Na manhã da última quinta-feira, 9 de fevereiro, a editora do AGORA JORNAIS ASSOCIADOS, Marília Rosestolato, de Além Paraíba, recebeu um telefonema em que pessoa dizia que enquanto fazia sua caminhada matinal viu vários sacos com roupas jogados em um terreno baldio, em meio ao mato. Segundo ainda a denunciante, as roupas, "possivelmente" seriam fruto de doações para os desabrigados das chuvas de Além Paraíba. "Eram muitos sacos espalhados em diferentes pontos do terreno, nas margens da Estrada João Bouhid, que liga Vila Caxias ao Gauchão", explicou sem, no entanto, revelar sua identidade.
Imediatamente uma equipe de reportagem do jornal Agora foi para o local e comprovou o fato. Lá estavam inúmeras peças de roupas, muitas delas novas, e ainda com etiquetas de loja. As roupas foram levadas pelos próprios jornalistas para a margem da estrada para e mostrada à população que se revoltou com o episódio. Indignada com a situação, a jornalista Marília Rosestolato fez contato com outros colegas de profissão para que eles também pudessem registrar o fato, a fim de que toda a comunidade de Além Paraíba e doadores de outras cidades do Brasil ficassem sabendo daquele fato.
Ela também chamou uma viatura da Polícia Militar, para que fosse lavrado um boletim de ocorrência, porém o policial disse que não faria o BO, já que seguia "ordem de seu comandante". O jornalista Flávio Senra, do jornal Além Parahyba, ficou bastante irritado com a resposta recebida e para evitar maiores problemas, após fotografar a cena deplorável, retirou-se em protesto. Não satisfeita com a resposta do policial, a jornalista Marília Rosestolato rumou para o quartel da PM, onde teve que insistir para que o caso fosse tratado como uma ocorrência policial, assumindo a responsabilidade pela denúncia.
Antes mesmo de fazer o contato com a PM, Marília, que estava acompanhada dos repórteres Sueli Estevam e Thiago Filgueiras, que serviram de testemunhas, também já havia solicitado a presença da Polícia Civil. O detetive Eduardo imediatamente esteve no local, fotografou e disse que confeccionaria um laudo sobre o ocorrido. Cabe, agora, às autoridades policiais investigar quem foi o responsável pelo crime, sabendo-se que a distribuição das doações para as vítimas das chuvas estava sob a tutela da Coordenação da Defesa Civil, comandada pelo Cabo PM Antônio da Cunha Coelho, Secretário de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Além Paraíba.
Segundo a Polícia Militar, as roupas seriam recolhidas por um caminhão e encaminhadas para a Delegacia de Polícia de Além Paraíba. A pergunta que não quer calar é: por que aquelas roupas foram parar num terreno baldio justamente no momento em que Além Paraíba recebe doações para as vítimas das chuvas?
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