José Onofre fez uma ampla explanação a respeito da realidade dos postos de combustíveis em Cattaguases
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A Câmara Municipal de Cataguases realizou na noite desta quinta-feira, 28 de março, audiência pública para tratar sobre o preço dos combustíveis praticados no município. Apesar do apelo popular, o evento contou com apenas um convidado, exatamente um proprietário de posto de combustível e de nenhuma autoridade nem representante do Ministério Público ou outro órgão fiscalizador. Além disso, aquele que seria o principal interessado, o povo, também não veio. Apenas seis pessoas da comunidade assistiram ao evento que, como se esperava, não apresentou nenhuma informação nova ao que já se sabe a este respeito.
José Onofre Pereira, do Auto Posto Modelo, situado no Bairro Beira Rio, atendeu ao convite e foi o único proprietário a participar da audiência pública. Coube à ele explicar a realidade do setor em Cataguases, e o fez em detalhes. Conforme revelou, os preços praticados no município são fruto de uma realidade perversa que privilegia os grandes empresários. Ele citou como exemplo de encarecimento do combustível o uso de cartão de crédito, recebimento de cheque sem fundos, manutenção do funcionário e até o famoso e sempre presente fiado. Outro ponto citado por ele é que o aumento da frota de veículos da cidade não fez crescer a venda de combustível porque hoje os veículos são mais econômicos do que há vinte anos.
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Logo após sua explanação José Onofre colocou-se à disposição para responder perguntas da plateia e dos vereadores quando falou sobre a situação tributária do país que penaliza o setor. "Se eu tivesse que pagar frete para trazer o combustível até o posto, meu preço na bomba seria vinte centavos mais caro", afirmou. Ele também negou que caso vendesse duas ou três vezes mais combustível teria um preço melhor em sua revenda. Em outra resposta, o empresário disse que o fato dos postos de combustíveis estarem vinculados a uma "bandeira" (marca) os tornam reféns destas distribuidoras. Por outro lado, ponderou, os postos de "bandeira branca", aqueles que não trabalham com nenhuma marca, "se oferecem preço menor não podemos dizer o mesmo a respeito da qualidade do que estão vendendo", assegurou, acrescentando que em Cataguases o consumidor reclama do preço, mas não da qualidade do produto que coloca no seu veículo.