A casa do escritor e integrante do Movimento Verde, Franciso Inácio Peixoto (Chico Peixoto) que atualmente está sob a responsabilidade de seus herdeiros, especificamente à filha dele, Maria Cristina Peixoto Henriques, recebeu de volta na tarde deste sábado, 26 de outubro, um biombo em madeira, feito pelo artista plástico e também arquiteto sem curso (assim ele seu definia) Eduardo Anahory, de 1975. A peça é uma das obras de arte presentes no imóvel, um dos símbolos da arquitetura mordenista, cujo projeto é de Oscar Niemeyer e jardins de Roberto Burle Marx. 

A entrega da peça foi feita pessoalmente pelo secretário de estado da Cultura de Minas Gerais, Ângelo Oswaldo, que conheceu Chico Peixoto e tornou-se amigo da família. Há seis meses, durante sua visita à Cataguases esteve na residência e ao ver que o biombo necessitava de restauração sugeriu levá-lo para ser restaurado na Faculdade de Artes de Ouro Preto que possui um laboratório de referência neste tipo de trabalho, explicou em entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes. Com a anuência de Maria Cristina, a peça, contou Ângelo Oswaldo, foi totalmente recuperada e agora recolocada em seu devido lugar. Em retribuição, a anfitriã ofereceu o livro de poemas "Erótica", de seu pai ao Secretário.

Também estiveram na residência participando desta entrega informal do biombo, Marcelo Peixoto, presidente do Instituto Francisca de Souza Peixoto, Mônica Botelho, presidente da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, e o Secretário Municipal de Cultura e Turismo de Cataguases, Fausto Menta, além das filhas de Maria Cristina, Lúcia e Raquel. O biombo é todo pintado à mão por Eduardo Anahory, um português de origem judaica que frequentou a Escola de Belas Artes de Lisboa. Foi cenógrafo, artista plástico, escultor, decorador e artista gráfico. A peça foi criada em 1975 e doada a Chico Peixoto. (Fotos exclusivas do Site do Marcelo Lopes)