Renan Guimarães foi cedido oficialmente ao município de Cataguases nesta quarta-feira, 14 de novembro
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O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, publicou nesta quarta-feira, 14 de novembro, ato administrativo colocando à disposição do município de Cataguases, o servidor da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, Renan Guimarães de Oliveira, lotado na Gerência Regional de Saúde de Leopoldina GRS). Com isso, o prefeito de Cataguases, Willian Lobo de Almeida deverá nomeá-lo Secretário Municipal de Saúde nas próximas horas. No dia 30 de setembro último, este site divulgou com exclusividade o nome de Renan como novo titular daquela Pasta.
De acordo com o ato assinado, Renan está cedido ao município até o dia 31 de dezembro próximo "sem prejuízo do vencimento e vantagens do cargo, cabendo ao órgão cessionário o ressarcimento ao Estado de Minas Gerais da remuneração do servidor". O ato pode ser renovado pelo próximo governador. Renan Guimarães, 33 anos, ocupa o cargo de especialista em Políticas e Gestão da Saúde naquela GRS, é Mestre em Saúde Coletiva/Epidemiologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora e professor na Faculdade Sudamérica. Ele vai suceder a Eliermes Teixeira que deixou o cargo no dia 14 de setembro. Atualmente a Secretaria de Saúde vem sendo administrada cumulativamente pelo Secretário de Fazenda, Mauro Fachini Gomes.
Renan assume a saúde em um momento crítico, principalmente, em decorrência do não repasse de recursos do governo do estado para os municípios, o que vem atingindo duramente o atendimento à população. Além disso vai encontrar uma rede de postos de saúde sucateada, porém com a promessa de reforma mediante a venda de terrenos pertencentes ao município. Outro entrave é a crise financeira do Hospital de Cataguases - que também vive seu inferno astral com a falta de verba em decorrência do atraso no pagamento pelos serviços prestados por parte dos governos estadual e municipal, este último não efetuou o repasse ao Pronto-Socorro, da ordem de R$ 340 mil mensais.
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Para piorar, a situação financeira delicada do Hospital tem feito crescer entre seus diretores, a possibilidade de devolver ao município o serviço de Pronto-Socorro. Em fevereiro deste ano o provedor daquela instituição, Bill Crepaldi, disse na Câmara Municipal que o serviço (Pronto-Socorro) "vem acumulando prejuízo mês a mês" (
veja matéria completa aqui). Hoje, conforme apurou a reportagem, os médicos que lá trabalham estão sem receber salário há cinco meses. Oficialmente, ninguém comenta este assunto no Hospital, mas informações de fontes internas garantiram ao Site que o tema vem sendo tratado como prioritário, especialmente porque o contrato entre Município e Hospital está chegando ao seu final. (Foto: Arquivo)