A direção do Hospital, responsável pelo Pronto Atendimento prestou esclarecimentos sobre o seu funcionamento
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O Hospital de São João Nepomuceno está às voltas com problemas de financiamento do Pronto-Socorro daquela cidade, mantido por aquela instituição de saúde. Para falar sobre o assunto a direção daquela casa de saúde concedeu uma entrevista coletiva na manhã de sábado, 13 de abril, para explicar a situação que segundo o provedor Rogério Motta Vilela, "está a um passo de fechar as portas". Também participaram do evento o vice-provedor, Isaías Sporch de Freitas e o tesoureiro, Eduardo Abreu.
Somente neste mês de abril, o Pronto Atendimento Médico (PAM), como é chamado, ficou fechado em duas ocasiões por falta de médico. O Hospital é obrigado a manter dois médicos atendendo 24 horas no PAM (foto abaixo), porém, seus diretores alegam que esta obrigatoriedade onera em R$ 50 mil o caixa da instituição que não teria meios de arcar com esta despesa. O provedor Rogério Vilela disse ainda que o Hospital vem cumprindo suas obrigações no que se refere aos serviços prestados na pactuação com o município.
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O problema, ainda de acordo com ele, são as recentes recomendações do Ministério Público para que se cumpram as exigências legais para o funcionamento dos serviços. Paralelamente, a direção do hospital diz que o Secretário Municipal de Saúde, Plínio Furtado, estaria "distante". Ele, inclusive, teria sido convidado a participar da coletiva, mas não compareceu. Completa o quadro de dificuldades, ainda na opinião de Rogério Vilela, o valor do repasse feito pelas prefeituras de São João Nepomuceno, Descoberto e de Rochedo de Minas para a instituição que, segundo ele, são insuficientes para cobrir as despesas. Ele também comentou que neste ano não há emendas parlamentares para o hospital nem a Câmara Municipal local fez repasses à entidade.
Para evitar o fechamento por tempo indeterminado do PAM, o tesoureiro do hospital Eduardo Abreu revelou uma orientação que disse ter recebido do promotor de Justiça daquela comarca, Luciano Ramos Baesso. De acordo com ele, aquele representante do Ministério Público disse que o Hospital pode impetrar um mandado de segurança obrigando o município de São João Nepomuceno a arcar com as despesas necessárias à manutenção do Pronto Atendimento. Ele, no entanto, não disse se o Hospital vai adotar este procedimento. O prefeito não se manifestou sobre o assunto. (Fotos: Kadu Fontana)