Em 03/02/2012 às 19h09 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Usina Cultural traz Mariana Aydar neste sábado e o rapper Emicida a Cataguases

A programação de fevereiro do ProjetoUsina Cultural/2012 antecipa com muita clareza que o ecletismo será a principal proposta para os eventos dessa temporada. A variedade de ritmos e de opções conceituais deve conferir à agenda do Projeto o sabor ousado dos experimentos temperados com apostas arrojadas. Afinal, as iniciativas culturais costumam respirar melhor quanto mais se põe à prova a rigidez das fronteiras.
Com os olhos de quem se encanta com a nova pele da MPB, o ProjetoUsina Cultural/2012 traz ao palco do Anfiteatro Ivan Müller Botelho, neste sábado, 4, a cantora paulista Mariana Aydar. Filha do músico e produtor Mário Manga, integrante do lendário grupo paulistano Premeditando o Breque, ou simplesmente Premê, que, nos anos 80 emprestava ao movimento da vanguarda paulistana o seu estilo criativo e irreverente, e Bia Aydar, produtora de músicos consagrados como Lulu Santos e Luiz Gonzaga, Mariana foi criada num ambiente de palcos, estúdios e camarins.
No dia 10, será a vez do rapper Emicida fazer a rua invadir o palco do Anfiteatro Ivan Müller Botelho. Com seu estilo irreverente, sonoridade marcante e levadas irresistíveis, Emicida já vendeu mais de 30 mil cópias de singles e mixtapes, sem grande aparato de divulgação, contando somente com a força de seus versos, que falam da vida dura vida diária de quem não nasceu nos andares elevados da sociedade.
Sempre acompanhado pelo irmão Evandro Fiote, destila uma objetividade ousada, modulando na malandragem da interpretação os respiros e ataques que são marcas da sua música. Um registro altamente contemporâneo. Aliás, Emicida parece ser a melhor representação da necessidade do artista legítimo de resistir contra as alienações que rondam a cena musical urbana.
Vencedor do Prêmio Bravo! de Cultura, promovido pela conceituada revista cultural, Emicida foi indicado em 2009 e em 2011 para ao VMB-MTV, além de "Clipe do Ano", com "Então Toma", levou o prêmio de "Artista do Ano de 2011". Sua reação na noite da premiação, "Estamos fazendo uma reforma agrária na música brasileira", pode ser compreendida como uma declaração de intenções. Emicida é desses artistas que acreditam na força transformadora da música. Motivos não lhe faltam.
Como se pode ver, se depender do ProjetoUsina Cultural, fevereiro não será só de carnaval, mas também de carnaval.
O ProjetoUsina Cultural 2012 tem patrocínio da Energisa, Lei Estadual de Incentivo à Cultura, apoio cultural da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e produção de Fausto Menta.
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