Carlinhos Francelino chamou a atenção nas redes sociais pelo tom de uma postagem contra a nomeação de Sérgio Moro
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O empresário da construção civil de Miraí com atuação na região, Carlos Roberto Rodrigues Vieira, mais conhecido como "Carlinhos Francelino", sobrenome de seu avô, tornou-se o centro das atenções nas redes sociais após publicar um texto em sua página pessoal no Facebook criticando a nomeação do juiz Sérgio Moro para Ministro da Justiça. Na postagem ele afirmou estar disposto a "eliminar este bandido que usou o cargo para perseguir o PT, se o partido não tiver homens de coragem para matá-lo é só me contactar, tanto tenho coragem como prazer de vê-lo virar cinzas..." (sic). Ainda no texto ele sugere se transformar em um "homem-bomba" para concluir o que seria seu objetivo.
A repercussão da mensagem foi imediata e chegou até Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito, que usou de ironia para comentar o episódio escrevendo apenas: "Será que vai dar no JN?". A sigla quer dizer Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência da TV brasileira. O post foi reproduzido em centenas de grupos e recebeu milhares de "curtidas" mas foi retirado do ar, segundo Carlinhos Francelino pelo próprio Facebook, "possivelmente após ter recebido denúncias de que a postagem era inadequada para aquela rede social", comentou. Ele também garantiu que jamais apagou qualquer coisa que tenha escrito nas redes sociais. Nesta manhã de sexta-feira, 02 de novembro, ele conversou por telefone com o Site do Marcelo Lopes e explicou o que o levou a escrever o polêmico e controverso post.
- Foi um gesto de desabafo após passar a campanha eleitoral inteira sendo ameaçado por pessoas supostamente favoráveis ao candidato Jair Bolsonaro. Acredito ter chegado ao meu limite já que muita gente me enviava mensagens de morte e outras ameaças. Agora, com a cabeça fria, reconheço que exagerei, jamais passou pela minha cabeça fazer qualquer tipo de violência contra as pessoas. Quem me conhece, sabe muito bem como sou. Sempre vivi do trabalho e para o trabalho. Tenho uma empresa do setor da construção civil em Miraí onde sempre morei e criei minha família, portanto, minha vida se resume ao trabalho e à família. Foi uma bobagem da boca pra fora", comentou.
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Questionado sobre sua preferência entre os candidatos na corrida presidencial, Carlinhos disse ter votado em Fernando Haddad, "porque para mim ele era o menos ruim", acrescentando não ser filiado ao Partido dos Trabalhadores como chegou a ser divulgado. "Eu estive no PT em 2012, apenas porque havia a possibilidade de me tornar candidato a prefeito em Miraí, mas logo depois desfiliei e voltei a me dedicar exclusivamente à minha empresa", afirmou. Ainda sobre sua participação nesta campanha eleitoral ele disse que teve atuação como de "qualquer pessoa, ou seja, deixei clara minha escolha e comentava sobre o assunto nas redes sociais. A partir daí comecei a ser ameaçado e estas ameaças foram crescendo a cada dia, até hoje", assegura. Ele finaliza dizendo não esperava essa grande repercussão e se for chamado a prestar esclarecimentos o fará "tranquilamente" porque "não tenho nada a esconder e a verdade é esta que acabei de contar aqui." (Fotos: Reprodução Facebook)