As placas foram instaladas nos locais chave para orientar motoristas, mas são difíceis de serem lidas porque suas letras são pequenas
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Entrou em vigor nesta sexta-feira, 28 de dezembro, a proibição de tráfego de veículos acima de 16 toneladas sobre a ponte "nova". A medida atende recomendação do Ministério Público por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Cataguases, cujo titular é o Promotor de Justiça da Habitação e Urbanismo e Curador do Patrimônio Histórico e Cultural, Gustavo Garcia Araújo. A decisão foi tomada após aquele promotor tomar conhecimento, por meio de laudos técnicos, do avançado estágio de deterioração da estrutura da ponte. Ele também determinou que a prefeitura instalasse placas orientativas aos motoristas sobre como proceder a fim de não infringir a nova determinação. Caso sua recomendação não fosse cumprida o prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida, seria o responsável por eventuais acidentes ocorridos no local em decorrência da sua falta de manutenção.
Nesta manhã de sexta-feira a reportagem do Site do Marcelo Lopes percorreu as principais entradas de Cataguases para conferir a sinalização que, de fato, orienta corretamente os motoristas, porém, sua leitura para quem está dirigindo, é prejudicada devido ao tamanho das letras, que ficou pequeno (veja abaixo a sequência de fotos). O mesmo problema a reportagem constatou nas placas instaladas na zona central da cidade, que também são menores e quase passam desapercebidas dos motoristas. Outro detalhe que chamou a atenção foi quanto ao cumprimento da recomendação que não está sendo fiscalizado por nenhum órgão da prefeitura. Pelo menos durante o período em que a reportagem esteve nas imediações da ponte, não localizou ninguém responsável por este trabalho. Apesar disso, neste intervalo de tempo, não foi flagrado nenhum veículo acima do peso passando no local. A reportagem não conseguiu localizar o coordenador da Catrans, Bruno Cunha
Gustavo Araújo informou que durante "inspeção visual realizada pelo Secretário Municipal de Obras por baixo da ponte fora constatada a existência de vários pontos de corrosão das armaduras tanto do tabuleiro quanto das vigas, aparelhos de apoio que na época de sua construção eram feitos por roletes metálicos, totalmente corroídos, as lajes tem perda de seção de aço da esteira, existem fissuras nas vigas". O Promotor também lembra que o próprio Secretário Municipal de Obras "não desconsidera a possibilidade de que possam existir trincas de maior porte" e que a ponte "precisa de manutenção corretiva dos fatos narrados, que podem se agravar ao longo do tempo" acrescentou. Por fim, Gustavo Araújo cita informações repassadas pelo comandante do 4º Pelotão de Bombeiros do Estado de Minas Gerais que também constatou "a existência de situações de risco em potencial, que podem vir a ocasionar acidentes e sinistros diversos, corroborando com o laudo existente quanto a necessidade premente de manutenção corretiva".