Os pacientes diagnosticados com a doença são encaminhados para a Policlínica Municipal onde é feito o tratamento
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O Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Cataguases, divulgou dia 19 de dezembro um Boletim da Vigilância em Saúde com os principais indicadores epidemiológicos da Tuberculose do Brasil, que foi confrontado com os dados obtidos em Cataguases. A tuberculose configura-se como um grave problema de saúde pública no mundo, embora seja passível de prevenção e cura. Sua prevalência é particularmente observada mediante pobreza, o que agrava as condições de desigualdade social, informa o documento. Os cataguasenses devem dar uma atenção especial a esta doença que é endêmica no município, embora com tendência decrescente a partir de 2010, observa-se um aumento na taxa de incidência a partir de 2016. Em 2017 foram notificados 17 casos de Tuberculose no município.
Apenas em 2017 foram notificados 17 casos de Tuberculose em Cataguases. Em todo o país foram 69.569 novos casos neste mesmo ano. Uma taxa de incidência de 33,5 casos/100 mil habitantes. O tratamento da doença no município é realizado na Policlínica Municipal, para onde os pacientes são levados pelas equipes de Saúde da Família. Outro trabalho desenvolvido de forma efetiva é a prevenção. A tuberculose tem cura, mas é a prevenção incrementada pela Saúde Pública, por meio da aplicação da vacina BCG, indicada prioritariamente para crianças de 0 a 4 anos de idade, que faz toda a diferença, asseguram os especialistas. Uma única dose aplicada logo após o nascimento imuniza a criança por toda a vida. Em Cataguases a Secretaria Municipal de Saúde, por meio de sua Coordenação de Imunização, realiza a vacinação nos recém-nascidos na maternidade do Hospital de Cataguases, como forma de garantir o acesso à vacinação o mais breve possível e também como estratégia para alcançar a meta vacinal (maior ou igual a 90%).
Para atuar na prevenção e combate a esta doença as equipes de saúde responsáveis pelo setor receberam capacitação ministrada pela Referência Técnica em Tuberculose na Gerência Regional de Saúde de Leopoldina, entre 2017 e 2018, a fim de manter alinhadas as diretrizes de assistência preconizadas pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, revela o boletim. Outra ação relevante de acompanhamento sobre a tuberculose em Cataguases é o realizado nos estabelecimentos que compõem a rede de atenção à saúde do município efetuando o registro dos sintomáticos respiratórios (pessoas que apresentam tosse produtiva por mais de trê semanas) em livro próprio e o consequente envio desta notificação à Vigilância Epidemiológica, mensalmente.
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Em outra ponta, atuando paralelamente, o Setor trabalha para intensificar a identificação precoce da doença. Neste sentido, Cataguases tem uma meta pactuada com a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, de notificação dos Sintomáticos Respiratórios, mas vem encontrando dificuldades para alcançá-la, informa o Boletim. No último quadrimestre avaliado, referente Maio a Agosto/2018, o número de sintomáticos respiratórios registrados nos estabelecimentos de saúde do município somaram 231 pessoas. "A vigilância e detecção precoce dos casos de Tuberculose são essenciais para o controle da doença no município", conclui o documento que revela ainda: No Brasil, o tratamento da doença é feito sob orientação do Plano Nacional para Controle da Tuberculose (PNCT) que, entre outras ações, estabelece as diretrizes para sua limitação que tem tratamento padronizado, exclusivamente no serviço público de saúde.