A prisão de André Luis dos Santos, o Dedé, em Cataguases, no último dia 25 de janeiro, por suposto tráfico de drogas, vem causando indignação e revolta entre os moradores da Vila Reis, onde ele é presidente da Associação de Moradores e do Esporte Clube Vila Reis. A notícia de sua prisão, publicada neste site, foi uma das que mais comentáriosé uma das campeães em comentários. Desde o dia 27 de janeiro, seus familiares esperam, ansiosamente, a volta de Dedé para casa. Na última quinta-feira, 2, porém, às 17 horas, a juíza substituta Christina Bini Lasmar negou-lhe o pedido de liberdade provisória. A reportagem do Site do Marcelo Lopes teve acesso ao processo em que Dedé é réu e também conversou com o seu advogado, Serafim Couto Spíndola, sobre as ações que ele está tomando a fim de livrá-lo da cadeia.´
A história da prisão - Por volta das 16:45 horas do dia 25 de janeiro último cerca de vinte presos realizava a capina na Vila Reis. No mesmo local, um pouco mais adiante, também estava um grupo de pessoas conversando com um rapaz que seria traficante. Em um determinado momento um destes presos (Odair José de Lima) foi pedir água na casa de Marília de Fátima dos Santos Silva, irmã de Dedé, levando um recipiente maior, adaptado com duas sacolinhas no gargalo, e o teria deixado na porta da casa e voltado para o seu trabalho. Outra pessoa, que conversava com o suposto traficante identificado como "Tiago Cabeção" também foi até à casa de Marília e lhe pediu água. Ela conta que ao vê-lo respondeu ao pedido com uma negativa. Logo em seguida, André chegou e foi buscar a água, transferiu-a para a vasilha ali deixada e a levou de volta ao preso. O Agente Penitenciário fez a vistoria no recipiente e encontrou a droga.
De acordo com o Auto de Prisão em Flagrante a que a reportagem teve acesso, Dedé foi preso "pela suposta prática do delito de tráfico de drogas", o mesmo acontecendo com Odair José, que já cumpre pena. Seria dele (Odair) a vasilha em que foi despejada a água por Dedé e onde foram encontradas maconha e cocaína. Após descoberta a droga a Polícia Militar foi chamada e Odair José preso em flagrante. Segundo informa o advogado de Dedé, Serafim Spíndola, em seguida "os policiais convidaram o meu cliente a ir até à Delegacia para prestar esclarecimentos e lá recebeu ordem de prisão em flagrante. Com isso, levou um enorme susto foi vítima de uma crise de hipertensão tendo que ser levado primeiro, ao Pronto Socorro, para ser medicado". No processo, onde constam os depoimentos das testemunhas, duas delas afirmaram ter visto o suposto traficante Tiago Cabeção na casa de André no momento em que Odair foi buscar água.
- O Juiz tem 24 horas para converter a prisão em flagrante em prisão preventiva ou relaxar sua prisão, explica Serafim. Assumi o caso - continua - somente quando este prazo havia terminado e, portanto, Dedé já estava em prisão preventiva. A partir daí entrei com o pedido de liberdade provisória para que meu cliente possa responder ao processo em liberdade, mas ontem, dia 2, a meritissima Juiza entendeu que o melhor era mantê-lo atrás das grades. Como acredito na sua inocência, entrei nesta sexta-feira, 3, com um pedido de Habeas Corpus no Tribunal de Justiça, em Belo Horizonte, porque há dúvidas quanto a autoria do André. E se há dúvidas, não há outra alternativa senão soltá-lo, até porque a prisão é um mal necessário e deve ser usada somente em casos excepcionais considerando que o cárcere não converte e sim perverte o homem. Todos nós que conhecemos o Dedé pedimos apenas para dar a ele o direito de responder este processo em liberdade, porque temos certeza que elecomprovará sua inocência, finaliza Serafim.
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