Em 21/11/2018 às 09h53 | Atualizado em 21/11/2018 às 09h53

Defesa de acusado de matar duas pessoas em acidente não vai pedir sua absolvição

Advogado Zanone Júnior disse em entrevista antes do início da sessão que vai buscar uma "condenação justa"

O Júri popular começou pouco depois das 8 horas e não há previsão para a divulgação do veredicto

O Júri popular começou pouco depois das 8 horas e não há previsão para a divulgação do veredicto

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Começou pouco depois das 8 horas desta quarta-feira, 21 de novembro, o júri popular que tem como réu Sebastião Fabiano Lopes, 37 anos, motorista acusado de matar duas pessoas, provocar um aborto e deixar três pessoas feridas, uma delas, criança de dois anos à época, que ficou com seqüelas. A tragédia aconteceu em um acidente no dia 29 de janeiro de 2017 na rodovia MG 285, próximo à localidade de Santana do Campestre, distrito de Astolfo Dutra. O autor fugiu do local do crime e só prestou depoimento dias depois, mas sua prisão somente ocorreu no dia 07 de julho, em Rodeiro, por força de um mandado de prisão. 

imageO juiz do caso, Eduardo Rabelo Thebit Dolabela (foto) falou com a imprensa ao chegar no Fórum da Comarca de Cataguases esta manhã. Ele reconheceu a grande repercussão do caso na região, previu um júri longo "devido a imputação de cinco crimes diversos que são dois homicídios e três lesões corporais", explicou. De acordo ainda com ele a expectativa é de chegar ao um veredicto ainda hoje "até porque se for preciso vou avançar a madrugada", contou. Já o promotor de justiça Carlos Eduardo Fernandes Neves Ribeiro, responsável pela acusação disse que a estratégia a ser adotada é "revelar a verdade acontecida no dia 29 de janeiro de 2017. Foi um crime absolutamente grave, que manchou a história de Cataguases e, sem dúvida, vai se constituir em uma página negra na história dos crimes de trânsito em Cataguases", comentou.

De acordo com aquele promotor o réu está sendo julgado por dois homicídios simples e mais três por lesões corporais graves, Ele informou também ter "absoluta convicção e todas as testemunhas assim declaram de que o acusado consumiu álcool antes de pegar o seu veículo automotor. Além disso temos absoluta convicção que ele tomava remédios controlados e misturou esses remédios com álcool. Ele estava completamente desnorteado, não tinha a menor condição de chegar e assumir a direção daquele veículo e assumiu categoricamente a produção deste resultado: morte e lesão que acabou dilacerando duas famílias de Cataguases", completou.

imageA defesa do réu está sob a responsabilidade do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior (foto ao lado), que também defende o Adélio Bispo de Oliveira, acusado de ter desferido uma facada contra o então candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro, e já participou de outros casos de repercussão nacional. Ele também falou com a imprensa antes do júri começar, esclarecendo que não vai pedir a absolvição de seu cliente, mas vai trabalhar com a tese de crime de trânsito, evitando uma provável condenação por crime comum. "A defesa não está aqui para passar a mão na cabeça de ninguém. Uma tragédia ocorreu, temos várias vítimas, infelizmente não há como consertar o que já está fatidicamente colocado no processo, mas a tipificação, se nós teremos o crime do Código Penal, ou se a lei de trânsito será suficiente para enquadrar todo este fato. Vamos trabalhar com uma condenação justa", completou. (Fotos exclusivas Site do Marcelo Lopes)

Tags: júri popular, acidente, réu, Zanone





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