A idéia de Willian é tomar emprestado na Caixa grande parte do dinheiro que o governo de Minas deve ao Município
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O prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida, está negociando junto aos vereadores a autorização pela Câmara Municipal, de um empréstimo da ordem de R$ 8 milhões a ser tomado pelo município junto à Caixa Econômica Federal. De acordo com informações extraoficiais, três reuniões neste sentido já teriam acontecido, sendo que a última, ocorreu na manhã desta sexta-feira, 26 de abril, quando compareceram oito vereadores, além de secretários municipais.
Ainda conforme apurado pelo site entre os participantes da última reunião, a proposta, até agora, está longe de obter consenso entre os vereadores. Apesar dos encontros, assuntos relevantes como a capacidade de endividamento do município, o valor atual da dívida de Cataguases com bancos e esferas de governo estadual e federal, além de qual o limite prudencial para um novo empréstimo, ainda não foram tratados.
Segundo revelaram as fontes ouvidas pelo Site, o prefeito Willian quer, na prática, "vender" para a Caixa Econômica o que tem a receber do Estado, descontados os juros e demais encargos onerosos deste tipo de transação e pagar àquele Banco, em 33 parcelas mensais, conforme o Estado for depositando as prestações prometidas no recente acordo assinado com a Associação Mineira dos Municípios e que só começará a ser cumprido em janeiro de 2020.
Este porém, pode ser um passo em falso, temem alguns vereadores. Segundo eles, o grande problema desta iniciativa de Willian - além de endividar o município -, é que não há nenhuma garantia que o Governador Romeu Zema vai cumprir o acordo, até porque a situação financeira de Minas Gerais é caótica, afirmaram. Assim, raciocinam, assumir uma dívida desta magnitude por um longo período, pode comprometer seriamente a já cambaleante finança do município, levando-o a uma situação ainda mais penosa do que a atual, com o agravante de não ter perspectiva de obter dinheiro novo para aliviar o caixa como está previsto acontecer a partir de 2020.
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Os cerca de oito milhões de reais (este valor ainda não é oficial e pode ser até maior) serão utilizados em obras nos bairros e distritos. A novidade é que elas seriam escolhidas e priorizadas em conjunto pelo prefeito e os vereadores, o que somente vai ocorrer futuramente, caso o prefeito obtenha o apoio da maioria dos vereadores à sua proposta, garantindo, assim, sua aprovação no Legislativo. Este "pool" de serviços integraria o projeto a ser apresentado à Caixa e após aprovado por ela não poderia ser alterado, garantiram as fontes ouvidas pela reportagem.
Procurado pelo Site para comentar este assunto, o Secretário Municipal de Fazenda, Mauro Fachini, preferiu não se manifestar. Ele disse que só vai se pronunciar "quando estiver tudo definido."