Em 10/11/2018 às 20h00 | Atualizado em 11/11/2018 às 09h38

Levantamento detecta onze bairros de Cataguases com Aedes Aegypti

O índice de infestação predial em Cataguases é de 2,82% pelo mosquito, revelou a pesquisa

O índice de infestação predial em Cataguases é de 2,82% pelo mosquito, revelou a pesquisa

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O Núcleo de Controle de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, realizou de 22 a 26 de outubro a quarta etapa do quarto LIRAa e do LIA de 2018. Trata-se, respectivamente, do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti e Aedes albopictus (LIRAa) e Levantamento de Índice Amostral (LIA,) que são metodologias utilizadas para identificar e mapear a presença do mosquito transmissor da dengue e de outras doenças no município, iniciativa que é incentivada pelo Ministério da Saúde.

Conforme lembrou o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias, Cosme Tadeu Alves da Costa, o quarto levantamento coincide com o período mais chuvoso do ano e, por isso mesmo, deve ser encarado com mais importância – não que os demais levantamentos efetuados a cada dois meses não sejam relevantes – uma vez que é a época mais propícia à proliferação dos vetores. Nesta quarta etapa, o número de imóveis pesquisados pelas equipes de agentes de endemias no município foi de 1.027, das quais 29 revelaram a presença do Aedes aegypti, o que corresponde ao índice de infestação predial de 2,82% pelo mosquito.

imageAinda conforme o relatório apresentado pelo setor foram pesquisados 33 bairros, dos quais 11 apresentaram resultados positivos. O levantamento também detecta os depósitos predominantes, que são os locais onde a presença de focos do mosquito é mais comum. São eles vasos ou frascos com água, prato de vasos, bebedouros em geral, fontes ornamentais e materiais de construção. Já o número de imóveis com a presença de Aedes albopictus foi oito e o índice de infestação predial pelo mosquito foi de 0,78%.

O resultado do LIA apontou os distritos da área rural com a presença dos vetores, quando foram pesquisados 936 imóveis, dos quais onze tinham a presença do Aedes aegypti, o que significa um índice de infestação predial de 1,17%. Foram pesquisadas dez localidades e quatro tiveram resultados positivos para o mosquito. Na área rural os depósitos predominantes foram vasos ou frascos com água, prato de vasos, bebedouros em geral, fontes ornamentais e materiais de construção, além de pneus e outros materiais rodantes, que, conforme informou Cosme dos Santos, são passíveis de remoção. Ainda pelo relatório, dez imóveis tiveram a presença do Aedes albopictus, significando um índice de infestação predial 1,07%.

Vale lembrar que o índice de infestação preconizado pelo Ministério da Saúde é inferior a 1% e os resultados deixam o município em situação de alerta. "Anda assim, levando em conta que estamos em um período chuvoso, os números são toleráveis e ainda este ano, tivemos levantamentos com percentuais mais preocupantes", afirmou o coordenador. Ele destacou ainda que o período chuvoso deve sempre ser visto com maior preocupação, porque ele é um forte componente para deflagrar uma possível epidemia das doenças relacionadas aos mosquitos. Além disso, ele ressalta a importância da vigilância constante da população, para, regularmente estar cuidando de possíveis focos dos mosquitos. "É sabido que 80% destes focos estão nas residências e a população precisa se conscientizar que é parte deste controle", ressaltou.
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Cosme dos Santos disse ainda que, como estratégia para combater os vetores, o Núcleo de Controle de Endemias mantém seu trabalho diário de tratamento focal e eliminação de depósitos. Os levantamentos mostram as áreas mais críticas, onde o trabalho é feito com maior ênfase, trabalhando todos os quarteirões das áreas onde os resultados foram positivos com a aplicação de larvicida e o controle mecânico, que é a eliminação dos depósitos, ação que é iniciada imediatamente após os resultados do LIRAa e do LIA. O coordenador informou ainda que, segundo vários infectologistas do país, o próximo ano tem uma grande possibilidade de ter uma epidemia de dengue, uma vez que a chuva no final de 2018 tem sido maior que em anos anteriores, a dengue é uma doença sazonal e estudos apontam que as epidemias ocorrem a cada dois anos. "Mas é possível interromper este ciclo com a conscientização da população e o trabalho de todos nós para que a dengue seja de fato erradicada do nosso país", concluiu. (Fotos: Arquivo)

Fonte: Da Redação

Tags: Aedes Aegypti, dengue, levantamento, diagnóstico





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