Em 21/11/2018 às 18h15 | Atualizado em 21/11/2018 às 19h15

Homem é condenado a mais de 12 anos de prisão por acidente em que matou duas pessoas

O Juiz Eduardo Dolabela durante as considerações finais do julgamento que condenou o réu a prisão

O Juiz Eduardo Dolabela durante as considerações finais do julgamento que condenou o réu a prisão

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Terminou às 16h45min desta quarta-feira, 21 de novembro, o julgamento de Sebastião Fabiano Lopes, 37 anos, responsável por um acidente que culminou na morte de duas pessoas, feriu gravemente outras duas e uma terceira ficou em estado gravíssimo na estrada próxima a Santana do Campestre, distrito de Astolfo Dutra. Ele considerado culpado pelos jurados e condenado a uma pena de 12 anos de 3 meses de reclusão em regime fechado. A sessão do Júri terminou antes do previsto pelo próprio juiz do caso, Eduardo Thebit Dolabela, porque os procedimentos foram agilizados e não foram ouvidas as testemunhas. O réu também confessoua autoria dos crimes.

O promotor de justiça que atuou na acusação, Carlos Eduardo Fernandes Ribeiro Neves disse que a pena está em consonância com o que a lei em vigor determina, apesar de entender que alegislação deveria impor sanções mais severas para condutas análogas a do réu." Ele também disse que vai analisar com "calma" a sentença, mas não deverá recorrer. Sua assistente de acusação, Cíntia Garcia lembrou que o crime "foi muito pesado porque haviam duas famílias que viviam em harmonia e que agora estão destruída. A gente pode achar até que é uma pena baixa, mas infelizmente é o que a legislação penal prevê. Mas nós vamos avaliar tudo isso com calma e verificar o que pode ser feito e se tiver alguma coisa a mais e a gente puder fazer para aumentar esta pena e dar uma satisfação à família, isto vai ser feito", disse.

imageTambém informou que não pretende recorrer da sentença o advogado de defesa, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atuou com os auxiliares Fabrício Gomes Ferreira de Paula, Eric Sabioni de Paula e Fábio de Costa Rodrigues. Segundo ele, "A sentença simplesmente refletiu todas as circunstâncias do processo. Nosso cliente é primário, traz sim uma vida pretérita voltada para o trabalho e para a família, apesar de alguns problemas no trânsito", analisou. E completou: "Eu acho que o Conselho de Sentença não errou em nenhum quesito; eu fiz questão de acompanhar par e passo toda a votação e a sentença do juiz ela não foi nem benéfica, no sentido de passar a mão na cabeça de quem errou, e o meu cliente, efetivamente, errou. E também não serviu de vingança, elevando a pena bem além do mínimo legal", analisou.
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Jéssica Condé ficou viúva em decorrência do acidente, foi uma das que sofreram ferimentos graves juntamente com sua filha à época com 2 anos de idade. Emocionada ao final do julgamento, ela contou com exclusividade ao Site do Marcelo Lopes como recebeu a condenação do réu. "Eu fiquei mais satisfeita ao saber que foi reconhecido o crime. Que ele realmente foi doloso, que ele bebeu, veio na contramão, como reconheceu isso. Então a nossa luta até agora foi reconhecida e a tecla que a gente bateu, saiu daqui hoje como verdade. A gente esperava, lógico, uma condenação maior, mas a sentença não é comigo, então o que a gente podia fazer foi feito e agora que ele pague o mal que fez pra mim e para todas as famílias que ele prejudicou porque o que ele me tirou nunca vai ser reparado, que foi o meu marido e o que eu sofro com a falta dele", contou com voz embargada. 

Tags: julgamento, acidente, Zanone, júri popular





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