Os estudantes cataguasenses ladeando o professor que lhes deu a orientação durante o desenvolvimento do projeto
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Os cataguasenses estudantes CEFET-MG em Leopoldina, Antony Leme e Davi Guerra, orientados pelos professores Samuel Basílio e João Gabriel Rocha, desenvolveram uma ferramenta para identificação e classificação de fake news na web. Eles apresentaram o estudo na Edição deste ano da Febrace - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia - que aconteceu entre os dias 19 e 21 de março, em São Paulo, no Inova USP. É a maior mostra do gênero no Brasil e recebeu 332 projetos de Ciências e Engenharia desenvolvidos por 751 estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todo o País. Este foi o segundo ano consecutivo que a dupla de estudantes participa desta Feira. Eles cursam o terceiro ano de Informática naquela instituição em Leopoldina.
Este ano eles desenvolveram uma ferramenta - explica Antony - que, através da análise dos metadados de uma publicação, seja capaz de identificar e classificá-la como sendo ou não verídica. Para isso, continua, "segue-se um passo a passo de verificação como, por exemplo, se uma notícia possui autor, se é sensacionalista, se o site que fez a publicação tem credibilidade, se outros sites publicaram a mesma notícia e se esses outros sites também têm credibilidade", diz. Ele completa revelando que "todas as extrações de dados e verificações são feitas de forma automática pelo algorítmo que está em desenvolvimento e todas as informações são repassadas para um modelo computacional responsável por pontuar uma notícia de 0 a 100. A partir dessa pontuação, realizamos a classificação se aquela determinada notícia é verdadeira ou falsa."
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A dupla de estudantes de Cataguases esteve na Febrace ano passado quando apresentaram o estudo sobre o uso das tecnologias de realidade aumentada para o tratamento do AVC. O projeto foi muito bem recebido no evento e teve grande repercussão no meio por conta dos benefícios que proporciona a seus usuários. A experiência, segundo Antony "é gratificante, pois é um local com um forte intercâmbio científico e também pessoal, onde a gente tem contato com outros estudantes pesquisadores do país inteiro, podendo ver o que eles estão desenvolvendo", analisa. Outro ponto favorável que ele destaca é o relacionamento com representantes de grandes empresas que patrocinam o evento.
Sobre a participação dos alunos do CEFET-MG em eventos como a Febrace, explica Antony, é muito estimulada pelo CEFET-MG, que todo ano se responsabiliza pelo financiamento dos alunos classificados, desde o transporte, disponibilizando carros e ônibus próprios, até o custeio dos gastos com hospedagem e alimentação de todos os envolvidos. Este ano, além do campus de Leopoldina, participaram da Febrace os campi do CEFET-MG de Timóteo, Curvelo, Belo Horizonte e Divinópolis. (Fotos: Arquito pessoal de Antony Leme)