O prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida, convocou diversos setores da sociedade, além de secretários municipais e a imprensa, para uma reunião em seu gabinete quando foi apresentado o Plano de Contingência da Defesa Civil para este ano. também foi apresentado o Plano Municipal de Redução de Riscos de Cataguases, ambos trazendo informações sobre como enfrentar o período de chuvas que já começou. O coordenador da Defesa Civil no município, Carlos Henriques Pires Júnior, expôs detalhes do projeto e, em seguida, o coordenador da Secretaria de Serviços Urbanos, Jarbas Rabelo, explicou o estudo que resultou no Plano de Redução de Riscos (matéria neste sentido você lê clicando aqui).

Willian (foto ao lado) abriu o encontro abordando a situação da Ponte Nova informando também que a responsabilidade não é apenas do município, mas também do DER-MG - Departamento de Estadas de Rodagem de Minas Gerais. A ponte foi construída por aquela autarquia e entregue ao município em 1954 e desde então nunca recebeu qualquer manutenção. Esta tarde o Procurador do Município, advogado Yegros Martins Malta, vai se reunir com o Promotor de Justiça, Gustavo Garcia Araújo, para detalhar como será feita a redução de tráfego de veículos naquela ponte. O prefeito também disse sobre a situação da estrada para Leopoldina, no primeiro trecho que liga Cataguases até o primeiro trevo de acesso a Astolfo Dutra e Belo Horizonte. O percurso está necessitando urgente de uma operação tapa buraco, mas de acordo com Willian, o estado estaria sem recursos para realizar o serviço e o município é proibido por lei de atuar na esfera estadual.

Em seguida Carlos Pires (foto ao lado) apresentou o Plano de Contingência cuja finalidade é definir tarefas aos diversos órgãos da administração em momento de inundações, desabamentos e outros eventos provocados pela natureza, especialmente forte chuvas, visando preservar vidas e minimizar os danos e prejuízos. Ele informou as ações que aquele órgão desenvolve na área de prevenção como palestras nas escolas, acompanhamento e orientações em obras públicas e vistorias em edificações ribeirinhas, entre outros. Falou também sobre a preparação que sua equipe recebe para atuar em momentos de crise e, por fim, da ação quando o problema acontece. Neste sentido, o gabinete do prefeito será o local central de onde partirão as ações cabendo a cada secretário municipal um papel específico visando atender a população afetada pelo problema de forma, conforme explicou "atuar de forma mais eficaz na hora da crise e oferecer às vitimas soluções concretas".

Carlos Pires lembrou que o rio Pomba começa a inundar áreas ribeirinhas quando atinge 5,5 metros de altura, sendo que transborda ao alcançar 6,50 metros. Deslizamentos de terra podem ocorrer após três dias de chuva equivalente a 100 milimetros. Ao longo de todo o ano a Defesa Civil, disse, Carlos Pires, faz monitoramento dos rios e encostas do município utilizando para isso estação telemétrica para medição da quantidade de chuva, nível e vazão nos rios; dispõe de dez pluviômetros instalados em locais chave do município, além de uma régua graduada instalada no rio Pomba na área do Almoxarifado da Prefeitura e mantém contato permanente com responsáveis por usinas hidrelétricas instaladas na região, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, bem como moradores de encostas.

Ele encerrou informando sobre a previsão para o Verão que se aproxima. Segundo as previsões meteorológicas, entre janeiro e março haverá pancadas de chuvas passageiras e estiagem e a previsão e de calor intenso. Em seguida Jarbas (foto ao lado) detalhou o Plano de Redução de Riscos fruto de um trabalho produzido pela Universidade Federal de Viçosa e que traz um direcionamento sobre como atuar e, conforme o próprio prefeito definiu "é um norte para a gente trabalhar". Jarbas completou dizendo que já está atuando junto às comunidades ribeirinhas que estão sendo notificadas sobre o risco de inundação e também àquelas próximas a locais com possibilidade de desabamento.