasil, a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão sexual", lembra. E acrescentou: "No Brasil 100 mil mulheres morrem anualmente vítimas de aborto e de suas consequências porque lhes falta um efetivo acesso ao serviço de planejamento familiar".
Ela revela que em Cataguases "somos 36.162 mulheres. Perto de 16.500 encontram-se na idade entre 20 e 49 anos, onde observa-se uma maior incidência de câncer de colo uterino. Será que a mulher que consegue passar pela consulta tem acesso aos exames solicitados?" Ela chama atenção também para a questão da saúde materna e reivindica a implantação no município do Comitê de Mortalidade Materna. "É urgente conhecer nossos indicadores de saúde para identificar responsabilidades e implantar medidas eficazes de saúde da mulher. A partir da mudança desta realidade teremos condições de festejar o Dia Internacional da Mulher", finalizou Maria Ângela.
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