Na abertura, Elisabete Kropf contou um pouco da história de Cataguases sob a ótica de suas construções
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Uma cerimônia no Centro Cultural Humberto Mauro abriu a quarta edição do Congresso de Arquitetura, Turismo e Sustentabilidade – CATS, em Cataguases , na noite de quinta-feira, dia 27 de setembro. Como nos anos anteriores, o evento, que se encerra neste domingo, 30, reúne profissionais, estudantes, pesquisadores e o público em geral para debater sobre a preservação do patrimônio histórico da cidade. Idealizado pela arquiteta Elisabete Kropf, os envolvidos participaram ao longo do congresso de palestras, mesas-redondas, sessões de comunicação, oficinas de capacitação, cursos e visitas guiadas aos bens tombados de Cataguases. Neste ano o tema escolhido foi "Plano Diretor: desafio para cidades de pequeno porte".
Na abertura, Elisabete Kropf contou um pouco da história de Cataguases sob a ótica de suas construções, que foram erguidas a partir do final do século XIX, no período de formação do núcleo urbano, e durante seus primeiros ciclos econômicos, com destaque para o período de grande produção cafeeira. Ela também destacou as edificações da metade do século passado, quando o município viu nascer o movimento modernista, que teve ecos em várias manifestações artísticas, inclusive na arquitetura.
Segundo ela, a cidade vive um momento de dificuldade econômica, como acontece em todo o país. "É urgente que haja a participação cidadã para pensar num plano diretor que preserve e valorize as edificações existentes. Precisamos fazer com que as pessoas desenvolvam o sentimento de pertencimento em relação à cidade e fazer a reforma participativa deste plano. Esta necessidade está sendo enfatizada desde a primeira edição deste congresso", disse a arquiteta, reforçando a importância da preservação do patrimônio histórico que, inclusive, é tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional).
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Elisabete Kropf também coordena o curso de arquitetura e urbanismo da faculdade FIC-UNIS e colocou-se à disposição dos agentes governamentais, juntamente com seus alunos, para auxiliar nesta empreitada. Na sequência, ela participou, juntamente com a arquiteta Analista do Ministério Público, Andrea Lanna Mendes Novais, de um painel onde foram abordadas as recentes mudanças ocorridas na cidade com relação aos engenhos publicitários que, por força de lei municipal, foram alterados para diminuir a poluição visual na área comercial, onde se concentra um grande número de prédios históricos e de grande beleza arquitetônica. Foram discutidos os avanços e também algumas prováveis brechas na legislação que, segundo ela apontou, em diversos casos, não permitiu que se atingisse o objetivo expresso na legislação.
A abertura contou também com a palestra "Cidades e Pessoas", proferida por Mário Cézar da Silveira, que também lançou o livro "a.C. ... Antes da Carolina, d.C. ... Depois da Carolina". Os demais eventos do congresso aconteceram nos dias 28, 29 e 30 de setembro, por meio de cursos, oficinas e palestras realizadas no Centro Cultural Sicoob Coopemata, na Biblioteca Municipal Ascânio Lopes e no próprio Centro Cultural Humberto Mauro. O CATS - 2018 é uma realização do Ministério da Cultura com o patrocínio do Grupo Bauminas, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Teve o apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, Energisa, Centro Cultural Sicoob Coopemata, Sicoob Coopemata, FIC e Fundação Simão José Silva. (Fotos: Arquivo CATS)