Em 05/01/2012 às 15h20 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Temporal inunda várias ruas e surpreende a população de Miraí nesta quarta-feira

A noite de quarta-feira, 4, e madrugada desta quinta-feira, 5 de janeiro, em Miraí, uma chuva torrencial, de aproximadamente uma hora e meia, provocou enchente alagando diversos pontos da cidade, segundo informou a Rádio Miraí FM e, posteriormente, confirmado pela Coordenadoria de Defesa Civil de Miraí. Em entrevista àquela emissora, agora a tarde, o coordenador daquele órgão, Antônio Valmiro de Oliveira Filho, o Toninho, informou que choveu na cidade 93 milímetros em noventa minutos.
A Defesa Civil de Miraí conta com oito agentes e um grupo de voluntários, revelou Toninho. Com a chuva desta quarta-feira, a Defesa Civil apresentou o seguinte balanço da situação naquele município: 22 pontes estão destruídas na zona rural; 5 pontes de concreto apresentam danos graves; Queda de parte do muro de contenção do matadouro; Diversas redes de esgoto estouradas; Cerca de metade do prédio onde funciona a Creche do Patrimônio foi destrúida por um deslizamento de terra; Vários bueiros foram destruídos ou estão obstruídos; Cerca de 200 km de estradas na zona rural estão em precárias condições de uso e foram mapeados 38 pontos críticos de desabamento de terra. Até as 14 horas desta quinta-feira, 5, sessenta pessoas estavam desabrigadas e 1500 desalojadas.
Sobre os boatos com relação à abertura da barragem que a empresa Bauminas mantém próximo a Miraí, Toninho explicou que ela não tem comportas. "Este tipo de represa funciona no sistema de tulipa e vertedouro, ou seja, a tulipa é uma espécie de "ladrão" que existe na da caixa d´água de nossas casas. Se o volume for mais alto, a água vai subir para o vertedouro, que vai jogar a água excedente no leito do rio", explicou. Ele acrescentou que mão há excesso de vazante na barragem conforme constatou a fiscalização competente.
Segundo ele, a cidade vem convivendo com vários dias de chuva, encharcando a terra e quando recebe um volume de água maior, a terra não consegue mais absorver ocasionando o alagamento de diversas ruas e casas. Ele também alertou a população para novos períodos de chuva nos próximos dias. Com o transbordamento do Rio Fubá, que banha a cidade, a água alcançou as avenidas Santa Cecília e Presidente Médice, a Vila Santo Antonio, Jardim Indaiá, Rua Expedicionário José Baldini, Rua João Resende, Beco Maricá, Rua Lacerda Werneck, Beco Afonso Alves Pereira, entre outros.
Além disso, o calçamento na entrada da ponte da Vila Santo Antonio afundou obrigando a prefeitura a interditar o local. Em várias outras ruas o calçamento foi parcialmente arrancado como os danos causados na Praça Raul Soares. Também foram registrados diversos deslizamentos em todo o município, mas não há vítimas. A Zona Rural de Miraí está paralisada por causa da chuva, produtores perderam suas lavouras e o leite não pode ser transportado até a Cooperativa. Toninho fez um apelo à população para doar alimentos, roupas e colchonetes, além de água mineral. (Fotos de Victoria Oliveira de Resende)


[caption id="attachment_2575" align="aligncenter" width="400" caption="Vila Santo Antônio, Miraí"][/caption]

[caption id="attachment_2574" align="aligncenter" width="400" caption="Avenida Presidente Médice, em Miraí"][/caption]

 
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